sábado, 29 de fevereiro de 2020

DICA DE MÚSICA: Como ela consegue?

Olá! Tudo bem?

Se é sua primeira vez aqui, conheça um pouco de minha história aquiaqui e aqui. Recomendo, fortemente, que leia também todos os posts deste espaço para sentir como sou, como penso, pois você pode se identificar com o Mente Investidora. Ler apenas um post pode te induzir a ter uma interpretação errônea de quem eu sou e como busco a independência financeira. Fica a dica. 

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Mais uma postagem na seção Dica de Música.

Lisa Gerrard, uma voz alienígena. Como ela consegue? Alcance vocal surreal. A música é Sacrifice. Meu primeiro contato com a canção foi atráves do filme O informante com Al Pacino e Russel Crowe e direção de Michael Mann, o cineasta responsável por colocar Pacino e De Niro em Fogo contra fogo. Se não viu O informante, não perderia um minuto sequer. Tenho convicção que não recebeu os prêmios e reconhecimento merecidos por lobby da indústria do tabaco. Pacino tem uma cena imperdível, das melhores de sua carreira já tão laureada.

Se você não conhece Lisa, ela é a voz da música tema da película Gladiador, de Ridley Scott, Now We Are Free.







Bom fim de semana a todos!

Até mais!

Fechamento Fevereiro/2020 - FIRE IN THE HOLE

Olá! Tudo bem?

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Antes de tudo, friso que não sou analista de investimentos e que não faço recomendações (nunca venderei nada este blog, pois não é meu intuito ganhar dinheiro com isso, mas apenas ajudar aqueles que estão vivendo na Matrix, imersos no fenômeno da "corrida dos ratos" - veja mais aqui - a abrirem os olhos).



Para você entender minha evolução na jornada em busca de independência financeira e o racional utilizado, o fechamento dos meses antecedentes encontram-se na coluna FIRE IN THE HOLE deste blog. Se você é iniciante, sugiro nunca ver o fechamento de um único mês, mas a sequência deles para compreender qual é a estratégia adotada a fim de você não correr o risco de chegar a falsas conclusões.

Neste post, farei a exposição do fechamento de maneira diferente com texto ao invés de gráficos. Talvez, os caros leitores apreciem mais dessa nova maneira.

DIVISÃO DO PATRIMÔNIO:
RENDA FIXA: 60,1%
RENDA VARIÁVEL: 39,9%, sendo 26,4% em FIIs e o restante em ações no Brasil e nos EUA

TESOURO DIRETO:
Préfixado 2022: 1,9% (taxa média de rentabilidade: 6,46%)
Préfixado 2023: 0,4% (taxa média de rentabilidade: 5,329%)
IPCA + 2024: 19,3% (taxa média de rentabilidade: 3,249%)
IPCA + 2026: 19,9% (taxa média de rentabilidade: 2,622%)
IPCA + 2035: 20,2% (taxa média de rentabilidade: 3,641%)
IPCA + 2040 com juros semestrais: 5,9% (taxa média de rentabilidade: 3,36%)
IPCA + 2045: 32,4% (taxa média de rentabilidade: 3,396%)
IPCA + 2050 com juros semestrais: irrisório (taxa média de rentabilidade: 3,51%)

DIVIDENDOS RECEBIDOS NO MÊS:
JAN/2020: R$ 674,30
FEV/2020: R$ 777,00

RENTABILIDADE MENSAL DA CARTEIRA:
JAN/2020: -1,81%
FEV/2020: 2,79%

PATRIMÔNIO x IPCA:
Desde 04/2019 (início dos aportes), o patrimônio valorizou-se 14,78%, ao passo que o IPCA acumulado no período é de 5,40% de acordo com ANBIMA (aqui).

