segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Fechamento Agosto/2020 - FIRE IN THE HOLE

Olá! Tudo bem?

Se é sua primeira vez aqui, conheça um pouco de minha história aquiaqui e aqui. Recomendo, fortemente, que leia também todos os posts deste espaço para sentir como sou, como penso, pois você pode se identificar com o Mente Investidora. Ler apenas um post pode te induzir a ter uma interpretação errônea de quem eu sou e como busco a independência financeira. Fica a dica. 

Se você não quer ou não pode ler os posts deste espaço (está em ambiente público ou dirigindo, por exemplo) ou possui deficiência visual, use o plugin Audima que se encontra no topo do título de cada postagem para ouvir seu conteúdo (basta clicar no botão play). É gratuito. Funciona como uma espécie de podcast.



Antes de tudo, friso que não sou analista de investimentos e que não faço recomendações (nunca venderei nada este blog, pois não é meu intuito ganhar dinheiro com isso, mas apenas ajudar aqueles que estão vivendo na Matrix, imersos no fenômeno da "corrida dos ratos" - veja mais aqui - a abrirem os olhos).


Para você entender minha evolução na jornada em busca de independência financeira e o racional utilizado, o fechamento dos meses antecedentes encontram-se na coluna FIRE IN THE HOLE deste blog. Se você é iniciante, sugiro nunca ver o fechamento de um único mês, mas a sequência deles para compreender qual é a estratégia adotada a fim de você não correr o risco de chegar a falsas conclusões.

CUSTO MÉDIO DO DÓLAR: R$ 5,1615

GRÁFICOS:


Inseri mais dois gráficos no consolidado. Creio que do jeito que ficou, facilita bastante o entendimento.

Ações: ABEV3, BBDC3, EGIE3, ELET3, ENBR3, EQTL3, FLRY3, FRAS3, IRBR3, ITUB3, ITSA3, ITSA4, LINX3, LREN3, MDIA3, PETR3, PSSA3, RADL3, SAPR4, SAPR11, TAEE11, TOTS3, VALE3, VVAR3, WEGE3.

Ações (hibernação): BRAP4, BTOW3, CLSC4, CSNA3, CYRE3, EMBR3, GOLL4, HAGA3, LOGN3, POSI3, RAIL3, USIM5.

FIIs: ABCP11, ALZR11, BCFF11, BRCR11, BTLG11, FIGS11, FIIB11, FLMA11, HFOF11, GGRC11, HGCR11, HGBS11, HGLG11, HGRE11, HTMX11, KNCR11, KNIP11, KNRI11, LVBI11, MALL11, MGFF11, OUJP11, RBRD11, RBRF11, TGAR11, UBSR11, VILG11, VISC11, VRTA11, XPLG11, XPML11.

Stocks: MMM, ABT, ACN, BABA, GOOG, AMZN, AWR, BUD, T, BIDU, BRK.B, BLK, BG, CVX, CSCO, KO, CL, DOV, DOW, DD, EMR, XOM, GD, GE, GIS, GPC, GSK, GPRO, HON, HRL, INTC, KHC, LMT, MCD, MSFT, MDLZ, NYT, NKE, NOC, NVS, NVDA, ORCL, PEP, PETR, RIO, RDSA, CRM, SNY, SAP, SWK, T, TGT, TXN, UL, UNP, VRSN, VZ, V, WPC, DIS.

REITs: BXP, EPR, FRT, QTS, REET, SLG, TRNO, VHT, VNQ, VNQI.

ETFs de renda variável: DIV, DTH, DWX, EDIV, EEMV, FAN, FGD, GLD, HDV, IAU, IDV, IJR, IVAL, IVV, NOBL, QQQE, QVAL, RGI, RHS, RYF, RYT, RYH, RYU, SLYV, SPHQ, TAN, URTH, USHY, USO, VEA, VEU, VLUE, VOO, VT, VTI, VXUS, VWO, XLP, ZIG.

ETFs de renda fixa: BIL, EMB, TIP, SHY.

BDRs: R1IN34, SIMN34, BOXP34, P1LD34.

