Olá! Tudo bem?
Se é sua primeira vez aqui, conheça um pouco de minha história aqui, aqui e aqui. Recomendo, fortemente, que leia também todos os posts deste espaço para sentir como sou, como penso, pois você pode se identificar com o Mente Investidora. Ler apenas um post pode te induzir a ter uma interpretação errônea de quem eu sou e como busco a independência financeira. Fica a dica.
Se é sua primeira vez aqui, conheça um pouco de minha história aqui, aqui e aqui. Recomendo, fortemente, que leia também todos os posts deste espaço para sentir como sou, como penso, pois você pode se identificar com o Mente Investidora. Ler apenas um post pode te induzir a ter uma interpretação errônea de quem eu sou e como busco a independência financeira. Fica a dica.
Se você não quer ou não pode ler os posts deste espaço (está em ambiente público ou dirigindo, por exemplo) ou possui deficiência visual, use o plugin Audima que se encontra no topo do título de cada postagem para ouvir seu conteúdo (basta clicar no botão play). É gratuito. Funciona como uma espécie de podcast.
Antes de tudo, friso que não sou analista de investimentos e que não faço recomendações (nunca venderei nada este blog, pois não é meu intuito ganhar dinheiro com isso, mas apenas ajudar aqueles que estão vivendo na Matrix, imersos no fenômeno da "corrida dos ratos" - veja mais aqui - a abrirem os olhos).
Para você entender minha evolução na jornada em busca de independência financeira e o racional utilizado, o fechamento dos meses antecedentes encontram-se na coluna FIRE IN THE HOLE deste blog. Se você é iniciante, sugiro nunca ver o fechamento de um único mês, mas a sequência deles para compreender qual é a estratégia adotada a fim de você não correr o risco de chegar a falsas conclusões.
CUSTO MÉDIO DO DÓLAR: R$ 5,01
Primeira observação. Os gráficos acima mostram a evolução patrimonial e a rentabilidade acumulada desde o começo da jornada. Apesar dos problemas gerados pela pandemia, acredito que não tenho do que reclamar, até porque a parte da carteira vinculada ao Dólar e ao Ouro compensaram a desvalorização das ações, FIIs, stocks e REITs.
Como o meu horizonte de aportes é de pelo menos uns 25 anos, aproximadamente, quando estiver em 2045, nem lembrarei desta queda ocorrida no mês de março, já que o foco é o longo prazo. Conforme expliquei no post anterior, o aporte neste mês seria maior, pois vendi o último imóvel físico que possuía, lembrando que, nos próximos meses, haverá uma redução no volume dos mesmos.
Como o meu horizonte de aportes é de pelo menos uns 25 anos, aproximadamente, quando estiver em 2045, nem lembrarei desta queda ocorrida no mês de março, já que o foco é o longo prazo. Conforme expliquei no post anterior, o aporte neste mês seria maior, pois vendi o último imóvel físico que possuía, lembrando que, nos próximos meses, haverá uma redução no volume dos mesmos.
DIVISÃO DO PATRIMÔNIO:
Segunda observação. Tendo em vista que todo o valor decorrente da negociação do imóvel foi destinado aos EUA, a distribuição da carteria já mostra um peso relevante vinculado ao Dólar. Se quiser entender o meu racional quanto à distribuição dos ativos dentro da carteira previdenciária, veja aqui. Estou no começo da jornada. Daí, estas porcentagens de alocações poderão mudar no futuro, mas, de qualquer maneira, trabalho com o piso mínimo de 50% Brasil e 50% fora do Brasil.
A tendência é manter a maior parte do patrimônio atrelada a outras moedas mais fortes do que o Real por causa do risco Brasil e dada a pouca relevância de nossa economia mundial perante o globo, mas, em atenção à questão de possíveis mudanças regulatórias e tributárias no futuro, não pretendo zerar, por completo, minha posição aqui. Uma eventual decisão de deixar o Brasil no futuro e os ensinamentos colhidos com a experiência do nosso colega SRIF365 também contribuíram para tal decisão.
A tendência é manter a maior parte do patrimônio atrelada a outras moedas mais fortes do que o Real por causa do risco Brasil e dada a pouca relevância de nossa economia mundial perante o globo, mas, em atenção à questão de possíveis mudanças regulatórias e tributárias no futuro, não pretendo zerar, por completo, minha posição aqui. Uma eventual decisão de deixar o Brasil no futuro e os ensinamentos colhidos com a experiência do nosso colega SRIF365 também contribuíram para tal decisão.