Primeira observação. Se você ainda não leu, dê uma olhada neste post em que explico como e porquê mudei as alocações de renda fixa e variável em minha carteira no último mês com a entrada de uma verba relativa à venda de parcela de imóvel. Por não me sentir mais confortável com tanta exposição em renda variável, especialmente em FIIs, o salário do mês de fevereiro, além do montante da venda do imóvel foram destinados, integralmente, ao Tesouro Direto, o que fez minha posição aumentar consideravelmente neste ativo. Como já expliquei neste espaço, por ser funcionário público e por poder aposentar apenas entre 2042 e 2045 (a depender de uma nova reforma da previdência), procurei fazer um mix de títulos do Tesouro Nacional com maior foco nos IPCA +, a fim de proteger o patrimônio da inflação, já que a margem dos préfixados para a SELIC reduziu nos últimos tempos. Notem que fiz uma "escadinha". Tenho exposição em todos os IPCA +, com exceção do 2035 com juros semestrais e o 2055 com juros semestrais. Priorizei o IPCA 2040 + com juros semestrais ao invés dos dois títulos anteriormente citados, pois já estarei aposentado em 2055 e pelo fato de em 2035 ter ainda, aproximadamente, 10 anos para me aposentar. Quero receber a grande parcela do valor investido exatamente quando estiver indo para a inatividade. O fato de ter posição no IPCA + 2035 é para formação de um fundo para viagens, já que eu e minha esposa imaginamos que nesta época, a grande parte de nossos  animais resgatados das ruas não estará mais viva, o que nos permitirá, finalmente, viajar anualmente, especialmente para o exterior.

Segunda observaçãoAlguns poderão dizer que estou deixando de ganhar sendo tão conservador. Se o coronavírus fez a B3 despencar, seria hora de comprar ações e cotas de FIIs. Entretanto, acho que até o final do ano, virá nova correção mais forte por causa da eleição presidencial nos EUA, o que repercutirá no mundo todo. Não bastasse isso, não sou nenhum pouco otimista para a situação da economia brasileira com o panorama mostrado hoje. Há de se reconhecer que em ano eleitoral (escolha de prefeitos e vereadores), se não houver diálogo com o Congresso Nacional, o Poder Executivo não conseguirá aprovar nenhuma reforma já programada. De igual maneira, com base em notícias veiculadas na mídia, a classe empresarial já está fazendo muitas críticas a respeito do projeto de reforma tributária. Daí, não sei se será aprovada com tanta rapidez como alguns pensam. E se Guedes pedir para sair?


Terceira observação. Com relação ao meu patrimônio nos EUA, não comprei, mas também não vendi. Grande parte de minhas reservas estão paradas na conta esperando o momento ideal para serem utilizadas. Já falei em post pretérito que iria dolarizar a carteira. Por conseguinte, parece algo contraditório eu fazer um movimento agora em direção ao Tesouro Direto. Concordo, mas o câmbio não está ajudando. Por mais que saibamos que o Brasil tem um histórico muito complicado, emprestar para o governo tem baixo risco, pois, em última instância, basta o mesmo imprimir mais moeda para pagar os credores. Já emprestar dinheiro para empresa envolve muito mais risco, ainda mais nestes tempos em que vejo exarcebação de ganância por parte alguns agentes do meio (como exemplo, gestores de FIIs lançando subscrições de maneira desenfreada em busca de dinheiro barato dos investidores). É preferível ganhar pouco, mas de maneira constante na renda fixa, com baixo risco, do que ter o infortúnio de perder boa parte do patrimônio em apenas alguns dias. Talvez, se fosse mais novo não adotaria tal mentalidade mas com a idade que possuo, prefiro assumir postura mais conservadora.