Primeira observação. Nenhuma compra ou venda no mês que se finda. Como salientei no post de fechamento de julho, ainda considero vários ativos com preço esticado, seja no Brasil ou no exterior, neste momento que, a meu ver, há um descasamento gigantesco entre a economia real mundial e o mercado acionário.

Falando especificamente de Brasil, até analistas estão vendo ações dos bancões com certas reservas por ainda não saberem qual é o real efeito da inadimplência e do projeto de que lei por meio do qual foi aprovoda a restrição dos valores das taxas de empréstimo que, apesar, de início, ter natureza provisória, pode, quem sabe, ser prorrogada por tempo indeterminado. De igual maneira, não dá para prever o que pode acontecer com os grandes bancos caso o Facebook, via WhatsApp (e o Google, mais tarde) entre neste ramo de transações financeiras.

Não só por causa da pandemia, mas os hábitos das pessoas estão mudando tanto em tão pouco tempo que fica difícil de fazer qualquer projeção. Então, vale ter cautela. Não irei aumentar posição em bancos nacionais por agora, mas caso haja uma queda considerável no índice (pode acontecer com a saída de Guedes), posso estudar a possibilidade, apesar, de hoje, estar focado em mandar o máximo que puder para o exterior.

Segunda observação. Como já tinha mencionado neste espaço, houve mudanças na BDRs (basicamente, acabaram com a exigência de ser investidor qualificado para poder adquiri-las e permitiram o lançamento de BDRs de ETFs). Tendo em vista que a maioria dos investidores brasileiros no exterior prioriza ETFs a stock picking, a partir do momento, que as BDRs de ETFs forem lançadas, poderemos ter um aumento da liquidez, especialmente se o governo baixar alguma medida tributária para dificultar a saída de divisas do país, o que, a cada dia que passa, parece ser algo mais próximo de acontecer, já que a União está sedenta por novos recursos financeiros.

Optei por levar o dinheiro para fora, ao invés de comprar BDRs imediatamente, mesmo com este anúncio, pois: o mercado está em topo histórico (lá fora, o dinheiro irá para reserva de oportunidade à espera das eleições nos EUA); não consigo montar reserva de oportunidade, já em Dólar, com o montante no Brasil; quero criar uma base consistente de patrimônio gerando dividendos em Dólar lá fora, sem depender de remessas do Brasil, mesmo que, hoje, o plano A não seja emigrar do Brasil (assim, não fico, durante décadas, sujeito à variação cambial).

O investimento na BDRs seria algo complementar à esta estratégia por não saber se, no futuro, pode se tornar mais díficil e/ou caro repatriar valores remetidos, apesar de que acho improvável não conseguir, no futuro, usar cartão de débito/crédito internacional, inclusive no Brasil, para usufruir das reservas acumuladas nos EUA (lembre-se que conforme já salientiei neste espaço, meu escopo é simular a vida vida de um estrangeiro recebendo parte da renda em moeda forte para gastar em uma nação de moeda forte a fim de potencializar o patrimônio).

Terceira observação. Em face disso, depois de muito refletir, trocar ideias com colegas do movimento FIRE e de ver esta notícia (https://www.infomoney.com.br/economia/tesouro-tera-que-recompor-colchao-de-liquidez-diz-mansueto/), acabei decidindo, apenas do dia 25, por fazer um movimento bastante arrojado para alguns.

Tenho vários títulos do Tesouro Direto com vencimeno em 2022, 2023, 2024, 2035, 2040, 2045 e 2050. Resolvi fazer o resgate de todos os títulos em que estava no lucro com base nos seguintes argumentos: se o governo, hoje, não tem dinheiro para pagar os credores do Tesouro Direto em 2021, tal situação poderá se agravar para títulos com vencimentos em anos posteriores (lamentavelmente, para os títulos mais longos, o meu saldo ainda é negativo, o que impossibilitou a venda dos mesmos); segundo a notícia acima destacada, o governo poderia usar parte das reservas internacionais e contrair empréstimos para honrar os compromissos assumidos com os credores do Tesouro Direto (reservas internacionais são finitas); o fato de acreditar que o Presidente da Repúlica irá focar em sua reeleição e que danos econômicos poderão ser sentidos a partir desta tomada de decisão (lançamento de programas de cunho eleitoreiro); pelo fato de já depender da União para receber minha aposentadoria, não faz sentido ter tanta exposição ao Tesouro Direto (mesmo credor); o aumento do risco Brasil com o provável furo do teto de gastos, além do fato de que praticamente todo o PIB nacional já se encontra comprometido com o pagamento de despesas (não só por causa da pandemia); a perspectiva de que vou ficar um bom tempo sem aumento salarial; se Biden se sair vitorioso do pleito eleitoral, um boicote ao Brasil poderá acontecer, o que poderia desvalorizar, ainda mais, o Real perante o Dólar.

