quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Já sou um milionário, mas...

Olá! Tudo bem?

Se é sua primeira vez aqui, conheça um pouco de minha história aquiaqui e aqui. Recomendo, fortemente, que leia também todos os posts deste espaço para sentir como sou, como penso, pois você pode se identificar com o Mente Investidora. Ler apenas um post pode te induzir a ter uma interpretação errônea de quem eu sou e como busco a independência financeira. Fica a dica. 

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Já sou um milionário, mas me trato como se não fosse. Irei explicar.

Conforme mostrei aqui, minha carteira previdenciária hoje tem pouco mais de R$ 400.000,00, mas não incluo nesta conta os dois imóveis físicos que ainda possuo, já que o terceiro foi vendido em meados do ano.

A casa, quitada, onde moro, tem valor de mercado aproximado de R$ 1.100.000,00, ao passo que o lote de 5.000 m2 em um setor de chácaras, sem asfalto e sem rede de água/esgoto, deve valer por volta de R$ 200.000,00. Estou tentando vendê-lo, mas é complicado. De qualquer forma, não tenho tanta urgência, pois fica em uma área que está desenvolvendo (devagar por causa do estágio atual da economia) depois da chegada de um condomínio fechado do Alphaville nas imediações.

Como expliquei nos primeiros posts deste espaço, emigrar do país após chegar à aposentadoria no serviço público é uma possibilidade, mas hoje, minha decisão seria ficar no Brasil. Por alguns motivos: câmbio; indo para a Europa com visto de pessoa que já tem renda garantida, não posso trabalhar ou empreender, não podendo gerar renda em Euro, moeda de consumo; a tendência é que com o congelamento de salários no serviço público, meu vencimento perca poder aquisitivo no longo prazo, sendo arriscado emigrar para um lugar onde o câmbio é bem desfavorável (é mais racional ter os gastos na mesma moeda a que vinculado o salário); perder dinheiro, girando o patrimônio, já que com a venda de todos os bens no Brasil, especialmente imóveis, teria custos de corretagem, impostos, etc, o que diminuiria meu patrimônio. Alguém poderia sugerir me mudar, sem vender os ativos no Brasil. Entretanto, o que preocupa é a manutenção dos mesmos, especialmente imóvel. Todos sabem: o dono sempre tem que estar próximo de suas posses a fim de geri-los da melhor maneira possível.

Já residi em edifício vertical de apartamentos e condomínio de chácaras, mas, por causa de minha personalidade, cheguei à conclusão que tenho menos stress, morando em casa, diretamente na rua, pois aqui, sou rei. Sou mais livre, não sou obrigado a arcar com despesas que não concordo e aturar gente que não me faz bem.

Ademais, morando em casa, minha única despesa é o IPTU, uma vez ao ano, ao passo que residindo em apartamento, tem a taxa de condomínio que, a depender do local, pode chegar facilmente a mais de R$ 500,00, ao mês. No longo prazo, este custo extra pode fazer uma tremenda diferença no montante total do patrimônio alcançado.

Sei que morar em casa é mais perigoso, mas como somos muitos caseiros e não saímos à noite, o risco é minorado. De igual maneira, não ficamos do lado de fora da casa, "dando sopa", de forma alguma.

Outro aspecto importante é que minha residência tem sistema de produção de energia elétrica, graças a placas fotovotaicas, o que diminui o meu custo mensal com mencionada utilidade. Tal solução, hoje, é inviável em prédio de apartamentos. Temos também duas caixas d'água para captação de água de chuva.

Como, hoje, não vejo a possibilidade de vender minha residência, não a trato como investimento (vale mais do que quando a adquiri por causa dos melhoramentos já realizados), não inserindo seu valor na minha carteira de ativos. Outro motivo por tal opção de raciocínio é que me força a não me acomodar, criando despesas inúteis ou me rendendo a impulsos consumistas, o que poderia afetar, sobremaneira, meu patrimônio.

Como também já comentei em outra postagem, procuro ter uma visão mais pessimista acerca de meu patrimônio e respectiva rentabilidade. Quando preciso fazer projeções, opto por ser mais modesto na taxa de rentabilidade com o fito de não condicionar o meu cérebro a esperar aquele resultado.