Quarta observação. Apesar de ter dito que iria fazer reserva de oportunidade no Brasil, com perspectiva de possível perda para a inflação de aplicação no Tesouro Direto SELIC ou CDB 100% do CDI, não deixei nenhuma quantia parada na conta (posso conseguir CDB pagando mais de 100% de CDI, mas em bancos menores, o que me expõe a um risco que não quero correr, lembrando que o FGC - Fundo Garantidor de Crédito não é um poço sem fundo de reservas monetárias). Tenho mudado o meu mindset neste sentido. Se houver uma pesada correção em ações, FIIs, levarão meses ou, mais provavelmente, anos para a recuperação das cotações. Assim, comprando todos os meses, farei preço médio. Não faz sentido manter uma grande quantia de dinheiro parada na conta com possibilidade de perda para a inflação para aplicar especificamente no dia do crash. Não é assim que funcionou nas crises passadas. Até a volta ao bull market, serão várias altas e baixas. E nada impede que cotações caiam ainda mais depois do dia do circuit break. Tal pensamento não será aplicado para a quantia parada nos EUA, pois entra a questão do câmbio, hoje extremamente desfavorável. É possível que o dólar não volte mais a R$ 4,20, mas, ainda assim, prefiro focar agora no Tesouro Direto.

Quinta observação. Esta mudança de rota tão radical na alocação dos aportes deu-se especialmente em virtude da máxima: antes de querer ganhar, não perca. Frase de Buffett. No meu sentir, não vejo porque tomar tanto risco neste momento. O fato de ser servidor público com estabilidade, ter poucas despesas, nenhuma dívida e um padrão salarial que é muito bom perante a maioria dos nacionais me fez mudar de ideia. O mais importante para mim, com 43 anos de idade, é vencer a inflação e não ficar rico. Manter o meu padrão de vida quando estiver na terceira idade. Poder fazer e comprar coisas sem muito sacrifício financeiro. Para isso, com o nível de aporte que possuo, basta eu deixar o tempo e a força dos juros compostos agirem. Como já perdi muito dinheiro no passado, não posso errar novamente. E quando sentir que o momento é adequado de novo, volto a comprar ativos da renda variável até porque gosto muito dos FIIs (notem que caíram pouco em uma semana tão ruim).

Sexta observação. O que me ajudou a acordar para a realidade acima descrita foi o canal Finanças para Ti no Youtube (link aqui). Trata apenas do Tesouro Direto. Darlan é médico, mas possui um bom conhecimento sobre o referido instrumento financeiro. Imagino que tenha mais de 50 anos e, por conseguinte, possui uma visão mais conservadora, o que se coadonua com o atual momento de minha vida. Você não irá ficar rico com o Tesouro Direto, mas poderá fazer com que consiga proteger o seu patrimônio em caso de um período de bear market prolongado na bolsa. E aí, pode acontecer de, no final das contas, você acabar com mais patrimônio do que aquele que estava muito exposto à renda variável e que poderá levar anos, se não décadas, para voltar ao ponto onde estava antes da crise.

Sétima observação. Se a taxa de retorno dos Tesouro Direto IPCA + mais longos não voltarem para pelo menos 3,50%, vou focar os aportes no IPCA + 2026 até porque, proporcionalmente, hoje, tem melhor custo benefício que os IPCA + mais longos. Como já tenho alguma quantia no IPCA + 2024, botando dinheiro no IPCA + 2026, pretendo formar uma "escadinha" de forma que a cada dois anos, caia um valor considerável na minha conta para: adquir ativos da renda variável se for o momento ou comprar mais Tesouro Direto com taxas melhores, já que há expectativa de aumento da SELIC nos próximos exercícios. Se o Tesouro Nacional adotar o comportamento de criar um IPCA + a cada 2 anos, devo adotar esta estratégia da "escadinha" até a aposentadoria, pois, assim, na maior parte do tempo, terei um bom numerário a título de reserva de oportunidade.

Oitava observação. Me inscrevi no ranking da Blogsfera (link aqui), a fim de manter minha disciplina e foco para alcançar o objetivo traçado. No último mês de janeiro, o meu perfil foi lá inserido, já que este espaço ainda não possuía três meses de existência. Alguns podem achar que a classificação pode ser uma maneira dos blogueiros ficarem se mostrando. Pode até ser, mas para mim, servirá como um combustível para perservar, tendo em vista que tenho 22 anos de caminhada, se não houver outra reforma da Previdência, o que não é pouco.