Pode ser que a cotação do Dólar caia com esta impressão desenfreada pelo FED? Sim. Mas, entre Dólar e Real, creio ser mais seguro ter a maior parte do patrimônio na primeira opção, até porque, em tese, se isto acontecer, a moeda brasileira também deverá se desvalorizar (quem, no mundo, quer Real?). Ademais, como o meu panorama de investimentos até a aposentadoria do serviço público é de 25/30 anos, creio que o Dólar estará mais valorizado do que hoje quando este momento em minha vida chegar.

Quarta observação. Por conseguinte, quase a totalidade do aporte do mês, além do montante resultante da venda dos títulos do Tesouro Direto, foi direcionado para a reserva de oportunidade na conta da TD Ameritrade.

Ademais, depois de fazer várias pesquisas e simulações com alguns colegas do movimento FIRE, resolvi por sacar o valor total na conta da Interactive Brokers a fim de transferir para minha conta na TD Ameritrade (vou excluir a conta na IB, pois em setembro, já me veria forçado a começar a operar por ela, em vista do fim da isenção de três meses de taxa que o cliente ganha após a abertura da conta). Motivo: com o nível de patrimônio que tenho hoje no exterior, o nível de dividendos a receber não seria suficiente para pagar a taxa de custódia mensal da IB (US$ 10,00). Este custo, no longo prazo, seria muito relevante (no final das contas, é como se eu não tivesse recebendo dividendos, mas pagando para ter conta).

Talvez, no futuro, já tendo US$ 100.000,00 de patrimônio, posso investir em ETFs irlandeses de acumulação, pois com este montante, estaria isento do pagamento de referida taxa mensal, apesar de ainda estar sujeito à cobrança de tarifa por operação na IB.

Cheguei a aventar a possibilidade de investir em ETFs irlandeses de distribuição, mas cheguei à conclusão de que a rentabilidade seria consideravalmente menor do que a de ativos custodiados nos EUA (concluí que receberia a metade do que em ativos custodiados nos EUA - estimativa, pois vários fatores repercutem neste cálculo -, sem contar que não encontrei documentos oficiais na Internet falando da exigência ou não de abertura de inventário na Irlanda em caso de morte de um dos titulares da conta JTWORS), mesmo com o benefício de estar imune ao imposto de herança dos EUA. Daí, decidi por ultrapassar o limite de isenção de US$ 60.000,00 do referido tributo (somando os valores nas contas da TD Ametridade e Avenue).

Como tenho seguro de vida, em caso de morte, minha esposa poderá usar parte dos recursos para quitar imposto sobre herança nos EUA. Outra hipótese seria vender parte dos ativos lá custodias para fazer frente a tal despesa. Nas contas que fizemos, mesmo tendo que pagar imposto, ainda assim, no final das contas, teria mais patrimônio do que se tivesse a metade da rentabilidade dos ETFs irlandeses de distribuição.

Por ter um perfil que prioria mais os dividendos do que ativos focados em crescimento (não quero correr o risco de ver não ver ganho caso o mercado fique lateralizado por muitos anos ou que leve muito tempo para se recuperar de uma queda mais relevante), vou priorizar a compra de ativos que me gerem, de imediato, um fluxo constante de rendimentos (apesar de que vou esperar as eleições norte-americanas para decidir pelo início das compras). Ainda creio que Trump não conseguirá se reeleger.

