quinta-feira, 31 de outubro de 2019

NOTÍCIAS DA MATRIX - 1ª edição

Olá! Tudo bem?

Se é sua primeira vez aqui, conheça um pouco de minha história aquiaqui e aqui. Recomendo, fortemente, que leia também todos os posts deste espaço para sentir como sou, como penso, pois você pode se identificar com o Mente Investidora. Ler apenas um post pode te induzir a ter uma interpretação errônea de quem eu sou e como busco a independência financeira. Fica a dica. 

Se você não quer ou não pode ler os posts deste espaço (está em ambiente público ou dirigindo, por exemplo) ou possui deficiência visual, use o plugin Audima que se encontra no topo do título de cada postagem para ouvir seu conteúdo (basta clicar no botão play). É gratuito. Funciona como uma espécie de podcast.





Antes de tudo, friso que não sou analista de investimentos e que não faço recomendações (nunca venderei nada este blog, pois não é meu intuito ganhar dinheiro com isso, mas apenas ajudar aqueles que estão vivendo na Matrix, imersos no fenômeno da "corrida dos ratos" - veja mais aqui - a abrirem os olhos).

Ontem, 30/10/2019, houve redução nas taxas de juros nos EUA e no Brasil. O mercado já havia precificado tal queda e espera que haja nova redução na última reunião do COPOM neste ano, mesmo que ainda haja um incremento de inflação no final do ano por causa da Black Friday e compras de Natal.

Assim sendo, apesar de não compartilhar da ideia de que a renda fixa morreu, reconheço que hoje ela só serve para duas finalidades: reserva de oportunidade e reserva de emergência. Tais mecanismos não podem ser vistos como investimentos, apenas depósitos que serão usados em casos de emergência ou para comprar "barganhas" quando o mercado der oportunidade (veja aqui a importância de tal previsão), respectivamente.

Com esta nova redução, deixar dinheiro na caderneta de poupança, a meu ver, não faz mais sentido, mesmo com a isenção do imposto de renda, a não ser que seu saldo ainda esteja submetido à regra antiga de rentabilidade (veja aqui e aqui). Para as reservas de oportunidade e emergência, devo usar o Nubank RDB (conheça mais aqui), onde não há cobrança da taxa de custódia como acontece no Tesouro Direto SELIC, combinado com o próprio Tesouro Direto SELIC, tendo em vista à limitação do FGC (veja mais aqui) sobre o Nubank RDB.

Já esperava nova redução da SELIC. Por conseguinte, possuía apenas um fundo de renda fixa. Com a notícia do jornal Estado de São Paulo de hoje (veja aqui), já providenciei o resgate do que tinha no referido fundo, pois apesar de ter 0,4% de taxa de administração ao ano, se hoje, com 0,5%, o fundo já não é interessante, com nova queda na taxa SELIC, aquele com taxa de 0,4% também perderá o último resquício de atratividade que possuía.

Acabei me antecipando, pois acredito que mesmo aquele investidor com perfil mais conservador, com a decisão do COPOM de ontem, irá começar o processo de migração para a renda variável, mesmo que de forma gradual e para fundos imobiliários e não ações, dada a sua menor volatilidade. Criou-se um grande problema para os fundos de renda fixa. Seus gestores terão que reduzir as taxas, sob pena de se depararem com uma onda maciça de resgates (não quero ficar por último para ver).

Tal movimento poderá ser muito benéfico para o mercado de ações e de fundos imobiliários no Brasil. É uma maneira dos gestores dos FIIs conseguirem dinheiro mais barato do que no banco para financiar a compra de mais imóveis com consequente aumento de ativos do fundo. De igual maneira, as empresas terão acesso a dinheiro mais em conta para pagar suas dívidas ou financiar projetos de expansão para gerarem resultados quando a economia voltar aos eixos.

