segunda-feira, 29 de junho de 2020

Fechamento Junho/2020 - FIRE IN THE HOLE

Olá! Tudo bem?

Se é sua primeira vez aqui, conheça um pouco de minha história aquiaqui e aqui. Recomendo, fortemente, que leia também todos os posts deste espaço para sentir como sou, como penso, pois você pode se identificar com o Mente Investidora. Ler apenas um post pode te induzir a ter uma interpretação errônea de quem eu sou e como busco a independência financeira. Fica a dica. 

Se você não quer ou não pode ler os posts deste espaço (está em ambiente público ou dirigindo, por exemplo) ou possui deficiência visual, use o plugin Audima que se encontra no topo do título de cada postagem para ouvir seu conteúdo (basta clicar no botão play). É gratuito. Funciona como uma espécie de podcast.



Antes de tudo, friso que não sou analista de investimentos e que não faço recomendações (nunca venderei nada este blog, pois não é meu intuito ganhar dinheiro com isso, mas apenas ajudar aqueles que estão vivendo na Matrix, imersos no fenômeno da "corrida dos ratos" - veja mais aqui - a abrirem os olhos).



Para você entender minha evolução na jornada em busca de independência financeira e o racional utilizado, o fechamento dos meses antecedentes encontram-se na coluna FIRE IN THE HOLE deste blog. Se você é iniciante, sugiro nunca ver o fechamento de um único mês, mas a sequência deles para compreender qual é a estratégia adotada a fim de você não correr o risco de chegar a falsas conclusões.

CUSTO MÉDIO DO DÓLAR: R$ 5,01

Primeira observação. Os gráficos acima mostram a evolução patrimonial e a rentabilidade acumulada desde o começo da jornada. Apesar dos problemas gerados pela pandemia, acredito que não tenho do que reclamar, até porque a parte da carteira vinculada ao Dólar e ao Ouro compensaram a desvalorização das ações, FIIs, stocks e REITs.

Como o meu horizonte de aportes é de pelo menos uns 25 anos, aproximadamente, quando estiver em 2045, nem lembrarei desta queda ocorrida no mês de março, já que o foco é o longo prazo. Conforme expliquei no post anterior, o aporte neste mês seria maior, pois vendi o último imóvel físico que possuía, lembrando que, nos próximos meses, haverá uma redução no volume dos mesmos.

DIVISÃO DO PATRIMÔNIO:





Segunda observação. Tendo em vista que todo o valor decorrente da negociação do imóvel foi destinado aos EUA, a distribuição da carteria já mostra um peso relevante vinculado ao Dólar. Se quiser entender o meu racional quanto à distribuição dos ativos dentro da carteira previdenciária, veja aqui. Estou no começo da jornada. Daí, estas porcentagens de alocações poderão mudar no futuro, mas, de qualquer maneira, trabalho com o piso mínimo de 50% Brasil e 50% fora do Brasil.

A tendência é manter a maior parte do patrimônio atrelada a outras moedas mais fortes do que o Real por causa do risco Brasil e dada a pouca relevância de nossa economia mundial perante o globo, mas, em atenção à questão de possíveis mudanças regulatórias e tributárias no futuro, não pretendo zerar, por completo, minha posição aqui. Uma eventual decisão de deixar o Brasil no futuro e os ensinamentos colhidos com a experiência do nosso colega SRIF365 também contribuíram para tal decisão.

Terceira observação. No que atine ao montante enviado aos EUA, fruto da venda do lote, optei por fazer uma única remessa, pois no dia da concretização do negócio, as bolsas nos EUA caíram mais forte (11/06). Daí, esperava um aumento relevante na cotação do Dólar logo na abertura do mercado no dia seguinte (na verdade, subiu, mas menos do que imaginava, o que prova que nem sempre o mercado age como esperado).

O mais sensato seria diluir os quase US$ 25.000,00 em várias remessas a fim de pegar várias cotações de câmbio, já que ultimamente, temos visto um movimento constante de valorização do Real perante o Dólar. Mas é como já falei aqui. Tem hora que o investidor precisa seguir o seu instinto que, naquele momento, me dizia para não esperar. Depois da remessa efetivada, nos deparamos com a segunda onda de COVID nos EUA, o aumento da proliferação do vírus no Brasil e a volta das tensões entre Executivo, Judiciário e Legislativo.

Então, em certa medida, posso dizer que dei sorte (minha intuição estava correta). De qualquer maneira, mesmo com a remessa dos US$ 25.000,00 com um valor de Dólar a R$ 5,06, o meu custo médio ainda está em R$ 5,01, lembrando que já peguei cotação a R$ 5,78.

Quarta observação. Durante este mês de junho, usei aproximadamente US$ 14.000,00 que estavam parados na conta da TD Ameritrade na compra de ETFs logo que soube que a venda do lote tinha sido acertada. Assim, espero, nos próximos meses, um aumento substancial no pagamento de dividendos no exterior, o que virá também das BDRs a serem adquiridas.