Tal iniciativa não estava no plano no começo do mês. O plano original seria enviar para fora R$ 5.000,00, deixando o restante do aporte no Brasil para composição de reserva de oportunidade. Mas estes motivos também me fizeram mudar de ideia: aumento expressivo da cotação do Dólar nas últimas duas semanas; como é real a possibilidade de maior tributação nas remessas para o exterior, penso que quanto mais recursos puder enviar agora, melhor; como as eleições nos EUA estão se aproximando com expectativa de sucesso de Biden e declarações de Trump no sentido de que se não ganhar, o mercado vai quebrar (é um bravateiro, mas é o tipo de declaração que afeta os investidores), quero ter um caixa bem reforçado para aproveitar oportunidades caso apareceram em caso de queda mais consistente do índice.

Como já ressaltei em outras oportunidades, as compras lá fora focarão mais em ETFs, por acreditar que me trazem menos dor de cabeça e trabalho para estudar, caso optasse por stock picking. Não bastasse isso, acredito que com várias empresas dentro do ETF, fico menos exposto a quedas consideráveis decorrentes de escândalos como os mais recentes do IRB, Boeing, Wirecard, Stone/Linx, etc.

A prori, trabalhava com o plano de alcançar o patamar máximo de 50% da carteira em Dólar, mas hoje, em vista de tudo que está acontecendo e o meu pessimismo com a economia nacional nos próximos anos, talvez, chegue à proporção de 80% no exterior e apenas 20% no Brasil. Se a economia nacional representa por volta de 1% da mundial, o que justifica eu deixar tanto patrimônio nestes 1%?

Hoje, a proporção é de 48,7% no exterior e de 51,3% no Brasil, lembrando que a grande parte da reserva de oportunidade no Brasil existente no final deste mês já está destinada a ser remetida para o exterior, pois é decorrente da venda dos títulos do Tesouro Direto. O envio se dará em setembro. Então, verdadeiramente, a maior parte de minha carteira já não se encontra vinculada ao Real.

Quinta observação. Notícia que chamou minha atenção neste mês foi o anúncio de que Buffett comprou uma empresa ligada ao ouro. Para quem, por mais de uma vez, asseverou que não tinha interesse no referido metal e em criptomoedas por não produzirem rendimentos, é algo bem incomum. Não cheguei a analisar os balanços e historia da empresa. Por conseguinte, não tenho condições de emitir opinião sobre o movimento do Oráculo de Omaha.

Sexta observação. Conforme salientei no post de fechamento de julho, rescindi o contrato de seguro resgatável que havia firmado com a Prudential em outubro/2019, já tendo recebido o valor proporcional que faltava pagar até outubro/2020. A nova apólice, contratada junto à Icatu já está ativa, com o custo mensal de R$ 613,13, sendo que o valor da apólice é de R$ 150.000,00 em caso de morte e de R$ 1.000.000,00 em caso de invalidez total ou parcial. Nada impede que, no futuro, resolva aumentar os valores das apólices.

Como a última Reforma da Previdência alterou consideravelmente as regras quanto à pensão, pensando em minha esposa, com esta apólice, dou uma tranquilidade para seguir a vida. Igualmente, como não posso prever o futuro, com a cobertura de invalidez, poderei tentar manter o padrão de vida hoje existente, mesmo não podendo trabalhar, e ainda tendo recursos para fazer frente a despesas decorrentes da própria invalidez.

Sétima observação. A troca de ideias e de informações com os colegas investidores só traz ganhos à comunidade, especialmente falando de investimento no exterior. Lamentavelmente, lá como aqui, a legislação não é clara.

Vira e mexe, vejo gente na Internet dizendo que o limite de isenção do imposto de herança nos EUA é de US$ 120.000,00 em conta JTWORS com dois titulares (acredito que é de US$ 60.000,00 com base em pesquisas realizadas não só por mim).

Mesmo após muitas buscas, não encontramos nenhum documento que detalhe o que acontece caso um investidor brasileiro morra tendo ETFs irlandeses. Sabemos que, neste caso, não estamos sujeitos ao imposto sobre herança, mas não temos informações sobre necessidade ou não de abertura de inventário perante o governo da Irlanda a fim de ter acesso aos ativos.

De igual maneira, ainda há debates sobre a questão tributária sobre as BDRs, no que atine à possibilidade de compensação de prejuízo e incidência de imposto sobre transações.

Então, tal problema não é exclusivo dos contribuintes tupiniquins.