Quaisquer dúvidas e comentários, sempre bem-vindos, escreva na área de comentários.

Continuaremos nosso bate-papo no próximo post.

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Até mais!

sábado, 22 de fevereiro de 2020

NOTÍCIAS DA MATRIX - 4ª edição - Os motivos de meu sumiço

Olá! Tudo bem?

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Antes de tudo, friso que não sou analista de investimentos e que não faço recomendações (nunca venderei nada este blog, pois não é meu intuito ganhar dinheiro com isso, mas apenas ajudar aqueles que estão vivendo na Matrix, imersos no fenômeno da "corrida dos ratos" - veja mais aqui - a abrirem os olhos).

Ainda não morri!

Usarei este post para elencar alguns motivos que me fizeram ausentar deste espaço. Espero que me entendam. Não achem que é por desídia de minha parte com relação à audiência. De forma alguma. Como já expliquei, comecei minha jornada há pouco mais de um ano. Não tenho formação em Economia e não sou um estudioso autoditada de finanças. Uso este blog apenas para registro pessoal e para inspirar as pessoas a começarem ou a perseverarem na busca pela liberdade financeira. Não me julgo professor de ninguém. Sou apenas um sujeito com algum conhecimento de vida e que já tomou péssimas decisões no passado com relação a dinheiro.

1 - Como já falei aqui, não pretendo ser escravo do dinheiro ou do sonho da independência financeira. Estudo para executar as melhores decisões, mas tomo cuidado para preservar as poucas horas de lazer que possuo. Comecei a notar que estava negligenciando a relação com a minha esposa. Daí, como ela e meus cães e gatos são mais importantes para mim do que numerário, resolvi mudar. Agora, não estou perdendo tanto tempo na frente do computador lendo relatórios e assistindo a vídeos do YouTube sobre o mercado financeiro. Tenho 43 anos de idade. Como não possuo filhos e sou "mão de vaca", consigo economizar bastante de meu salário. Daí, cheguei à conclusão que por causa dos erros de meu passado e da idade que já possuo, não posso tomar tantos riscos. É melhor ganhar pouco e sempre do que perder. Quero tranquilidade. Não tenho sonho de ser rico. Uma aposentadoria em que haja sobra de algum dinheiro para o lazer, com todas as despesas pagas, já me é suficiente.

2 - Aproximadamente 60% de minha carteira previdenciária estava na renda variável, especialmente em FIIs. Com a minha mudança de paradigma, aproveitei a entrada de uma verba referente à venda de parcela que tinha em imóvel da família para inverter a proporção. Agora, aproximadamente 60% de meus ativos estão em títulos do Tesouro Direto IPCA +. Por que? O ganho não é ínfimo? É pouco, mas vou ganhar da inflação com risco muito baixo. Com o meu nível de aportes, a força dos juros compostos conjugada com o fator tempo farão a maior parte do trabalho. Pensei em aumentar minha posição no mercado estrangeiro, mas com esta cotação do dólar, desisti. Só voltarei à renda variável no Brasil e nos EUA quando me sentir confortável novamente. Pode levar anos, mas a decisão já está tomada e, aparentemente, é irreversível.

3 - A queda das cotações dos FIIs em janeiro, inclusive de AAA, me fez abrir os olhos para os riscos do mercado variável. Apesar de serem ativos lastreados em imóveis, no final das contas, estão sujeitos a inúmeras variáveis. E o que mais me preocupa é o fator humano. O homem, movido pela ganância, especialmente nestes tempos de bull market prolongado, pode causar enormes e inarredáveis prejuízos a uma grande massa de investidores. Não quero fazer parte dela. Sem contar a possibilidade real de tributação dos rendimentos. Se ela realmente sair, não sei se este instrumento conseguirá manter a já limitada atratividade perante a renda fixa.