Todavia, é importante ter cuidado e não sair comprando qualquer coisa. Estudo  é primordial. Tenho certeza que alguns, com interesses escusos, irão aproveitar este momento para tentar ludibriar investidores incautos com ofertas de: esquemas Ponzi (vulgarmente, chamadas de pirâmides - veja mais aqui); oferta de subscrições de novas cotas de fundos imobiliários, com redução de retorno para o investidor, caso não consiga comprar o imóvel pretendido, deixando o dinheiro arrecadado "parado" na renda fixa, lembrando que quanto maior o tamanho do fundo, maior é a taxa de administração que o gestor tem direito; ações de empresas que não dão ou pouco dão lucro ou extremamente alavancadas.

Como já salientei em outro post (enfatizo, mais uma vez, para você ler os demais artigos deste espaço para entender o meu racional, já que a leitura de apenas um post pode induzi-lo a falsas conclusões), estou sempre acompanhando o mercado para adequar minha tese de investimento às circunstâncias que surgem diariamente.

Com esta nova queda da SELIC, terei que repensar o montante de dinheiro que deixarei no Nubank RDB e Tesouro Direto SELIC para reserva de oportunidade, pois aí entra a questão do custo de oportunidade (veja mais aqui). Talvez, agora, não separe tanta verba para esta finalidade, me expondo mais e, de imediato, ao mercado de ações e de fundos imobiliários, pois com esta leva de novos investidores oriundos da renda fixa, baseado na lei da oferta e da procura, vejo uma tendência de aumento de cotações de boas ações e de FIIs. Se demorar para entrar, posso pagar bem mais caro daqui a alguns meses, por exemplo. Não bastasse isso, se a curva da cotação do Dólar continuar negativa, irei fazer novas transferências para a corretora nos EUA para comprar stocks e REITs, quando for o momento apropriado.

Amanhã, 01/11/2019, sairá o primeiro post da coluna FIRE IN THE HOLE, onde faço o fechamento do mês da carteira de ativos, com os devidos detalhamentos.

Continuamos nosso bate-papo no próximo post.

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Até mais!

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

DICA DE MÚSICA: Um dos melhores guitarristas de todos os tempos que muitos não conhecem

Olá! Tudo bem?

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Este post é da série DICA DE MÚSICA, cujo primeiro artigo você encontra aqui.


Meu gosto musical é bastante eclético. Desde ópera e música clássica, até rock pesado como Led Zeppelin. Não sei se você gosta de rock. Como estou na faixa dos 40 anos, é possível que o leitor, com faixa etária semelhante, também goste de rock como eu. Lamentavelmente, somos uma espécie em extinção. 

Generalizando, a nível global, o pop água com açúcar domina o mercado há vários anos e no Brasil, então, a coisa é pior ainda com a ditadura da música sertaneja e do funk com letras carregadas de gírias e letras lascivas (respeito quem goste mas não são para mim). Ressalto que não sou moralista, mas nada você pode aproveitar ao se deparar com suas letras. Sou o tipo de pessoa que se interessa em fazer uma reflexão sobre a letra da canção para entender o seu contexto e mensagem. E há belos exemplos, tanto aqui quanto lá fora, de letras extremamente ricas que fazem você pensar coisas que talvez nunca imaginaria.

O mundo, hoje, em certa medida, vive uma época de tremenda mediocridade, onde se aceita cantor/banda fazendo show com playback (veja mais aqui). E o trouxa ainda vende os rins para comprar o ingresso com preço abusivo - um verdadeiro estelionato. Ademais, muitos vão aos shows hoje em dia com o intuito de se drogar, encher a cara ou conseguir sexo fácil. Outros comparecem apenas para ficar tirando fotos ou fazendo vídeos para ostentar em suas mídias sociais. Não vê o evento como uma verdadeira experiência, uma oportunidade, talvez única em toda a vida, de poder desfrutar de ótima música ao vivo.

E, em minha modesta opinião, acho que este show do Pink Floyd cujo link segue abaixo é um dos melhores exemplos do ápice deste tipo de experiência. Como eu gostaria de estar lá...



Mas o objetivo deste pequeno artigo é apresentar para quem gosta de rock e que porventura não conheça, Steve Ray Vaughan, vulgo SRV. Um norte-americano que fez muito sucesso, especialmente na década de 80, com um mistura de rock e blues. Talvez, o músico cujo estilo mais se aproximou do de Jimi Hendrix.