Terceira observação. No que atine ao montante enviado aos EUA, fruto da venda do lote, optei por fazer uma única remessa, pois no dia da concretização do negócio, as bolsas nos EUA caíram mais forte (11/06). Daí, esperava um aumento relevante na cotação do Dólar logo na abertura do mercado no dia seguinte (na verdade, subiu, mas menos do que imaginava, o que prova que nem sempre o mercado age como esperado).
O mais sensato seria diluir os quase US$ 25.000,00 em várias remessas a fim de pegar várias cotações de câmbio, já que ultimamente, temos visto um movimento constante de valorização do Real perante o Dólar. Mas é como já falei aqui. Tem hora que o investidor precisa seguir o seu instinto que, naquele momento, me dizia para não esperar. Depois da remessa efetivada, nos deparamos com a segunda onda de COVID nos EUA, o aumento da proliferação do vírus no Brasil e a volta das tensões entre Executivo, Judiciário e Legislativo.
Então, em certa medida, posso dizer que dei sorte (minha intuição estava correta). De qualquer maneira, mesmo com a remessa dos US$ 25.000,00 com um valor de Dólar a R$ 5,06, o meu custo médio ainda está em R$ 5,01, lembrando que já peguei cotação a R$ 5,78.
Quarta observação. Durante este mês de junho, usei aproximadamente US$ 14.000,00 que estavam parados na conta da TD Ameritrade na compra de ETFs logo que soube que a venda do lote tinha sido acertada. Assim, espero, nos próximos meses, um aumento substancial no pagamento de dividendos no exterior, o que virá também das BDRs a serem adquiridas.
Destes US$ 25.000,00 enviados, neste mês, para a conta nos EUA, usarei US$ 2.000,00, ao mês, até novembro, quando se dará o pleito eleitoral nos EUA. Assim, se houver uma queda mais expressiva do mercado (pelas notícias que vi, o mercado, de maneira geral, prefere Trump que está perdendo força nas últimas pesquisas divulgadas), terei uma quantia ainda razóavel para aproveitar o momento. O importante, em minha modesta opinião, é comprar os ativos com regularidade, mantendo uma reserva de oportunidade para aproveitar momentos pontuais de baixa do mercado a fim de me beneficar do Princípio de Pareto.
Quinta observação. Vou deixar para pagar o DARF do ganho de capital sobre a venda do imóvel com o salário do mês de julho e não com o deste exercício, já que tenho o prazo até o último dia útil do mês seguinte para efetivá-lo (por conseguinte, o nível de aporte em julho será consideravelmente menor). Assim, o aporte do salário foi dividido da seguinte forma: uma parte foi utilizada como primeiro aporte na conta que acabei de abrir na Interactive Brokers a fim de operar ETFs de acumulação irlandeses (vou adquirir os mais genéricos, deixando para comprar os mais específicos, baseados nos EUA, via TD Ameritrade); outro pedaço foi usado para aquisição das primeiras BDRs e duas partes menores servirão para formação de reservas de oportunidade e de emergência no Brasil.
Ações: ABEV3, BBDC3, EGIE3, ELET3, ENBR3, EQTL3, FLRY3, FRAS3, IRBR3, ITUB3, ITSA3, ITSA4, LINX3, LREN3, MDIA3, PETR3, PSSA3, RADL3, SAPR4, SAPR11, TAEE11, TOTS3, VALE3, VVAR3, WEGE3.
Ações (hibernação): BRAP4, BTOW3, CLSC4, CSNA3, CYRE3, EMBR3, GOLL4, HAGA3, LOGN3, POSI3, RAIL3, USIM5.
FIIs: ABCP11, ALZR11, BCFF11, BRCR11, BTLG11, FIGS11, FIIB11, FLMA11, HFOF11, GGRC11, HGCR11, HGBS11, HGLG11, HGRE11, HTMX11, KNCR11, KNIP11, KNRI11, LVBI11, MALL11, MGFF11, OUJP11, RBRD11, RBRF11, TGAR11, UBSR11, VILG11, VISC11, VRTA11, XPLG11, XPML11.
Ações (hibernação): BRAP4, BTOW3, CLSC4, CSNA3, CYRE3, EMBR3, GOLL4, HAGA3, LOGN3, POSI3, RAIL3, USIM5.