Se o sarrafo foi estabelecido em menor altura e o resultado foi decepcionante, o efeito em meu lado psicológico será menor. Entretanto, se o resultado for melhor que a expectativa, o meu psicológico terá uma boa surpresa. Este processo, aplicado por anos, a meu ver, poderá render efeitos positivos para a mentalidade do investidor.

Conforme comentei aqui, resolvi fazer a reforma na cozinha de casa, pois tem aspecto muito datado, pouco funcional e número de armários insuficiente (a casa - não construída por mim - foi finalizada há aproximadamente 15 anos). Fiz cotações de preços de materiais e mão-de-obra que se mostraram um pouco menores que a minha expectativa inicial. Em virtude, no meu sentir, da paralisia do setor de construção civil. O profissional acaba se vendo obrigado a diminuir o valor da diária e o empresário, a diminuir a margem de lucro, para não ficarem, respectivamente, sem trabalho ou vendas.

A troca das telhas por placas sanduíches (creio que com elas, resolverei o problema de vazamentos no telhado, pois o grau de inclinação do mesmo é muito elevado, fazendo com que as telhas escorreguem e quebrem com facilidade) ficará para o próximo ano, após o período de chuvas (abril ou maio).

Graças a estas despesas, não haverá novo aporte em novembro, sendo que serei obrigado a usufruir o valor de resgate do único fundo de renda fixa que possuía. Mas não me preocupo com isso, pois a verba será utilizada para valorização do imóvel e não com algo supérfluo. Ademais, meu grau de poupança mensal gira por volta de 70% e em janeiro, receberei parte do 13º salário.

Continuaremos nosso bate-papo no próximo post.

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Até mais!

8 comentários:

  1. Caramba MI, legal saber que você já é um milionário. Meus sinceros parabéns.

    Infelizmente não possuo nenhum imóvel, considero minha vida no modo HARD.

    Não digo very hard pois de certa forma nunca passei fome nem me faltaram oportunidades de estudos ou um videogame para passar meus finais de semana brincando.

    De qualquer forma, continue com seus posts que são inspiradores!

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    1. Olá, Engenheiro Investidor! Como vai?

      Pois é. Sou milionário, mas, na minha mente, não sou, até porque patrimônio em imóveis físicos tem valor baseado em uma expectativa de venda naquele valor que você "acha" que é justo. Depende do mercado. Não há liquidez.

      Por isso, só conto como patrimônio aquilo que tenha liquidez.

      Abraço.

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  2. faz mais posts sobre imóveis
    na blogosfera os blogs sobre imóveis foram abandonados

    abs!

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    1. Olá, Scant! Tudo bem?

      Sobre imóveis, o que você gostaria de saber? Por favor, seja mais específico para eu poder emitir uma opinião para poder ajudá-lo.

      No aguardo.

      Abraço.

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    2. dicas sobre:

      - reformas
      - segurança
      - quando vale a pena adquirir lotes

      abs

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    3. Olá, Scant! Tudo bem com você?

      Inicialmente, quero deixar claro que não sou um "expert" em reformas de imóveis e em mercado imobiliário. Vou repassar apenas minha experiências sobre os temas.

      Quanto à reforma, digo que é sinônimo de stress. Passei por algumas e os mestres de obras costumam dizer que é muito mais fácil construir algo do zero do que reformar até porque antes de começar a quebradeira, você não imagina o que irá descobrir. Cito o caso de minha coisa que será reformada. Descobrimos que parte da bancada de granito está apoiada no próprio armário, o que não faz muito sentido para mim, pois se precisar trocar o armário, a peça ficará sem apoio.

      Como o piso é de granito e a fim de reduzir custos, optamos por fazer piso sobre piso com uso de argamassa própria. É mais cara, mas, em compensação: o serviço será finalizado em menos tempo; menos resíduos; caçamba de entulho menor, mais barata.