4 - Acho que estamos vivendo uma realidade "estranha". Juros negativos em boa parte das grandes economias mundiais, dólar subindo junto com a B3 (na maioria dos casos, a relação é negativa), muitas empresas extremamente valorizadas com nenhum ou pouco resultado, vários países à beira ou já em recessão. Não me sinto mais confortável. Não descarto zerar minhas posições na B3. Nesta semana, segundo notícia veiculada na imprensa, o Ministro da Economia chegou a pedir demissão, mas foi demovido da ideia. Disse que está cansado das articulações com o Congresso Nacional e que ganharia mais dinheiro na iniciativa privada. Não tenho partido político, mas a única coisa que sustenta este governo é a esperança de melhora na economia. Não digo que a desistência de Guedes aborte a recuperação, mas reconheçamos que o risco do mercado reagir muito mal é gigantesca. E se o Presidente não é uma pessoa afeita ao diálogo, a chance da economia do Brasil ficar parada por três anos, até a próxima eleição, é real. Como Guedes tem o pavio tão curto como o do Presidente, não acho que chegue até o final de 2020 como ministro.

5 - O coronavírus mostrou como dados e indicadores podem ser manipulados para criar uma falsa realidade para as pessoas a fim de evitar o pânico. Se Bernie Sanders, "o socialista" para alguns, for o novo presidente dos EUA, creio que o mercado não irá reagir bem. Não gosto de Trump. Se Bloomberg for o vencedor, não irá sanar os problemas herdados da crise de 2008, pois é um animal do mercado financeiro. Ele ou Trump deverá manter o status quo, mas não é algo que me agrada, pois penso que a economia estadunidense não é o conto de fadas que muitos imaginam. Para mim, uma miragem no deserto. Só bom nível de emprego não quer dizer nada. O poder aquisitivo do norte-americano está regredindo há vários anos. Basta acompanhar notícias sobre as dívidas no ramo imobiliário e com instituições de ensino terciário. Se o mercado acionário dos EUA cair com o resultado das eleições, não só o Brasil, mas como todas as economias mundiais sofrerão. E a recuperação pode levar anos.

6 - Ademais, adotando uma visão mais global, creio que hábitos de consumo estão mudando. A indústria automobilística, por exemplo, que outrora era um dos principais motores da economia mundial, hoje, pena. Alguns fabricantes quebrariam se não houvesse a demanda de carros pelas locadoras que disponibilizam os mesmos aos motoristas de aplicativos. Outro ponto importante, a meu ver, é o aumento do fosso entre o muito rico e o muito pobre no mundo. Isso não é sustentável, no longo prazo, pois não haverá gente para consumir o que é produzido.

7 - Outra questão a ser pontuada é que não quero que me vejam como alguém que usa este espaço para se mostrar. Inegavelmente, vislumbrando a crise por que passa o país, sou um afortunado por ter estabilidade e bom nível salarial. Mas isto não me faz melhor do que ninguém. Apesar de ter a meta de alcançar os objetivos traçados, não estou aqui para ficar me vangloriando.

8 - Finalmente, decidi fazer apenas um post ao mês, pois sou humilde o suficiente para reconhecer que há outros blogueiros da Finansfera que possuem mais conhecimento do que eu. Não vou ficar aqui copiando postagens de outros para encher linguiça a fim de alcançar mais seguidores. Há companheiros que realmente dedicam muito tempo para estudar os ativos e a dinâmica do mercado e que podem trazer mais conhecimento do que a minha pessoa.

No final do mês, post de fechamento em que mostrarei a guinada promovida na carteira previdenciária.

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Até mais!

domingo, 2 de fevereiro de 2020

Fechamento Janeiro/2020 - FIRE IN THE HOLE

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Antes de tudo, friso que não sou analista de investimentos e que não faço recomendações (nunca venderei nada este blog, pois não é meu intuito ganhar dinheiro com isso, mas apenas ajudar aqueles que estão vivendo na Matrix, imersos no fenômeno da "corrida dos ratos" - veja mais aqui - a abrirem os olhos).