FIIs: ABCP11, ALZR11, BCFF11, BRCR11, BTLG11, FIGS11, FIIB11, FLMA11, HFOF11, GGRC11, HGCR11, HGBS11, HGLG11, HGRE11, HTMX11, KNCR11, KNIP11, KNRI11, LVBI11, MALL11, MGFF11, OUJP11, RBRD11, RBRF11, TGAR11, UBSR11, VILG11, VISC11, VRTA11, XPLG11, XPML11.
Stocks: MMM, ABT, ACN, BABA, GOOG, AMZN, AWR, BUD, T, BIDU, BRK.B, BLK, BG, CVX, CSCO, KO, CL, DOV, DOW, DD, EMR, XOM, GD, GE, GIS, GPC, GSK, GPRO, HON, HRL, INTC, KHC, LMT, MCD, MSFT, MDLZ, NYT, NKE, NOC, NVS, NVDA, ORCL, PEP, PETR, RIO, RDSA, CRM, SNY, SAP, SWK, T, TGT, TXN, UL, UNP, VRSN, VZ, V, WPC, DIS.
REITs: BXP, EPR, FRT, QTS, REET, SLG, TRNO, VHT, VNQ, VNQI.
ETFs de renda variável: DIV, DTH, DWX, EDIV, EEMV, FAN, FGD, GLD, HDV, IAU, IDV, IJR, IVAL, IVV, NOBL, QQQE, QVAL, RGI, RHS, RYF, RYT, RYH, RYU, SLYV, SPHQ, TAN, URTH, USHY, USO, VEA, VEU, VLUE, VOO, VT, VTI, VXUS, VWO, XLP, ZIG.
ETFs de renda fixa: BIL, EMB, TIP, SHY.
BDRs: R1IN34, SIMN34, BOXP34, P1LD34.
Sexta observação. Notem que houve um aumento expressivo de ETFs sediados nos EUA na carteira, em comparação ao fechamento do exercício anterior. Como expus no post da atualização da carteira previdenciária, lá fora, irei priorizar os fundos passivos, ao invés de fazer stock picking. Alguns podem dizer que é um exagero ter tantos ETFs por ter muita sobreposição entre os mesmos. O meu racional é que o ETF usa critérios objetivos para seguir, de maneira geral, a média do mercado. Como não posso prever para onde o mercado irá (priorização de empresas de valor, crescimento, small caps nas próximas décadas), optei por ter posição na maior gama possível de opções, apesar que o core ainda estará em ETFs de base, como VT e VTI, até porque o custo de tal ferramenta é muito baixo perante o benefício de diminuição do risco que proporciona à carteira.
Aproveito a oportunidade para, mais uma vez, recomendar o canal do YouTube de Otávio Paranhos que trata tão somente da estratégia de investir no exteiror via ETFs.
Sétima observação. Com alicerce na sugestão de um visitante feita no post de fechamento de maio, passarei a colocar ETFs de REITs dentro da classe REIT e não de renda variável, já que é do setor específico.
Oitava observação. Já havia comentado neste espaço que não tinha conseguido abrir conta no banco português Atlantico Europa a fim de ter exposição a Libra, Euro e Franco Suíço pelo fato de meu passaporte estar vencido. Tal motivo também impossibilitou a abertura de conta na Charles Schwab, tendo sido obrigado a enviar os quase US$ 25.000,00 para a conta na TD Ameritrade. Por causa deste problema, alterei os planos, de forma que desisti, a princípio, de abrir conta na CS.
Os novos aportes no exterior irão se concentrar na conta da Interactive Brokers, até porque vou pagar US$ 10,00, de custódia, ao mês. Em contrapartida, sem pagar nada a mais, poderei fazer até 10 operações de US$ 1,00, cada uma, dentro do mês sem custo adicional. O foco será a aquisição de ETFs irlandeses de acumulação, já que estou com aproximadamente US$ 50.000,00 em ativos custodiados nos EUA.
Como quero deixar uma folga para valorização ante o limite de US$ 60.000,00 do imposto de herança, vejo como a melhor medida a ser tomada. Não terei dividendos, mas continuo me expondo à uma infinidade de ativos estrangeiros com custo bastante baixo.
Com a volta do serviço de expedição de passaportes pelo DPF, irei solicitar os novos documentos para efetivar a abertura de contas em Euro, Libra Esterlina e Franco Suíço no banco português, aumentando a diversificação de meu patrimônio em moedas mais fortes do que o Real.