Destes US$ 25.000,00 enviados, neste mês, para a conta nos EUA, usarei US$ 2.000,00, ao mês, até novembro, quando se dará o pleito eleitoral nos EUA. Assim, se houver uma queda mais expressiva do mercado (pelas notícias que vi, o mercado, de maneira geral, prefere Trump que está perdendo força nas últimas pesquisas divulgadas), terei uma quantia ainda razóavel para aproveitar o momento. O importante, em minha modesta opinião, é comprar os ativos com regularidade, mantendo uma reserva de oportunidade para aproveitar momentos pontuais de baixa do mercado a fim de me beneficar do Princípio de Pareto.


Quinta observação. Vou deixar para pagar o DARF do ganho de capital sobre a venda do imóvel com o salário do mês de julho e não com o deste exercício, já que tenho o prazo até o último dia útil do mês seguinte para efetivá-lo (por conseguinte, o nível de aporte em julho será consideravelmente menor). Assim, o aporte do salário foi dividido da seguinte forma: uma parte foi utilizada como primeiro aporte na conta que acabei de abrir na Interactive Brokers a fim de operar ETFs de acumulação irlandeses (vou adquirir os mais genéricos, deixando para comprar os mais específicos, baseados nos EUA, via TD Ameritrade); outro pedaço foi usado para aquisição das primeiras BDRs e duas partes menores servirão para formação de reservas de oportunidade e de emergência no Brasil.



Ações: ABEV3, BBDC3, EGIE3, ELET3, ENBR3, EQTL3, FLRY3, FRAS3, IRBR3, ITUB3, ITSA3, ITSA4, LINX3, LREN3, MDIA3, PETR3, PSSA3, RADL3, SAPR4, SAPR11, TAEE11, TOTS3, VALE3, VVAR3, WEGE3.

Ações (hibernação): BRAP4, BTOW3, CLSC4, CSNA3, CYRE3, EMBR3, GOLL4, HAGA3, LOGN3, POSI3, RAIL3, USIM5.

FIIs: ABCP11, ALZR11, BCFF11, BRCR11, BTLG11, FIGS11, FIIB11, FLMA11, HFOF11, GGRC11, HGCR11, HGBS11, HGLG11, HGRE11, HTMX11, KNCR11, KNIP11, KNRI11, LVBI11, MALL11, MGFF11, OUJP11, RBRD11, RBRF11, TGAR11, UBSR11, VILG11, VISC11, VRTA11, XPLG11, XPML11.

Stocks: MMM, ABT, ACN, BABA, GOOG, AMZN, AWR, BUD, T, BIDU, BRK.B, BLK, BG, CVX, CSCO, KO, CL, DOV, DOW, DD, EMR, XOM, GD, GE, GIS, GPC, GSK, GPRO, HON, HRL, INTC, KHC, LMT, MCD, MSFT, MDLZ, NYT, NKE, NOC, NVS, NVDA, ORCL, PEP, PETR, RIO, RDSA, CRM, SNY, SAP, SWK, T, TGT, TXN, UL, UNP, VRSN, VZ, V, WPC, DIS.

REITs: BXP, EPR, FRT, QTS, REET, SLG, TRNO, VHT, VNQ, VNQI.

ETFs de renda variável: DIV, DTH, DWX, EDIV, EEMV, FAN, FGD, GLD, HDV, IAU, IDV, IJR, IVAL, IVV, NOBL, QQQE, QVAL, RGI, RHS, RYF, RYT, RYH, RYU, SLYV, SPHQ, TAN, URTH, USHY, USO, VEA, VEU, VLUE, VOO, VT, VTI, VXUS, VWO, XLP, ZIG.

ETFs de renda fixa: BIL, EMB, TIP, SHY.

BDRs: R1IN34, SIMN34, BOXP34, P1LD34.

Sexta observação. Notem que houve um aumento expressivo de ETFs sediados nos EUA na carteira, em comparação ao fechamento do exercício anterior. Como expus no post da atualização da carteira previdenciária, lá fora, irei priorizar os fundos passivos, ao invés de fazer stock picking. Alguns podem dizer que é um exagero ter tantos ETFs por ter muita sobreposição entre os mesmos. O meu racional é que o ETF usa critérios objetivos para seguir, de maneira geral, a média do mercado. Como não posso prever para onde o mercado irá (priorização de empresas de valor, crescimento, small caps nas próximas décadas), optei por ter posição na maior gama possível de opções, apesar que o core ainda estará em ETFs de base, como VT e VTI, até porque o custo de tal ferramenta é muito baixo perante o benefício de diminuição do risco que proporciona à carteira.

Aproveito a oportunidade para, mais uma vez, recomendar o canal do YouTube de Otávio Paranhos que trata tão somente da estratégia de investir no exteiror via ETFs.

Sétima observação. Com alicerce na sugestão de um visitante feita no post de fechamento de maio, passarei a colocar ETFs de REITs dentro da classe REIT e não de renda variável, já que é do setor específico. 