Tal situação não deveria acontecer pois afasta o investidor. Todos precisam saber onde estão colocando o seu dinheiro, já que não estamos jogando Banco Imobiliário.

Quaisquer dúvidas e comentários são sempre bem-vindos.

Continuaremos nosso bate-papo no próximo post.

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Até mais!

20 comentários:

  1. Parabéns pela evolução e disciplina, MI! É um patrimônio respeitável que já lhe dá muita segurança, e bem próximo do primeiro milhão. Mesmo sem considerar os aportes, é um montante que cresce por si só.

    Certamente estamos enfrentando um cenário bastante incerto no Brasil, o que tem levado muitos investidores a buscar solidez no exterior. Eu também acredito que o PG deva dificultar a evasão de capital criando ou aumentando um imposto até o fim do ano, ele tem feito de tudo para dificultar a vida da comunidade FIRE.

    Duvido muito que o IPCA se mantenha baixo nos meses que virão, já que o IGPM deu uma boa disparada e precede o caminho que o IPCA fará. As linhas sempre se cruzam. É questão de tempo para voltarmos a ter juros por volta dos 7 a 8% ao ano. O cenário atual de juros baixos não se sustenta por muito tempo.

    Abraço!

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    1. Obrigado, Rodolpho!

      Esta ascensão de patrimônio só ocorreu por causa da venda dos imóveis.

      Em breve, a curva ascendente deverá ser bem mais leve.

      Como conversamos outro dia, concordo que o patamar razoável de inflação no Brasil é nesta faixa de 6 a 8%.

      Em outras palavras, sem perspectiva de reajuste salarial, nosso poder aquisitivo tende a sofrer.

      Sucesso!

      Abraço.

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  2. Olá Mente Investidora,

    Parabéns pelo fechamento e pela sua determinação em migrar grande parte do seu patrimônio para o exterior. A minha pergunta é a seguinte:

    Você leva em consideração sobre o momento do ciclo econômico em que nós estamos? Depois que eu vi a live com o economista Ricardo Amorim (https://www.instagram.com/tv/CEaRXhqlhQ8/?hl=pt-br) eu entendo que estamos repetindo o ciclo que começou no anos 80. Depois que estourar a bolha, a inflação pode fevar a uma apreciação das commodities, neste cenário o brasil se beneficiaria e o dolar cairia.
    Eu não mandou a maior parte do meu patrimônio para fora porque eu vejo mais assimetria aqui do que no exterior.

    Bons investimentos e abraço.

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    1. Muito obrigado por compartilhar esse vídeo do Ricardo Amorim. Eu tenho um pensamento parecido, acho que o mercado vive de ciclos e talvez o novo ciclo das commodities esteja em dormindo para acordar em breve. O índice das comodities está tão baixo quanto o que precedeu os últimos super ciclos.

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    2. Obrigado pela visita, o Aportador e Rodolpho.

      Acredito na tese dos movimentos cíclicos da economia como vocês.

      Pode ser que eu esteja errado em minha tese, mas a justifico com os seguintes argumentos:

      1 - o Brasil nadou de braçada no governo de Lula, pois tinha as commodities que a China necessitava. Será que isso voltará a acontecer na mesma escala? Tenho dúvidas, pois penso que os danos causados pela pandemia poderão ser mais duradouros na economia global, inclusive para a China. Será que haveria demanda suficiente para justificar o aumento nos preços das commodities?

      2 - Você pode se expor a commodities, com menor risco, aplicando em ETFs estrangeiros do que aportando em Vale e Petro, por exemplo, empresas ligadas ao governo brasileiro, o que me causa certo receio, especialmente com a adoção da veia populista com fins eleitorais por parte do Presidente da República.

      3 - Por mais que reconheça que pode haver valorização de commodities, o que beneficiaria o Brasil, o meu foco, no momento, é mais abrangente, com olhos nas contas públicas. Este problema tem uma proporção absurda e, sinceramente, tenho dúvidas se seremos capazes de sair deste buraco com a atual conduta do governo e, se tivermos êxito, quando tempo levará.

      Sucesso.

      Abraço.