Aprendeu a tocar guitarra praticamente sozinho. Teve uma vida atribulada, com abuso de álcool e drogas, apesar de ter recebido alguns prêmios, como o GrammyFaleceu em um acidente de helicóptero, acompanhado de alguns membros da equipe de outro guitar hero, Eric Clapton.

Seu estilo era único. Conseguia fazer solos e cantar ao mesmo tempo. Muitos excelentes guitarristas não possuem tal capacidade. É como se ele tivesse dois cérebros. Tocava com o instrumento atrás das costas, conforme prova o vídeo abaixo. No YouTube, você encontra várias gravações ao vivo e é fácil você notar que ele tinha sangue nos olhos, tocava com prazer, fazia questão de mostrar todos os seus "truques". Devo imaginar que suas apresentações causavam dois sentimentos na plateia: espanto e profunda admiração. Uma espécie de alienígena.


Pena que tenha morrido tão cedo, aos 35 anos de idade. Tenho certeza de que ele ainda daria muitas felicidades para o amante de boa música.

Em 2000, seu nome foi introduzido no Blues Hall of Fame.

Conheça um pouco mais da história de SRV aqui

Se você já o conhecia, dê sua opinião sobre sua contribuição para o cenário musical. Se nunca tinha ouvido falar e assistiu aos vídeos no YouTube, diga o que achou.

Continuamos nosso bate-papo no próximo post.

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terça-feira, 29 de outubro de 2019

O princípio de Pareto e a necessidade de diversificar

Olá! Tudo bem?

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Já ouviu falar do Princípio de Pareto?


Também conhecido por regra do 80/20, prescreve que aproximadamente 80% dos efeitos são resultantes de 20% das causas (veja mais aqui). Tal raciocínio pode ser aplicado nas mais diversas esferas da vida cotidiana (veja exemplos aqui).

Falando especificamente sobre investimentos, podemos afirmar que 20% dos ativos integrantes de sua carteira contribuem na medida de 80% para o resultado de rentabilidade da mesma.

A grande dificuldade para o investidor é determinar quais ativos tem o poder de gerar taxa de retorno tão expressiva. Grosso modo, é lícito dizer que a renda variável seria o ambiente natural onde poderiam ser encontrados tais ativos, sendo que as ações seriam a aposta mais racional (fundos imobiliários, historicamente, tem menor volatilidade).

Todavia, devemos ter em mente que da mesma forma que o mercado de ações sobe (bull market, veja mais aqui), temos os períodos de baixa (bear market, veja mais aqui). São os ciclos econômicos. São totalmente previsíveis e nada pode o investidor fazer para impedir sua ocorrência, sendo impossível adivinhar quando acontecerão os momentos de pico e de máxima depressão (market timing).




Se todos nós estamos sujeitos à ação dos ciclos econômicos, a meu ver, a única maneira de diminuir o risco é diversificar, ao máximo, os ativos da carteira, além de possuir liquidez em 100% do tempo. Como sabemos de antemão que os períodos de baixa sempre irão ocorrer, este é o melhor momento para comprar "barganhas", isto é, boas empresas a preços aquém de seu valor justo (lembre-se que preço não é a mesma coisa que valor - veja mais aqui). Esta disponibilidade financeira é chamada de reserva de oportunidade.

As "pechinchas" aparecem porque muitos investidores (aqueles que não sabem como o mercado funciona, não estudam constantemente os ativos integrantes de sua carteira e não possuem a mentalidade para assumir o risco inerente ao mercado acionário) vendem, no desespero, criando o "efeito manada". Aqui, cabe lembrar a lição do megainvestidor Warren Buffet de que as ações são feitas para indivíduos pacientes.