Para você entender minha evolução na jornada em busca de independência financeira e o racional utilizado, o fechamento dos meses antecedentes encontram-se na coluna FIRE IN THE HOLE deste blog. Se você é iniciante, sugiro nunca ver o fechamento de um único mês, mas a sequência deles para compreender qual é a estratégia adotada a fim de você não correr o risco de chegar a falsas conclusões.






Primeira observação. A vida é feita de surpresas. Por mais que você planeje, imprevistos sempre acontecem e isto, em uma jornada FIRE, pode trazer inúmeras consequências, seja para o bem ou para o mal. Em razão de uma questão de ordem familiar, fui obrigado, a cotragosto, a me desfazer de algumas posições em ações e fundos imobiliários, mas, em compensação, houve entrada de valor referente à venda de minha parcela na negociação de um imóvel da família, montante este que foi parar na conta do Nubank. O objetivo inicial seria esperar a cotação do dólar cair para mandar R$ 120.000,00 para uma conta que estou tentando abrir na TD Ameritrade (processo ainda não finalizado), pois decidi não alocar mais recursos na DriveWealth (não vou fazer transferência de custódia de ativos entre as corretoras). Mas há uma possibilidade de ter que emprestar parte ou o total destes R$ 120.000,00 para um parente comprar um imóvel. Se isso acontecer, o meu patrimônio terá uma queda razoável, mas nada posso fazer. No próximo mês, terei uma definição da situação posta. De qualquer maneira, mesmo que tenha que fazer este empréstimo, posso ter um ganho no futuro com a venda do imóvel que será adquirido agora. Caso não precise fazer o empréstimo, vou esperar a queda da cotação do dólar, pois subiu muito em pouco tempo, graças à crise do coronavírus. Por mais que reconheça que o importante é o aporte constante, com vistas à formação do preço médio nas remessas ao exterior, entendo que dólar a R$ 4,20 fica complicado, pois mesmo utilizando o maior cupom de desconto da Remessa On Line, a perda é considerável. O meu foco para emitir a remessa seria o dólar a R$ 4,10, mas, sinceramente, hoje, não sei se volta até este marco. Aguardemos os próximos sinais do mercado.

Segunda observaçãoApesar deste evento não esperado, o aporte do mês foi relevante com o recebimento da primeira parcela do 13º salário. O montante foi utilizado para comprar Tesouro Direto IPCA+ 2035 sem juros semestrais e Tesouro Direto IPCA+ 2045, na proporção 50%/50%. Tal movimento se deu para compensar a futura e possível alocação dos R$ 120.000,00 em renda variável no exterior, de forma a garantir uma proporção de 60/40 ou 50/50 entre renda fixa e renda varíavel na minha carteira previdenciária. A escolha pelo IPCA+ 2035 se deu com o intuito de formar caixa para uso em viagens, já que acredito que em 2035, meus animais já não estarão vivos, o que nos deixará mais livres para fazer viagens, especialmente para o exterior. A escolha pelo IPCA+ 2045 é porque se não houver nova Reforma da Previdência, devo me aposentar em 2042. Se o Tesouro Nacional liberar o IPCA+ 2040, passarei a fazer a divisão dos aportes entre estas três opções disponíveis. Descarto, no momento, os IPCA+  com juros semestrais a fim de postergar o pagamento de IR e pelo fato de não precisar de complementação de renda neste momento de minha vida. As taxas do IPCA+ estão caindo paulatinamente. Talvez, no próximo mês, segure o valor do aporte no Nubank para voltar a aplicar no Tesouro Direto quando as taxas voltarem a subir.