Oitava observação. Já havia comentado neste espaço que não tinha conseguido abrir conta no banco português Atlantico Europa a fim de ter exposição a Libra, Euro e Franco Suíço pelo fato de meu passaporte estar vencido. Tal motivo também impossibilitou a abertura de conta na Charles Schwab, tendo sido obrigado a enviar os quase US$ 25.000,00 para a conta na TD Ameritrade. Por causa deste problema, alterei os planos, de forma que desisti, a princípio, de abrir conta na CS.

Os novos aportes no exterior irão se concentrar na conta da Interactive Brokers, até porque vou pagar US$ 10,00, de custódia, ao mês. Em contrapartida, sem pagar nada a mais, poderei fazer até 10 operações de US$ 1,00, cada uma, dentro do mês sem custo adicional. O foco será a aquisição de ETFs irlandeses de acumulação, já que estou com aproximadamente US$ 50.000,00 em ativos custodiados nos EUA.

Como quero deixar uma folga para valorização ante o limite de US$ 60.000,00 do imposto de herança, vejo como a melhor medida a ser tomada. Não terei dividendos, mas continuo me expondo à uma infinidade de ativos estrangeiros com custo bastante baixo.

Com a volta do serviço de expedição de passaportes pelo DPF, irei solicitar os novos documentos para efetivar a abertura de contas em Euro, Libra Esterlina e Franco Suíço no banco português, aumentando a diversificação de meu patrimônio em moedas mais fortes do que o Real.

Nona observação. Tendo em vista que a minha parcela em ativos no exterior irá aumentar consideravelmente de agora em diante, passarei a expor gráfico de evolução do recebimento de dividendos originados no Brasil (via ações, FIIs e BDRs) e nos EUA, pois acho relevante ter este parâmetro de comparação. 

Neste caso, vou utilizar, como padrão, a cotação do dólar do último dia útil da primeira quinzena do mês anterior à data do recebimento do dividendo no exterior, conforme determina a Receita Federal no cálculo do mesmo. Notem como, em junho, houve um aumento expressivo nos recebimentos em consequência das aquisições dos ETFs efetivadas.





Décima observação. Em referência às BDRs (agradeço ao colega de comunidade - vulgo Mister BDR - que tem me ajudado bastante a entender o funcionamento do ativo), ante o fato de que estarei adquirindo uma boa gama de ótimas empresas estrangeiras do home broker da corretora nacional, já selecionei as que merecerão aportes. Alguns podem pensar que não sobra muita coisa, mas, surpreendemente, a lista ficou maior do que pensava de início. O principal critério adotado é a solidez da empresa e sua liquidez. Não usarei as BDRs para fazer apostas em empresas pouco conhecidas e com baixa liquidez. Neste mês, prioirizei a compra de REITs, pois entendo estarem ainda descontados em face do problema da pandemia.

Com relação ao recebimento dos dividendos das BDRs, perderei 30% na fonte (EUA) e mais 5% aqui no Brasil (parcela do detentor do certificado). Ainda assim, a meu ver, é muito mais barato do que manter por anos uma offshore em paraíso fiscal, sem contar possíveis problemas com o escritório contratado e possibilidade de mudanças regulatórias e tributárias no futuro quanto à remessa de dinheiro ao exterior.

Conforme noticiei aqui, saiu notícia, neste mês, de que a B3 tem o interesse em acabar com a obrigação de ter R$ 1.000.000,00 para operar BDRs e que serão disponibilizadas BDRs de ETFs, o que seria o ideal para mim, já que terei mais ativos estrangeiros via ETFs do que por meio do stock picking. 

Respeito opiniões divergentes, mas não concordo com o argumento que manter BDR é ter patrimônio em Real, pois, em toda operação de compra e venda da mesma, será utilizada a cotação do Dólar no momento. Então, para mim, isto é dolarizar a carteira, sem contar que os dividendos, de igual maneira, serão creditados na conta da corretora, levando em consideração a cotação do Dólar (assim sendo, terei uma renda passiva imediata que pode aumentar consideravelmente se o Real continuar a se desvalorizar perante o Dólar). 

Acredito que este movimento da B3 é algo necessário, pensando na manutenção de sua relevância (muitos investidores brasileiros, mesmo sem muitos recursos, estão priorizando investimentos nos EUA, sendo que alguns, inclusive, estão zerando suas posições em ativos brasileiros), além do fato de que poderia aumentar, de forma exponencial, a sua receita com cobrança de taxas. 

O problema ficaria nas mãos das corretoras estrangeiras. Outros pontos a serem destacados: o brasileiro, especialmente o mais novo de mercado, gosta de ter a segurança do CEI (Canal do Investidor), local onde pode conferir se a operação de compra ou venda do ativo, via corretora, foi realmente concretizada, o que não existe nos EUA; o investidor não terá mais o custo de enviar o dinheiro para o exterior; a pessoa não precisa se preocupar em abrir offshore ou em pagar o imposto sobre herança estadunidense; com esta abertura das BDRs, a liquidez aumentaria consideravelmente; se o interessado quiser, poderá fazer a conversão das BDRs nos ativos originários, diretamente nos EUA.