Admito que nem sempre é fácil controlar aquela ansiedade característica de uma pessoa que possui controle de sua vida financeira de usar o aporte proveniente do salário recebido no mesmo dia ou nos dias subsequentes ao de seu recebimento. Parece que a "mão coça", que a cada dia que passa, aquele valor está deixando de rentabilizar "parado" na conta bancária. Entretanto, devemos cortar este impulso, agindo com razão, pensando na estratégia de âmbito mais amplo, com efeitos mais duradouros ao longo da jornada, para alcance da independência financeira.

Frise-se que a adoção deste comportamento não é desculpa para você investir em ações apenas quando estivermos na fase do bear market, até porque é impossível determinar quando se darão o seu início e o seu término. Por conseguinte, acredito que a melhor maneira de lhe dar com este problema é estar sempre exposto ao mercado (de acordo com o grau de risco que você está disposto a assumir), mas tendo sempre uma reserva de dinheiro para comprar mais ativos quando o mercado de baixa chegar.

Penso que os 20% previstos no princípio de Pareto são as ações compradas durante o bear market. Se a escolha dos ativos adquiridos for bem sucedida, o ganho exponencial na rentabilidade nos próximos anos, até a ocorrência do próximo mercado baixista, é bastante real. Você pode ver seu patrimônio dar um salto expressivo em poucos anos. Consequentemente, o prazo para o atingimento da liberdade financeira será reduzido.

Acho, enfatizo, acho que podemos ter oportunidades em breve. Não sou vidente, é apenas o meu feeling. A proximidade das eleições nos EUA trará, a meu ver, volatilidade ao mercado acionário mundial. Sinceramente, não creio que Trump sofrerá impeachment, pois tem maioria no Senado. Entretanto, a depender de quem será o concorrente democrata, sua reeleição correrá riscos.

Ademais, particularmente, não acredito que a economia estadunidense esteja tão bem assim como seu presidente prega aos quatro ventos. O mero fato da taxa de desemprego estar baixa não significa que não há problemas. Seria uma visão muito simplista reduzir a economia de uma nação de milhões de habitantes a apenas uma variante (nível de emprego). Ademais, os juros quase negativos, o incontrolável crescimento de sua dívida pública (veja aqui), novos quantitative easings (veja mais aqui), empresas listadas no SP500 (veja mais aqui), bastante deficitárias, captando dinheiro de forma injustificável (Uber, WeWork, Beyond Meat, etc), são fatores que me fazem ficar preocupado com a economia dos EUA.

Isso sem falar da guerra comercial com a China e as constantes provocações de natureza bélica que Trump faz. Sinceramente, penso que Trump ganha dinheiro a cada vez que fala alguma coisa no Twitter. Como ele sabe que o posto que ocupa tem enorme importância no mundo, ele toma suas posições, mesmo que usando testas de ferro, faz o anúncio na rede social, sabendo qual será a reação do mercado, e ganha em cima. É o maior trader do mundo. Deixando posicionamentos político-ideológicos de lado, não acho correto o uso do cargo  público para ganhos patrimoniais.

Se houver uma forte correção (alguns esperam que será maior do que a de 2008 - crise do supbrime - veja mais aqui), até porque os problemas desta última não foram solucionados quase 13 anos depois, todos os mercados mundias irão sentir, nas mais variadas intensidades.

Talvez, no Brasil, a queda não seja absurda porque: nossa economia está em um estágio diferente do da economia norte-americana; há expectativa de que com as reformas (previdência, tributária e administrativa), o país volte a crescer de maneira consistente nos próximos anos; algumas empresas listadas na B3 estão aproveitando o momento de juros baixos para diminuir a dívida e/ou investir para aumentar a produção quando o cenário melhorar, aumentando, assim, a lucratividade.

Como já disse neste espaço, procuro ter a cabeça o mais aberta possível. Leio de tudo, várias correntes, desde os extremamente otimistas que esperam a B3 alcançar 150.000 pontos em breve (não acredito) até os mensageiros do apocalipse (alguns dizem que depois da próxima crise que se avizinha, os governos serão obrigados por pressão dos cidadãos a adotarem moedas digitais que tenham alguma forma de lastro, o que hoje não existe para o papel moeda) para eu chegar às minhas próprias conclusões.