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    3. Olá Mente Investidora,

      Sobre cada ponto:

      1- A alta do preço das commodities não viria só da demanda, viria da desvalorização do papel moeda (dolar) já que os agentes econômicos perderiam a confiança no dolar, este iria se desvalorizar através da inflação. Se antes USD 120 compravam uma tonaleda de minério de ferro, agora USD 200 compram a mesma tonelada. Outro ponto é que com a Guerra comercial USA x China o custo de produção barato da China acabaria, exportando inflação para todo o restante do mundo quando começarem a produzir nos EUA com custos maiores.

      2 - A alavancagem operacional é muito maior nas empresas do que nas commodities em si. A Petrobras com o lifting cost de USD 5 no pre-sal se torna viável com o petroleo a USD 45. A Vale não é mais Estatal e é um player global do minério. A exportadoras de carne/frango/soja (commodities) possuem vantagens competitivas porque temos muito expertise no agronegocio, além de possuir muita area de pastagem com agua potável em abundância.

      Após o COVID-19 a restições sanitárias tendem a ser mais severas, além disso o enriquecimento da população faz com que se coma melhor (carne/frango) gerando mais demanda.

      3- Em relação ao rombo das contas públicas, é sempre um risco que estamos expostos mas se o cenário se tornar favorável com a alta das commodities, podemos ter superavit fiscal muito antes do esperado.
      Atualmente o Brasil não tem risco de dar o calote, sem ter que furar o teto de gastos. Além disso, há um enorme potencial para privatizar empresas públicas para pagar a conta deste rombos

      Abraço

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  3. Caramba vc não está de brincadeira hein. Dobrou o patrimônio este ano já? Caracolis!

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    1. Obrigado pela visita.

      Mas lembre-se que tal aumento no patrimônio se deu, em parte, pela venda de dois imóveis.

      Agora, não tenho mais nada para negociar para transformar em dinheiro para aportar no mercado dinheiro. Daí, o nível de aportes deve cair consideravelmente a partir de janeiro/2021.

      Sucesso!

      Abraço.

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  4. Olá Mente Investira!

    Ao meu ver você faz muito bem ao aumentar a sua reserva em dólar! As eleições americanas estão próximas, os índices lá fora tudo em topo, durante as eleições terá muita volatilidade e você terá um bom caixa para aproveitar as oportunidades que surgirem, além de diminuir o risco Brasil.

    Abraços!
    https://axelrodcapital.blogspot.com/

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    1. Axelrod, obrigado pela visita.

      Se houver volatilidade com as eleições norte-americanas, não adianta ficar com Real aqui, pois, a meu ver, em tese, a cotação do Dólar poderia aumentar a depender de como seria a reação do mercado perante o resultado. Por conseguinte, ficaria mais caro fazer remessa para a conta nos EUA em novembro.

      Assim, prefiro aproveitar esta baixa momentânea da cotação da moeda estadunidense para reforçar a reserva de oportunidade nos EUA. Provavelmente, vou chegar até os 60.000 dólares. Daí em diante, irei começar a aportar com foco em dividendos.

      Sucesso!

      Abraço.

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  5. Nossa, deu uma aula de investimento e economia atual em um post! Excelente!!

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    1. Obrigado, Escola para Investidores.

      Mas não foi aula. Que isso! Não tenho formação em Economia.

      Sou apenas um sujeito que mais aprende do que ensina na Firesfera.

      Sucesso!

      Abraço.

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  6. Fala Mente! Que aula!!! Realmente essa especulação nas bolsas do mundo tá osso, assusta muito para quem tem pouco. Eu vendi uma boa parte das ações e vejo mais ruminantes entrando de forma gananciosa. A queda será grandíssima...

    E que coragem de vender os títulos do TD! Tenho mais o da selic que está lá, parado. Eles estão armando pra enfiar a trolha no povo, deixá-lo sem saída para ser sim o gado deles. O futuro assusta muito. Um abraço!!!

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  7. Show de fechamento! Detalhamento preciso e mais que interessante.

    Concordo que as eleições nos EUA trarão volatilidade, mas ainda estou em dúvida se faço nova remessa com o dólar atual ou espero um pouco pra beirar os 5,00, até porque faria o mesmo que você: deixaria em reserva de oportunidade, parado na conta de lá.