Os novos aportes no exterior irão se concentrar na conta da Interactive Brokers, até porque vou pagar US$ 10,00, de custódia, ao mês. Em contrapartida, sem pagar nada a mais, poderei fazer até 10 operações de US$ 1,00, cada uma, dentro do mês sem custo adicional. O foco será a aquisição de ETFs irlandeses de acumulação, já que estou com aproximadamente US$ 50.000,00 em ativos custodiados nos EUA.
Como quero deixar uma folga para valorização ante o limite de US$ 60.000,00 do imposto de herança, vejo como a melhor medida a ser tomada. Não terei dividendos, mas continuo me expondo à uma infinidade de ativos estrangeiros com custo bastante baixo.
Com a volta do serviço de expedição de passaportes pelo DPF, irei solicitar os novos documentos para efetivar a abertura de contas em Euro, Libra Esterlina e Franco Suíço no banco português, aumentando a diversificação de meu patrimônio em moedas mais fortes do que o Real.
Nona observação. Tendo em vista que a minha parcela em ativos no exterior irá aumentar consideravelmente de agora em diante, passarei a expor gráfico de evolução do recebimento de dividendos originados no Brasil (via ações, FIIs e BDRs) e nos EUA, pois acho relevante ter este parâmetro de comparação.
Neste caso, vou utilizar, como padrão, a cotação do dólar do último dia útil da primeira quinzena do mês anterior à data do recebimento do dividendo no exterior, conforme determina a Receita Federal no cálculo do mesmo. Notem como, em junho, houve um aumento expressivo nos recebimentos em consequência das aquisições dos ETFs efetivadas.
Décima observação. Em referência às BDRs (agradeço ao colega de comunidade - vulgo Mister BDR - que tem me ajudado bastante a entender o funcionamento do ativo), ante o fato de que estarei adquirindo uma boa gama de ótimas empresas estrangeiras do home broker da corretora nacional, já selecionei as que merecerão aportes. Alguns podem pensar que não sobra muita coisa, mas, surpreendemente, a lista ficou maior do que pensava de início. O principal critério adotado é a solidez da empresa e sua liquidez. Não usarei as BDRs para fazer apostas em empresas pouco conhecidas e com baixa liquidez. Neste mês, prioirizei a compra de REITs, pois entendo estarem ainda descontados em face do problema da pandemia.
Com relação ao recebimento dos dividendos das BDRs, perderei 30% na fonte (EUA) e mais 5% aqui no Brasil (parcela do detentor do certificado). Ainda assim, a meu ver, é muito mais barato do que manter por anos uma offshore em paraíso fiscal, sem contar possíveis problemas com o escritório contratado e possibilidade de mudanças regulatórias e tributárias no futuro quanto à remessa de dinheiro ao exterior.
Conforme noticiei aqui, saiu notícia, neste mês, de que a B3 tem o interesse em acabar com a obrigação de ter R$ 1.000.000,00 para operar BDRs e que serão disponibilizadas BDRs de ETFs, o que seria o ideal para mim, já que terei mais ativos estrangeiros via ETFs do que por meio do stock picking.
Respeito opiniões divergentes, mas não concordo com o argumento que manter BDR é ter patrimônio em Real, pois, em toda operação de compra e venda da mesma, será utilizada a cotação do Dólar no momento. Então, para mim, isto é dolarizar a carteira, sem contar que os dividendos, de igual maneira, serão creditados na conta da corretora, levando em consideração a cotação do Dólar (assim sendo, terei uma renda passiva imediata que pode aumentar consideravelmente se o Real continuar a se desvalorizar perante o Dólar).
Acredito que este movimento da B3 é algo necessário, pensando na manutenção de sua relevância (muitos investidores brasileiros, mesmo sem muitos recursos, estão priorizando investimentos nos EUA, sendo que alguns, inclusive, estão zerando suas posições em ativos brasileiros), além do fato de que poderia aumentar, de forma exponencial, a sua receita com cobrança de taxas.
O problema ficaria nas mãos das corretoras estrangeiras. Outros pontos a serem destacados: o brasileiro, especialmente o mais novo de mercado, gosta de ter a segurança do CEI (Canal do Investidor), local onde pode conferir se a operação de compra ou venda do ativo, via corretora, foi realmente concretizada, o que não existe nos EUA; o investidor não terá mais o custo de enviar o dinheiro para o exterior; a pessoa não precisa se preocupar em abrir offshore ou em pagar o imposto sobre herança estadunidense; com esta abertura das BDRs, a liquidez aumentaria consideravelmente; se o interessado quiser, poderá fazer a conversão das BDRs nos ativos originários, diretamente nos EUA.