Em vista deste cenário, hoje, dia 29/10/2019, tenho a seguinte estratégia. Se o dólar continuar a cair (levei dinheiro para a corretora nos EUA na semana passada, com dólar a R$ 4,07 - veja mais aqui), o meu aporte em novembro será novamente destinado aos EUA, apesar de que não farei compras com ele. Ficará em conta, já que não pago taxa de manutenção, pois estou esperando a correção para comprar "de carrinho".

Se a cotação do dólar voltar a subir, vou começar a formar minha reserva de oportunidade em Real, pois, como expliquei acima, preciso estar preparado para comprar "barganhas" quando o bear market chegar a fim de possibilitar a atuação do Princípio de Pareto.

Continuamos nosso bate-papo no próximo post.

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Até mais!

sábado, 26 de outubro de 2019

Já ouviu falar de investimentos com correspondência negativa?

Olá! Tudo bem?

Se é sua primeira vez aqui, conheça um pouco de minha história aquiaqui e aqui. Recomendo, fortemente, que leia também todos os posts deste espaço para sentir como sou, como penso, pois você pode se identificar com o Mente Investidora. Ler apenas um post pode te induzir a ter uma interpretação errônea de quem eu sou e como busco a independência financeira. Fica a dica. 

Já ouviu falar de investimentos de correspondência negativa?


Em poucas palavras, são ativos, disponíveis ou não no mercado financeiro, que comportam-se de maneira contrária, quando se compara um com o outro.

Temos vários exemplos.

A começar pelo Dólar, cuja cotação, normalmente, cai quando o Real e/ou Bolsa de Valores brasileira valoriza-se e vice-versa.

De igual maneira, temos o ouro e metais preciosos (chamados por alguns de reserva de valor) que costumam se valorizar quando os investidores estão receosos com o cenário econômico no momento. Alguns os vêem como investimentos a longo prazo, mas a grande maioria dos experts argumenta que os metais preciosos costumam empatar ou até perder para a inflação no longo prazo, mesmo em vista do aumento da escassez dos mesmos com a contínua exploração pelo homem.

Imóveis físicos também podem ser considerados nesta categoria de investimento, já que possuem natureza material, não deixando de existir, mesmo em um cenário de hecatombe do mercado financeiro. Ele sempre estará lá.

Mas o real objetivo deste artigo é mostrar que podemos encontrar investimentos interessantes fora do mercado financeiro. Já pensou em instalar em sua casa um sistema de placas fotovotaicas que irá converter luz solar em eletricidade?

A depender do ritmo de produção de energia (época do ano com maior incidência solar), sua conta poderá vir zerada (você só seria obrigado a pagar a taxa fixa obrigatória e o custo da bandeira a depender da época do ano).

É inegável que nos últimos anos, o custo de energia subiu consideravelmente, sendo que nos próximos anos, é possível, para não dizer provável, que continue a aumentar, já que a maior parte da produção de energia elétrica provém das hidrelétricas que dependem de boa vazão de água para acionamento das turbinas. Com os problemas ambientais, especialmente o escasseamento de água, por exploração irregular, contaminação, assoreamento de rios, etc, a tendência é que o consumidor terá uma conta mais alta a pagar.

O fato de o Brasil pode contar com termelétricas, por exemplo, não afasta o problema, já que há um custo extra envolvido quando as mesmas entram em operação. E, no final das contas, quem paga este plus é o consumidor final.

Instalei o sistema em 2012 na antiga casa onde morava e trouxe-o para minha nova morada. De lá para cá, a tecnologia evoluiu, com o aumento da capacidade de produção de energia elétrica, via inversor de corrente, pelas placas que são instaladas no telhado. Com o aumento de produção em escala (há notícia de que uma empresa chinesa vai produzir painéis no Mato Grosso - veja aqui), os preços estão caindo, apesar que ainda em um ritmo menor do que imaginava.