Mais detalhes sobre a o programa e a evolução do mercado de BDRs, você encontra no boletim informativo da B3 (aqui).

Como consegui o acesso à negociação das mesmas, pagando R$ 3,50 por operação, mesmo sem ser investidor qualificado, o plano é comprar, todos os meses, de 1 a 2 empresas (com o valor disponível, não será possível comprar mais, ao mês, já que irei adquirir lotes fechados e não frações), via BDRs, em sistema de rodízio, de acordo com o peso dado a cada uma delas. Tentei fazer a compra de frações, mas notei que o pessoal gosta de operar com lotes fechados.

Vocês já devem ter notado que não gosto de pagar para operar no mercado financeiro. Hoje, não pago para comprar FIIs (via conta na XP) e ações (Banco Inter). No exterior, até alcançar US$ 100.000,00, terei que pagar custódia na Interactive Brokers para operar os ETFs irlandeses de acumulação, mas não tive saída, pois a TD Ameritrade não comercializa os mesmos. É um mal necessário. Penso que pagar R$ 3,50 para comprar as BDRs, no longo prazo, alicercado em minha crença que o Dólar irá se valorizar perante o Real no longo prazo, se mostrará pouco relevante. Ademais, assinei duas casas de research norte-americanas a fim de facilitar a escolha de ativos via stock picking.

Décima primeira observação. E
studei muito neste mês sobre possibilidades para enfrentar o problema do imposto estadunidense sobre a herança. Offshore, seguro de vida no Brasil, seguro de vida nos EUA, ETFs irlandeses de acumulação e BDRs eram as alternativas, já que não quero me arriscar a deixar um problema enorme para minha esposa caso faleça com patrimônio nos EUA superior aos US$ 60.000,00.

Sugiro a todos que pretendem ou já investem no exterior de maneira mais agressiva que leiam os posts do Aposente Cedo sobre tributação e offshore (veja aqui), do Aposente aos 40 (aqui) e ouçam os podcasts do SRIF365 e do BP Milhão

Com relação à primeira indicação de leitura, temos um relato de quem possui uma offshore. Muito esclarecedor, inclusive no que atine a valores de criação e de manutenção da estrutura (valores mais baixos do que vemos por aí). No momento, não é algo para mim, pois o volume do patrimônio lá fora não justifica, mas a situação pode mudar no futuro. 


Décima segunda observação. Estes vídeos sobre ETFs irlandeses de acumulação e offshore do Otávio Paranhos são bastante interessantes, valendo a pena assisti-los.




Quaisquer dúvidas e comentários são sempre bem-vindos.

Continuaremos nosso bate-papo no próximo post.

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Até mais!

domingo, 28 de junho de 2020

DICA DE MÚSICA: Encontrando pérolas no YouTube

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Mais uma postagem na seção Dica de Música.

Para quem gosta de Eric Clapton, veja este sujeito. O cara toca como o Slowhand. O timbe da guitarra é o mesmo. Impressionante. Esta música é pouco conhecida dos fãs, mas tem dois solos arrebatadores.


Agora, Clapton tocando.



Tomara que não se perca nos vícios. Este é Taj Farrant. PS: a criatura tem apenas onze anos de idade.





Bom fim de semana a todos!

Até mais!

terça-feira, 16 de junho de 2020

Divulgação da campanha Doar sem gastar

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Li um post no blog Aposente Cedo e decidi compartilhar o seu conteúdo aqui dada a importância do tema e por ter me identificado com o seu conteúdo (já escrevi sobre o ato de doar neste espaço). Deixo claro que não estou induzindo ninguém a fazer doações. Todos são livres para tomar suas decisões.

"Doar sem gastar

Cashback integral de doações. Este é o post mais importante que escrevi até o momento, portanto, agradeço se puder compartilhar nos grupos de WhatsApp, e-mails, Facebook, em seu blog ou canal de Youtube (fique à vontade para copiar e colar, não faço questão de ter o crédito, mas de espalhar a corrente do bem).

Mensalmente faço pequenas doações em dinheiro para instituições que acredito e, semestralmente, faço doações de roupas e outros bens. Preciso confessar, porém, que os valores que doo são ínfimos diante da minha renda e patrimônio. Quanto mais me aproximo da aposentadoria precoce, mas chego à conclusão de que devo contribuir mais para a sociedade e com aqueles que mais necessitam. Como todo bom FIREe, procuro economizar onde for possível, assim como maximizar meus impostos, por isso venho pesquisando cada vez mais meios de realizar doações e fazer valer as possíveis deduções de impostos previstas na lei poderíamos entrar aqui numa longa discussão sobre a finalidade de uma doação esse o bem maior buscado pelo doador seria autossatisfação e não ajudar ao próximo, mas prefiro deixar isso para outro momento. Acredito que o que irei escrever a seguir Sirva como uma ótima introdução ao mundo da filantropia para aqueles que gostariam de fazer um bem ao próximo sem gastar absolutamente nenhum dinheiro, portanto peço a leitura atenta das questões a seguir:

O assunto que quero abordar está detalhado no link abaixo:

https://www.seudinheiro.com/2019/imposto-de-renda/doacoes-incentivadas-2019/


Resumindo, você pode, ao invés de simplesmente pagar o imposto de renda, utilizar parte do valor devido (até 6% caso você tenha feito a doação no ano fiscal anterior ou até 3% no mesmo ano, antes da declaração de IRPF) para doar para instituições devidamente cadastradas pelo governo. Isso também serve para quem tem imposto a RESTITUIR, pois o valor doado será acrescido /devolvido em sua restituição.