Terceira observação. Optei pelo aporte mais substancial do mês no Tesouro Direto, pois não me sinto confortável em colocar mais dinheiro novo na renda variável tanto aqui como nos EUA, dadas as circunstâncias do momento. Não bastasse as questões que já geravam ruídos no mercado financeiro (guerra comercial EUA x China, eleições aqui e nos EUA, reformas paradas no Brasil, atividade econômica no Brasil ainda estacionada), surge o coronavírus que complicou ainda mais o cenário. Não sabemos ainda quais serão as reais consequências da epidemia para o mundo. Daí, prefiro criar uma reserva de oportunidade para ser usada tanto aqui como nos EUA. Doravante, os salários deverão ser usados para formação destas reservas e aplicação em Tesouro Direto IPCA+.

Quarta observação. Fiz compra de poucas ações de Engie e Itausa no mês (não tanto pelo Banco Itaú mas pela perspectiva de crescimento da XP que, dentro em breve, deverá virar banco para competir com Inter, Nubank e congêneres). Não irei exercer direito de subscrição de FII (BCFF11).

Quinta observação. Este mês de janeiro foi o pior desde o início da jornada FIRE, iniciada em janeiro/202, no que atine à rentabilidade, até porque a maior parte da carteira estava vinculada a fundos imobiliários que sofreram forte correção. O movimento abrangeu todos os FIIs (não alcançou as ações), mesmo aqueles multi-multi-multi e high grade. Uma ótima amostra de como nós não podemos nos basear em rentabilidade passada para fazer previsões. Não é porque FII é vinculado a imóvel que sua cotação não pode variar. O mesmo deverá acontecer se a tributação dos dividendos sair.

Sexta observação. Reconheço que estava fazendo um juízo um pouco equivocado com relação aos FIIs. Como se via ganho na valorização da cota e o pinga-pinga dos dividendos todos os meses, achei que seria sempre assim. Mas FII não é renda fixa, é renda variável. Daí, é importantíssimo você conhecer a si mesmo, estabelecendo seu limite de tolerância ao risco. Não cogitava investir em Tesouro Direto IPCA+ neste momento, mas o ensinamento de Buffett falou mais alto: antes de querer ganhar, não perca. No Tesouro Direto longo, por mais que o ganho sobre a inflação não seja nada de outro mundo, você acaba ficando protegido das variações inerentes ao mercado. Como já tenho e vou aumentar minha exposição a ativos no exterior e o risco de calote do governo brasileiro é baixo (se isto acontecer, basta o Tesouro Nacinal emitir mais moeda para honrar os compromissos firmados com seus credores), não me importo em ganhar menos com o Tesouro Direto, até porque será ele que vai segurar minha carteira caso haja forte correção dos ativos da renda variável nos mercados nacional e estrangeiro. Terei pouca rentabilidade, mas com aportes constantes e com o fator tempo e os juros compostos ao meu lado, o fenômeno da bola de neve deverá me favorecer.

Sétima observação. O meu objetivo com a jornada FIRE não é ficar rico. É ter um bom padrão de vida quando me aposentar do serviço público, já que não pretendo procurar outra atividade laboral depois da ocorrência deste fato. Consequentemente, se o meu patrimônio crescer acima da inflação, preservando o meu poder de compra até 2042, já estarei em uma situação bastante confortável, até porque meu custo de vida é baixo e o meu salário é bastante razoável, hoje, comparando-se com a média nacional. Sei que a partir da partida de meus cães e gatos, irei ter mais gastos com viagens, mas, ainda assim, acredito que conseguirei formar um colchão suficiente para me manter depois da aposentadoria.

Oitava observação. Me inscrevi no ranking da Blogsfera (link aqui), a fim de manter minha disciplina e foco para alcançar o objetivo traçado. Acredito que poderá servir como um combustível para perservar, tendo em vista que tenho 22 anos de caminhada, se não houver outra reforma da Previdência, o que não é pouco.

Quaisquer dúvidas e comentários, sempre bem-vindos, escreva na área de comentários.

Continuaremos nosso bate-papo no próximo post.

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