    Sobre desvalorização do dólar e real, há muito venho refletindo montar posição em bitcoin e ouro, mas ainda não concretize. Já pensou a respeito?

    É muito curioso como a cotação do dólar influencia no nosso patrimônio. Tem mês que temos mais reais que no anterior, porém menos dólares. Ainda não cheguei à conclusão do meu sentimento a respeito, mas ainda acho que prefiro aumentar o valor em dólar.

    Abraço

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    1. Aposente Cedo, obrigado pela visita. Tudo bem?

      Tenho uma parcela do patrimônio em ouro, via fundo no Brasil, ETF no exterior e ouro físico. Não tenho nenhuma criptomoeda e, a princípio, não pretendo adquirir, pois entendo que qualquer iniciativa privada neste sentido não será aceita por nenhum Estado por questões de soberania.

      Se houver correção no SP500, precisamos já ter o Dólar parado na conta nos EUA. Esperar para comprar depois da queda é um movimento muito arriscado, a meu ver, pois acredito que com este movimento de investidores brasileiros em direção ao exterior, é possível que a cotação do Dólar até aumente, pois entre comprar pechincha nos EUA e no Brasil, sou mais a primeira escolha. Outros devem pensar o mesmo.

      Quando iniciei este blog, não fazia a conversão de meu patrimônio em Dólar, apesar de reconhecer que é uma moeda que possui problemas. Mas acho que foi a melhor coisa que fiz, pois traz uma noção mais próxima da realidade de qual é o meu poder de aquisitivo atual.

      Sucesso!

      Abraço.

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  8. Não é por nada não, mas será que dá pra postar um extrato desse valor na conta todo mês, claro cobrindo os dados pessoais, porque a finansfera tá cheio de mentiroso com 7k na conta dizendo que tem 700k kkkkkk

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    1. Anônimo, tudo bem?

      Entendo o seu questionamento. Mas é absolutamente inviável postar prints de telas das contas que possuo no Brasil e exterior (por serem várias, em meu nome e no de minha esposa), ainda mais todos os meses. Teria que editar cada foto para esconder dados relativos a nomes e números de conta. O post ficaria gigantesco se colocar tantas fotos.

      Foi até um motivo para eu mudar a formatação das fotos aqui incluídas, de forma que passei a colocar todos os gráficos em uma única foto.

      Inclusive, por pressão de minha esposa, provavelmente, irei encerrar este espaço neste mês, pois ela não gosta deste tipo de exposição de patrimônio. O Brasil é um país muito complicado em termos de segurança e sabemos que é algo muito difícil se proteger de atividade hacker.

      Espero que você me entenda. Como sempre saliento aqui, não pretendo usar este espaço para vender algum produto/serviço e nem o utilizo com fins de ficar me gabando perante outros investidores.

      Abraço.

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  9. Fala meu amigo M.I.
    Rapaz, que evolução colossal.
    Eu imaginei um tanque de guerra poderoso destroçando um adversário em campo de batalha hehe. Fantástico!!
    São ótimas suas reflexões e elucidações sobre as mazelas dos impostos e tributações no exterior.
    Ainda carecemos muito de informações a respeito, o que é uma pena.
    Eu também segui essa ideia sobre Tesouro Direto. Apesar de achar que este apocalipse econômico não irá acontecer no Brasil, não quero apostar meu dinheiro nisso.
    Eu sumi daqui e do meu blog por um tempo, pois, como você sabe, estava envolvido de cabeça no meu projeto de aplicativo. Ontem abri os testes para o "público" geral. Para ganhar tração nas melhorias.
    De qualquer forma, deixei um agradecimento público lá no meu post por todo seu empenho em me ajudar, você foi essencial e ainda nem sei como agradecê-lo adequadamente.
    Ademais, parabéns mais uma vez pelo crescimento e pela estratégia.
    Um grande abraço, Stark.
    www.acumuladorcompulsivo.com

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  10. Eu também sigo transferindo meu patrimônio para os EUA.Quem acha que o Brasil vai se recuperar ou que há assimetria está se iludindo. Paulo Guedes e Bolsonaro são dois engodos e ineptos para os cargos que ocupam. Próximo passo dos "liberais" do Brasil é ferrar o pequeno investidor, empurrando os CPF para micos na bolsa.

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