Desta forma, você estará fazendo doações a instituições que acredita sem gastar absolutamente nada, visto que você será restituído integralmente do valor doado através da diminuição do imposto que você pagaria de qualquer jeito ou aumentando sua restituição. Esta também é uma forma de saber exatamente para onde está indo o imposto sobre a tão suada renda que você produziu, diminuindo a velha reclamação de que você não sabe o que o governo faz com seu dinheiro. Você deve observar os limites de doação restituíveis no link mencionado acima e na legislação pertinente.


Então, caro leitor, caso você não tem ainda o hábito de fazer doações, este é um bom começo. Sugiro que você não se limite a realizar doações nas quais consiga cashback. Independentemente de qualquer retorno financeiro, procure ajudar aqueles que precisam e não tiveram a estrutura que você teve, seja para uma causa educativa, cultural, dos animais, da Criança, do idoso, ou do que você acreditar e simpatizar.


Um exemplo de instituição para doar, com um tutorial prático:


https://doepequenoprincipe.org.br/impostoderenda/faca-sua-doacao/


Outro link com tutorial prático para fazer a doação diretamente na declaração de IRPF (neste caso, limitado a 3%, já que você não fez no ano fiscal anterior):


https://economia.uol.com.br/imposto-de-renda/duvidas/ir-2019-como-doar-parte-imposto-para-causas-sociais-eca.htm


Tenho como meta pessoal, uma vez atingida a independência financeira (falta pouco!), fixar doações entre 10% e o limite de minha renda passiva, desde que não prejudique meu orçamento familiar programado. Nestas doações se incluem tanto as que poderei ter algum tipo de cashback, quanto as que não conseguirei ter, bem como doações diretamente a pessoas físicas, parte de minha família que mais necessite, amigos que possam estar precisando ou causas não regulamentadas. Lembre-se que toda iniciativa de valor começa pequena e a maioria daqueles que organizam um projeto social ou colaborativo inicia na informalidade, portanto, caso você conheça algum projeto nessa situação, não só colabore financeiramente, como também busque instruir, agora que você tem as informações acima, como torná-lo legal e apto a receber verbas do governo e aumentar o poder de arrecadação de doadores.


Você pode ter sim muitos méritos próprios para ter chegado à independência financeira e ter a possibilidade de se aposentar cedo, mas se lembre de que você nunca conseguiria isso sozinho. Tenho certeza que em algum momento da vida você contou com o apoio de familiares, amigos e estranhos. Às vezes um simples ato pode mudar a forma de ver o mundo e espero que esse post seja um desses atos em sua vida, ajudando você a se tornar uma pessoa ainda melhor e, indiretamente, ajudando todos aqueles que receberão suas doações daqui para frente.


Como a maioria dos brasileiros deixa para fazer a declaração de IRPF nos últimos dias de prazo, espalhe essa mensagem o quanto antes, já que estamos nas duas últimas semanas de prazo neste ano. Se souber de alguma instituição de confiança, não deixe de indicar nos comentários.


“Não posso fazer todo o bem que o mundo precisa, mas o mundo precisa de todo o bem que eu possa fazer.” – Jana Stanfield"

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Até mais!

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Vendi o lote. Aleluia!!!

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Conforme havia mencionado no último mês, estava tentando vender um lote, adquirido em 2012, há mais de um ano e, ontem, finalmente, consegui efetivar a transação. Aceitei um preço menor do que ele pretensamente valia, mas fiz as seguintes considerações: quase R$ 1.800,00 de ITU a cada ano; o setor onde está localizado não tem rede de água/esgoto (com esta quebradeira toda, nem sei quando a prefeitura terá condições de instalar); comprei o lote, pois a região era propícia para a construção de condomínios fechados horizontais (um empreendimento do Alphaville para classe média foi construído lá perto), mas o problema é que a maior partes dos novos condomínios está sendo levantada em outra região da mesma cidade; em conversa com os corretores, todos, por unanimidade, afirmaram que estava muito difícil vender qualquer coisa na região e que dificilmente a negociação não iria envolver carro, moto ou outro imóvel.

Daí, por sorte, apareceu um brasileiro, residente nos EUA, interessado no lote. Usa o Dólar forte para assumir a posição de investidor em um país de moeda fraca. Nada melhor. Negócio fechado. Pouco mais de R$ 100.000,00, em dinheiro vivo, do que jeito que queria.