Mais detalhes sobre a o programa e a evolução do mercado de BDRs, você encontra no boletim informativo da B3 (aqui).
Como consegui o acesso à negociação das mesmas, pagando R$ 3,50 por operação, mesmo sem ser investidor qualificado, o plano é comprar, todos os meses, de 1 a 2 empresas (com o valor disponível, não será possível comprar mais, ao mês, já que irei adquirir lotes fechados e não frações), via BDRs, em sistema de rodízio, de acordo com o peso dado a cada uma delas. Tentei fazer a compra de frações, mas notei que o pessoal gosta de operar com lotes fechados.
Vocês já devem ter notado que não gosto de pagar para operar no mercado financeiro. Hoje, não pago para comprar FIIs (via conta na XP) e ações (Banco Inter). No exterior, até alcançar US$ 100.000,00, terei que pagar custódia na Interactive Brokers para operar os ETFs irlandeses de acumulação, mas não tive saída, pois a TD Ameritrade não comercializa os mesmos. É um mal necessário. Penso que pagar R$ 3,50 para comprar as BDRs, no longo prazo, alicercado em minha crença que o Dólar irá se valorizar perante o Real no longo prazo, se mostrará pouco relevante. Ademais, assinei duas casas de research norte-americanas a fim de facilitar a escolha de ativos via stock picking.
Décima primeira observação. Estudei muito neste mês sobre possibilidades para enfrentar o problema do imposto estadunidense sobre a herança. Offshore, seguro de vida no Brasil, seguro de vida nos EUA, ETFs irlandeses de acumulação e BDRs eram as alternativas, já que não quero me arriscar a deixar um problema enorme para minha esposa caso faleça com patrimônio nos EUA superior aos US$ 60.000,00.
Sugiro a todos que pretendem ou já investem no exterior de maneira mais agressiva que leiam os posts do Aposente Cedo sobre tributação e offshore (veja aqui), do Aposente aos 40 (aqui) e ouçam os podcasts do SRIF365 e do BP Milhão.
Com relação à primeira indicação de leitura, temos um relato de quem possui uma offshore. Muito esclarecedor, inclusive no que atine a valores de criação e de manutenção da estrutura (valores mais baixos do que vemos por aí). No momento, não é algo para mim, pois o volume do patrimônio lá fora não justifica, mas a situação pode mudar no futuro.
Neste caso, vou utilizar, como padrão, a cotação do dólar do último dia útil da primeira quinzena do mês anterior à data do recebimento do dividendo no exterior, conforme determina a Receita Federal no cálculo do mesmo. Notem como, em junho, houve um aumento expressivo nos recebimentos em consequência das aquisições dos ETFs efetivadas.
Décima observação. Em referência às BDRs (agradeço ao colega de comunidade - vulgo Mister BDR - que tem me ajudado bastante a entender o funcionamento do ativo), ante o fato de que estarei adquirindo uma boa gama de ótimas empresas estrangeiras do home broker da corretora nacional, já selecionei as que merecerão aportes. Alguns podem pensar que não sobra muita coisa, mas, surpreendemente, a lista ficou maior do que pensava de início. O principal critério adotado é a solidez da empresa e sua liquidez. Não usarei as BDRs para fazer apostas em empresas pouco conhecidas e com baixa liquidez. Neste mês, prioirizei a compra de REITs, pois entendo estarem ainda descontados em face do problema da pandemia.
Com relação ao recebimento dos dividendos das BDRs, perderei 30% na fonte (EUA) e mais 5% aqui no Brasil (parcela do detentor do certificado). Ainda assim, a meu ver, é muito mais barato do que manter por anos uma offshore em paraíso fiscal, sem contar possíveis problemas com o escritório contratado e possibilidade de mudanças regulatórias e tributárias no futuro quanto à remessa de dinheiro ao exterior.
Conforme noticiei aqui, saiu notícia, neste mês, de que a B3 tem o interesse em acabar com a obrigação de ter R$ 1.000.000,00 para operar BDRs e que serão disponibilizadas BDRs de ETFs, o que seria o ideal para mim, já que terei mais ativos estrangeiros via ETFs do que por meio do stock picking.