      É possível ganhar dinheiro comprando imóveis e reformando-os para vendê-los ou alugá-los a seguir se você tiver uma equipe de confiança. O problema é que, no geral, o nível da mão-de-obra é sofrível. Você tem que pesquisar muito, pegar referências e ficar em cima para o trabalho ficar do jeito que você almeja e isso demanda disponibilidade de tempo.

      Só vou fazer a reforma agora, pois estou de férias para acompanhar o serviço.

      Com relação a lotes, vale a pena, a depender do preço ofertado, mas a decisão deve depender de um único fator: LOCALIZAÇÃO. Localização é tudo para mim, falando de lotes. Pode ser que a região hoje não esteja desenvolvida, mas você tem que fazer um estudo se real potencial de valorização e crescimento.

      Quando comprei o lote que estou tentando vender, só havia chácaras por perto. Só havia boatos de que condomínios horizontais fechados poderiam ser criados no entorno. Como fica em uma cidade há aproximadamente 20 km de uma capital (cidade dormitório), o potencial de crescimento é considerável. Daí, resolvi arriscar. Tudo bem que o bairro não possui asfalto, rede de água e esgoto, mas, em compensação, o lote de 5.000 m2. Dá para fazer muita coisa com esta metragem. Minha esperança é com a maior demanda de serviços pelos moradores do condomínio fechado, possa vender o lote para algum comerciante. É ficar na torcida para que aconteça. Mas aí, você pode me perguntar: se você vislumbra esta possibilidade de ganho, por que está vendendo agora?

      Porque a cidade tem história de problemas de ordem hídrica e com mais pessoas morando lá, é possível que se chegue a um momento que não haja água para todo mundo. Daí, se vender agora, me livro do problema, pensando nesta perspectiva.

      Se tiver mais questionamentos, é só fazer. Estou aqui para ajudar.

      Abraço.

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  3. Penso em usar essas "Placas sanduíche" (são um tipo de metal e isopor né?) caso for levar em frente a idéia de Kitnets. Tenho acompanhado um canal de um ex jornalista no Youtube que fala muito bem sobre isso, e parece ser uma boa. Mas preciso pensar mais (BEM MAIS) sobre isso.

    Queria começar a comprar FIIs,mas os 0.5% na média me deixa meio receoso do tempo que precisarei para cobrir pelo menos os custos fixos mensais(que são baixos).

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    1. Olá, Jovem Aportador! Tudo bem?

      Exatamente. A telha sanduíche é dividida em 3 etapas: aço galvanizado, isopor e aço galvanizado. A espessura do isopor pode variar. Quanto maior, mais isolamento acústico e térmico. Há opção desta telha com apenas duas camadas, aço galvanizado e isopor para áreas onde não é necessário acabamento interno, lembrando que o aço galvanizado pode ser pintado com tinta eletrostática.

      Antes, era uma novidade no mercado, mas hoje, há mais fabricantes, o que reduziu o preço. Aqui, em minha cidade, há pelo menos uns três fabricantes. Acho um produto mais seguro e duradouro do que as telhas convencionais, pois não possuem risco de se perder com fortes ventanias. Ademais, com o sistema macho-fêmea, diminui a possibilidade de infiltração de água de chuva, facilitando também o tráfego sobre o telhado.


      É uma solução mais cara, mas acho que se paga facilmente no longo prazo, pois não é necessária qualquer tipo de manutenção, o que acontece nas telhas convencionais.

      Com relação aos FIIs, a situação está complicada. Gosto muito deles, mas o preço está muito esticado. Nós temos 2 opções: criar reserva de oportunidade para comprar na próxima correção, apesar que acho difícil de acontecer pois é um instrumento mais atrativo do que as ações para aqueles que estão vindo da renda fixa; ou continuar comprando, pensando no preço médio e pelo fato de que você estará aumentando a renda passiva todos os meses, sem contar que a tendência é uma contínua valorização das cotas.

      Boa parte do patrimônio do SRIF365 é constituída de FIIs e ele não trabalha com a TSR (taxa segura de resgate). Ele só pensa em ter o máximo de renda passiva mensalmente, não importando tanto o retorno, de forma que seja suficiente para pagar suas despesas. É uma possibilidade a ser estudada.

      Abraço.

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