Como estou hoje aproximadamente com US$ 25.000,00 em ativos nos EUA (na TD Ameritrade e Avenue), vou usar o montante da venda para cumprir a exigência de abertura de conta na Charles Schwab (adquiriu a TD Ameritrade há alguns meses atrás), uma das maiores corretoras estadunidenses, que exige US$ 25.000,00 para tal. Já enviei a documentação. No aguardo de confirmação para fazer a remessa. Tomei tal atitude, pois só com os aportes provindos do salário, demoraria muito tempo para amealhar tal quantia a fim de permitir a abertura da conta. Agindo assim, o patrimônio já estará vinculado, de imediato, ao Dólar, ao invés de estar parado no Tesouro Direto SELIC, atrelado ao Real. Abri conta na CS para não ficar com o patrimônio preso a apenas uma corretora. A regra da diversificação para mim serve tanto para ativos quanto para as corretoras onde estão custodiados, pensando em minoração de riscos.

Agora, surge um "problema". De acordo com a legislação, por não ser residente nos EUA, sou obrigado a pagar imposto sobre herança sobre o que exceder a US$ 60.000,00 de ativos nos EUA. Com este aporte mais maciço, alcançando US$ 50.000,00, terei que me movimentar para idealizar um plano com o intuito de fugir do imposto sobre a herança de maneira legal.

Graças a artigos publicados pelo Aposente aos 40, Viver de renda, Como investir no exterior e ao Frugal Simples, estou me inteirando sobre o assunto atinente à aquisição de ETFs sediados na Irlanda que não pagam dividendos e que não se submetem à legislação dos EUA. Fica aqui o meu agradecimento explícito a todos eles que compartilham conhecimento relevante, de maneira totalmente gratuita e despretenciosa, à comunidade, depois de muitas horas de pesquisa e de estudo.

A princípio, o ganho com estes ETFs seria duplo: fugir da tributação norte-americana de 30% sobre dividendos, além do próprio imposto sobre herança dos EUA. Mister ressaltar que estou falando de ETFs irlandeses de acumulação. ETFs da Irlanda que não sejam acumulativos não trazem estes benefícios já mencionados aos investidores. Lamentavelmente, não é fácil conseguir muitas informações sobre esta modalidade de investimento, ainda mais em português, até porque a legislação, em alguns momentos, poderia ser mais clara em seus termos.

Estou procurando informações se este benefício fiscal dos ETFs irlandeses acumulativos tem um prazo de validade. Ainda não encontrei a resposta. Se os leitores tiverem, agradeço, desde já, o compartilhamento do conhecimento.

Um dificultador para ter acesso aos mesmos é que poucas corretoras propriciam a sua operação. Particularmente, só sei da Interactive Brokers. Como não vi outra opção, estou em processo de abertura de conta na mesma, sendo que o aporte relativo ao salário deste mês irá se tornar o primeiro depósito na conta da IB. Sei que há cobrança de US$ 10,00 de custódia mensal, mas o Aposente aos 40 me fez enxergar que este custo, a priori, não seria tão alto quanto possa parecer sob uma primeira análise.

O raciocínio é que em um ano, vou gastar US$ 120,00 com taxa de custódia na IB. Em contrapartida, se eu ultrapassar os US$ 60.000,00 em ativos sedidados nos EUA, teria que pagar, no mínimo, US$ 13.000,00 de imposto sobre herança, segundo a tabela progressiva. Assim, como possuo uma previsão de receber um imóvel, a título de herança no Brasil, no médio prazo (10/15 anos, aproximadamente, sendo que só devo me aposentar em, no mínimo, 25 anos), com o valor de sua comercialização, somado a uma quantia que teria que amealhar nos próximos anos, poderia transferir uma quantidade de dólares razoável para a conta da Interactive Brokers, chegando aos US$ 100.000,00, o que é condição sine qua non para isenção da tarifa de custódia ad perpetum.

Poderia deixar para abrir a conta na IB apenas com os US$ 100.000,00 daqui há alguns anos, após a venda do imóvel, o que levaria um tempo considerável, me deixando fora dos movimentos, inclusive altistas, do mercado. Em razão disso, descartei esta alternativa pela relação custo-benefício. É preferível, no meu sentir, pagar os US$ 10,00, ao mês, para estar, desde já, apto a gerar ganhos, fortificando o fator tempo na tarefa de acúmulo do capital.

Assim sendo, este custo inicial com a taxa de custódia se mostra pouco relevante perante o benefício a ser alcançado com o fato de deixar de pagar imposto à receita estadunidense.

Ainda torço para que a IB reveja sua política de custos, pois precisa agir para não perder fatia do mercado para os concorrentes que estão concedendo custódia e corretagem gratuitas, como a Charles Schwab e TD Ameritrade.

Não cheguei a pesquisar a fundo, mas, a princípio, notei que não há muitas opções de ETFs de acumulação sediados na Irlanda para se investir. Mas, como dizem, é o que tem para hoje. É melhor issso do que pagar imposto. Simples assim.