Respeito opiniões divergentes, mas não concordo com o argumento que manter BDR é ter patrimônio em Real, pois, em toda operação de compra e venda da mesma, será utilizada a cotação do Dólar no momento. Então, para mim, isto é dolarizar a carteira, sem contar que os dividendos, de igual maneira, serão creditados na conta da corretora, levando em consideração a cotação do Dólar (assim sendo, terei uma renda passiva imediata que pode aumentar consideravelmente se o Real continuar a se desvalorizar perante o Dólar).
Acredito que este movimento da B3 é algo necessário, pensando na manutenção de sua relevância (muitos investidores brasileiros, mesmo sem muitos recursos, estão priorizando investimentos nos EUA, sendo que alguns, inclusive, estão zerando suas posições em ativos brasileiros), além do fato de que poderia aumentar, de forma exponencial, a sua receita com cobrança de taxas.
O problema ficaria nas mãos das corretoras estrangeiras. Outros pontos a serem destacados: o brasileiro, especialmente o mais novo de mercado, gosta de ter a segurança do CEI (Canal do Investidor), local onde pode conferir se a operação de compra ou venda do ativo, via corretora, foi realmente concretizada, o que não existe nos EUA; o investidor não terá mais o custo de enviar o dinheiro para o exterior; a pessoa não precisa se preocupar em abrir offshore ou em pagar o imposto sobre herança estadunidense; com esta abertura das BDRs, a liquidez aumentaria consideravelmente; se o interessado quiser, poderá fazer a conversão das BDRs nos ativos originários, diretamente nos EUA.
Mais detalhes sobre a o programa e a evolução do mercado de BDRs, você encontra no boletim informativo da B3 (aqui).
Como consegui o acesso à negociação das mesmas, pagando R$ 3,50 por operação, mesmo sem ser investidor qualificado, o plano é comprar, todos os meses, de 1 a 2 empresas (com o valor disponível, não será possível comprar mais, ao mês, já que irei adquirir lotes fechados e não frações), via BDRs, em sistema de rodízio, de acordo com o peso dado a cada uma delas. Tentei fazer a compra de frações, mas notei que o pessoal gosta de operar com lotes fechados.
Vocês já devem ter notado que não gosto de pagar para operar no mercado financeiro. Hoje, não pago para comprar FIIs (via conta na XP) e ações (Banco Inter). No exterior, até alcançar US$ 100.000,00, terei que pagar custódia na Interactive Brokers para operar os ETFs irlandeses de acumulação, mas não tive saída, pois a TD Ameritrade não comercializa os mesmos. É um mal necessário. Penso que pagar R$ 3,50 para comprar as BDRs, no longo prazo, alicercado em minha crença que o Dólar irá se valorizar perante o Real no longo prazo, se mostrará pouco relevante. Ademais, assinei duas casas de research norte-americanas a fim de facilitar a escolha de ativos via stock picking.
Décima primeira observação. Estudei muito neste mês sobre possibilidades para enfrentar o problema do imposto estadunidense sobre a herança. Offshore, seguro de vida no Brasil, seguro de vida nos EUA, ETFs irlandeses de acumulação e BDRs eram as alternativas, já que não quero me arriscar a deixar um problema enorme para minha esposa caso faleça com patrimônio nos EUA superior aos US$ 60.000,00.
Sugiro a todos que pretendem ou já investem no exterior de maneira mais agressiva que leiam os posts do Aposente Cedo sobre tributação e offshore (veja aqui), do Aposente aos 40 (aqui) e ouçam os podcasts do SRIF365 e do BP Milhão.
Com relação à primeira indicação de leitura, temos um relato de quem possui uma offshore. Muito esclarecedor, inclusive no que atine a valores de criação e de manutenção da estrutura (valores mais baixos do que vemos por aí). No momento, não é algo para mim, pois o volume do patrimônio lá fora não justifica, mas a situação pode mudar no futuro.
Décima segunda observação. Estes vídeos sobre ETFs irlandeses de acumulação e offshore do Otávio Paranhos são bastante interessantes, valendo a pena assisti-los.
Quaisquer dúvidas e comentários são sempre bem-vindos.
Continuaremos nosso bate-papo no próximo post.
Se o conteúdo do site lhe agrada, não deixe se se inscrever como seguidor para receber aviso a respeito de novas postagens.