Posts dos colegas da comunidade me fizeram conhecer a estratégia Bogleheads que, basicamente, prega o investimento no mercado, via poucos ETFs, com baixas taxas e com bastante diversificação, de forma que não lhe tome muito tempo de estudo. Conheça mais aqui. Esta será a estratégia a ser adotada para a compra dos ETFs irlandeses, via Interactive Brokers.

Por conseguinte, o foco nas contas das corretoras nos EUA será operar os ETFs mais sofisticados que não encontrarei na Irlanda. Por meio da IB, irei comprar os ETFs acumulativos na Irlanda. E vou deixar para comprar stocks e REITs, via BDRs, pois já tenho acesso à uma quantidade razoável de boas empresas no próprio home broker de minha conta no Brasil. Se as BDRs de ETFs saírem, como estou torcendo, melhor ainda. Devo começar a investir nas mesmas em breve, mas irei focar BDRs de empresas mais antigas, estabilizadas e com maior liquidez.

Sei que para muitos, a questão tributária e sucessória possa soar algo distante. É um assunto chato e, muitas das vezes, difícil de compreender. Mas creio, firmemente, que é uma matéria que merece ernome atenção, pois como vocês verão nas postagens dos colegas da comunidade que citei acima, o dano ao patrimônio, com o pagamento de impostos no exterior, poderá ser bem significativo. Assim, acho que cabe ao investidor estudar todas as opções disponíveis para, se não aniquilar, minorar os efeitos dos tributos sobre o patrimônio acumulado ao longo de tantos anos.

Tanto sacrifício não pode ser entregue de mão beijada, de forma tão fácil, para o nosso maior algoz: o próprio Estado.

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Até mais!

sábado, 6 de junho de 2020

Revisão da alocação de ativos da carteira

Olá! Tudo bem?

Se é sua primeira vez aqui, conheça um pouco de minha história aquiaqui e aqui. Recomendo, fortemente, que leia também todos os posts deste espaço para sentir como sou, como penso, pois você pode se identificar com o Mente Investidora. Ler apenas um post pode te induzir a ter uma interpretação errônea de quem eu sou e como busco a independência financeira. Fica a dica. 

Se você não quer ou não pode ler os posts deste espaço (está em ambiente público ou dirigindo, por exemplo) ou possui deficiência visual, use o plugin Audima que se encontra no topo do título de cada postagem para ouvir seu conteúdo (basta clicar no botão play). É gratuito. Funciona como uma espécie de podcast.



Antes de tudo, friso que não sou analista de investimentos e que não faço recomendações (nunca venderei nada este blog, pois não é meu intuito ganhar dinheiro com isso, mas apenas ajudar aqueles que estão vivendo na Matrix, imersos no fenômeno da "corrida dos ratos" - veja mais aqui - a abrirem os olhos).

Comecei a minha jornada em busca da liberdade financeira em janeiro/2019. Passados 1 ano e 5 meses, resolvi estudar a alocação de ativos de minha carteira. Acredito que o investidor não deve ter uma visão cerrada sobre as coisas ao longo do tempo, pois muitas delas mudam. Questões macro e microeconômicas, políticas, mudanças nas diretrizes da vida e ganho de idade tem quer estudadas de tempos em tempos a fim de verificar se a sua exposição ao risco está de acordo com os interesses do momento.

Quando iniciei a corrida, imaginava que não iria precisar me expor tanto ao risco, pois a inflação do Brasil estava, em certa maneira, estabilizada. Mas de janeiro/2019 para cá, o cenário foi alterado radicalmente. As taxas de juros no mundo caíram consideravelmente, não tendo o Brasil ficado de fora. Por conseguinte, a rentabilidade da renda fixa foi prejudicada. Não estou dizendo que esta baixa taxa de juros nacionais irá ser o novo normal, mas não dá para cravar quando ela voltará para um patamar razoável de 5%/6% (eu quebrei a cara ao afirmar que não via a cotação do Dólar regredir a R$ 5,00 e acabou acontecendo no dia de ontem, 05/06/2020).

Tenho 43 anos de idade. Daí, não posso me expor tanto à renda variável. Cautela é necessária. Apesar de vislumbrar a aposentadoria do serviço público por volta de 2045 (é possível que me aposente depois por causa da grande probabilidade de haver uma nova reforma da Previdência neste ínterim), tendo aproximadamente 25 anos de aportes, não posso assumir riscos muito altos. Então, nada de ficar 90%/100% na renda variável, apesar de saber da existência do estudo que mostra que nos EUA, a rentabilidade da bolsa foi maior do que a dos títulos norte-americanos em mais de uma década.

De início, o meu foco era dividir 50%/50% entre renda fixa e renda variável. Mas como acredito que a tese de juros baixos é algo que pode se prolongar durante o tempo, depois de muitas reflexões, cheguei à conclusão que terei que assumir uma posição maior na renda variável, sob pena de acabar prejudicando a rentabilidade global da carteira.

Se for para tomar risco, tem que ser agora, com 25 anos para a aposentadoria. Acho melhor agir assim do que chegar em 2040, por exemplo, notar que a carteira não rentabilizou o esperado e resolver aumentar a exposição à renda variável. Quanto mais próximo o investidor estiver do momento da fruição do patrimônio, menos exposição ao risco ele deverá ter para não correr o risco de ter surpresas desagradáveis.

Assim sendo, fiz uma nova alocação da carteira nos seguintes termos:

60% renda variável/40% renda fixa

Do total da carteira (100%), assim ficaria a distribuição: 1% ouro (reserva de valor); 4% renda fixa no Brasil; 35% renda fixa no exterior (ETFs, bonds, posição em Libra Esterlina, Franço Suíço, Euro e Dólar); 3,6% em FIIs; 2,4% ações no Brasil; 5,4% stocks; 10,8% REITs; 37,8% em ETFs no exterior.



A primeira indagação que deve surgir é: por que ter tanto capital lá fora se Mente Investidora recebe o salário e gasta em Real e não pretende, a princípio, emigrar do país? A resposta é que vou assumir o risco de emular a vida de um estrangeiro, com boa parte do patrimônio vinculado a moedas fortes, vivendo em um país de moeda fraca. Como creio que, no longo prazo, o Dólar sempre irá se valorizar perante o Real, terei uma expectativa de potencialização do ganho de capital. Se daqui a 25 anos, quando me aposentar do serviço público, o Dólar estiver valendo, por exemplo, R$ 10,00, estarei em uma situação extremamente confortável.

Basicamente, é uma questão de crença. Uma aposta. Acredito que o fosso entre as cotações do Dólar e do Real irá aumentar no decorrer dos anos, mas posso estar enganado. A principal justificativa para embasar o meu pensamento é a de que a economia lá fora tem melhores fundamentos que a nossa, ainda muito dependente de commodities e bancos, sem contar a seara política tão complicada no Brasil.

Não bastasse isso, se resolver deixar o Brasil no futuro, já estarei preparado.

Do mesmo modo, é possível que em 25 anos, haja alteração na tributação de ativos no exterior, como também no Brasil. Golpe de Estado. Volta de governos assistencialistas, aumentando o rombo das contas públicas. Não dá para prever nada. Você acaba sendo obrigado a assumir riscos. E a única forma de minorá-los é diversificar o máximo que puder, em várias moedas, setores da economia e nações.

Notem que a maior parte do patrimônio, seja na renda fixa, seja na renda variável, estará atrelada ao exterior. Especificamente no que atine à renda fixa no Brasil, como sou funcionário público, já vou ficar preso ao país para o resto da vida, pois ele é quem me pagará os proventos da aposentadora (se pagar). Assim sendo, não vejo sentido em manter uma posição muito alta em Tesouro Direto, pois já tenho esta âncora muito pesada por causa do meu vínculo laboral.

A discrepância entre as alocações de ações/FIIs perante stocks/REITs/ETFs no exterior se dá, simplesmente, pelo fato de que mantendo a maior parte do meu patrimônio vinculado à uma única economia (Brasil), terei um aumento extraordinário do risco. No meu sentir, não faz sentido algum adotar esta estratégia, se tenho ativos de inúmeros países para investir. A economia nacional perante o mundo mal representa 1%. Então, por que ficar preso a estes 1%, deixando de lado os outros 99%? É questão de lógica matemática e estatística.

Com a benesse dos ETFs no exterior que permitem maximizar a diversificação da carteira com baixos custos e com milhares de ativos, será a classe que mais receberá aportes. Vejo o Tesouro Direto como um ativo (sou credor do Brasil). Por que ele merece muitos aportes se tenho de outro lado um único ETF que está atrelado a mais de 1.000 empresas (sou sócio de 1.000 negócios diferentes, cada um com suas particularidades), por exemplo? Não faz sentido algum.

Com relação à renda fixa, o entendimento é o mesmo. Por que estar tão exposto ao Tesouro Direto nacional se posso acessar bonds e ETFs de títulos de renda fixa de inúmeras nações no exterior, diluindo o risco?

Mas e o imposto sobre herança nos EUA? Estou na torcida e acho que não tardará a acontecer a disponibilização de BDRs a investidores não qualificados e BDRs de ETFs. Aí, a minha vida ficará bem mais fácil, pois poderei aportar em ativos estrangeiros, via Brasil, sem me preocupar com imposto sobre herança estatunidense. Penso que se a B3 não tomar esta atitude, perderá muitos investidores que irão priorizar investimentos no exterior, via corretoras, algumas com taxa 0.

Se, porventura, não acontecer, a saída será investir em ETFs de acumulação sediados em outros países, com o intuito de fugir do imposto sobre a herança dos EUA.

Aproveitando o tema deste post, sugiro você assistir a estes dois vídeos que tratam desta questão de viver de dividendos oriundos do exterior no Brasil. No primeiro, o Como investir no exterior mostra os resultados de uma simulação para saber se seria possível viver no Brasil com o recebimento de dividendos oriundos de ativos no exterior. No segundo, o SRIF365, a partir de 20:00, traz este estudo para a sua realidade, já que alocou, durante o período de acumulação, mais patrimônio no Brasil do que nos EUA.




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Até mais!