Falando na condição de usuário, faço as seguintes considerações: mesmo que esteja fazendo sol no momento, se a rede da companhia elétrica estiver inativa, seu sistema (chamado on grid, veja mais aqui) não gerará energia, a fim de evitar que algum funcionário possa tomar um choque fazendo manutenção na fiação; de tempos em tempos, é necessário lavar as placas (com detergente e água) a fim de garantir a eficiência das mesmas; com o passar do tempo, o índice de eficiência da placas vai diminuindo, sendo que a expectativa média das mesmas é por volta de 20/25 anos; não é gerado nenhum ruído durante o funcionamento do sistema; mesmo com tempo nublado, as placas/inversor conseguem produzir energia.

Elon Musk também viu oportunidade neste nicho com a Solar City (veja aqui). Em terras brasileiras, a Eternit (aquela que foi proibida de fabricar telhas de amianto) está desenvolvendo telhas fotovotaicas (veja aqui).

O Brasil, dada sua posição no globo terrestre, deveria ser a nação com mais uso desta matriz energética, mas não é. Adivinha qual é o país que está nas primeiras posições do ranking? A Alemanha. Isto mesmo. Os germânicos que não possuem tanto sol assim durante o ano, estão fazendo história (veja aqui).

Se seu sistema produzir mais do que você consome, o excedente é jogado na rede elétrica da concessionária de sua região, gerando um crédito que poderá ser usado quando for época de chuvas, momento em que a produção de energia elétrica irá cair. Você também tem a opção de usar o crédito para outra unidade consumidora.

Você pode se inteirar melhor do assunto lendo a Resolução n. 482/2012 da Aneel aqui. De forma sucinta, para instalar o sistema, você deve procurar uma empresa com know how (estamos falando de energia elétrica que pode matar, em última instância) e boa reputação, por meio da qual, abrirá um processo junto à concessionária de sua região. O processo, se estiver bem documentado e atendendo toda a legislação atinente ao caso, não costuma levar mais do que um mês.

Na semana passada, uma notícia divulgada na imprensa falava da possibilidade do governo criar uma regra que diminuiria o crédito do consumidor, quando o excedente de produção fosse jogado na rede elétrica (veja aqui).

Particularmente, acredito que tal mudança na legislação não irá vingar, pois é mais um imposto disfarçado. Ademais, não faz sentido tributar um "bem" decorrente de um fenômeno da natureza, disponível para todos, de maneira indistinta (tal questão poderia ser judicializada, caso a alteração seja aprovada). Por fim, soa extremamente contraditória uma atitude desta em face do momento que vive o mundo hoje com relação à política do meio ambiente.

Outro ativo fora do mercado financeiro que, a meu ver, tem muito futuro, são dispositivos que produzam água potável a partir da captação da umidade do ar ou da dessalinização da água do mar. Empresas, inclusive no Brasil, estão tentando desenvolver tal tecnologia. A grande dificuldade é fabricar algo com bom custo-benefício e que não tenha o tamanho de um gerador de energia a diesel, por exemplo.


Abrir um negócio também pode ser considerado um investimento com correspondência negativa, já que não está ligado diretamente ao mercado financeiro. Obviamente, o empreendedor fica sujeito aos momentos econômicos, mas não é porque a ação da empresa "A" despencou 10% em um dia, levando o mercado acionário junto, que o negócio irá sofrer ou sucumbir.

Se você vê outros ativos com correspondência negativa, indique na seção de comentários para que todos nós possamos discutir.

Continuamos nosso bate-papo no próximo post.

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Até mais!

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Novidades do Blog Mente Investidora

Olá! Tudo bem?

Se é sua primeira vez aqui, conheça um pouco de minha história aquiaqui e aqui.

Este espaço tem pouco tempo de vida (nem um mês). Quase 3.000 acessos. Muito obrigado!!!


Acessando os dados de audiência, notei que, até o momento, o post mais visualizado foi este, em que falo do ponto de partida de minha jornada e explico que no final de cada mês, farei a atualização dos valores com detalhamento das estratégias empregadas.

Antes de tudo, friso que não sou analista de investimentos e que não faço recomendações (nunca venderei nada este blog, pois não é meu intuito ganhar dinheiro com isso, mas apenas ajudar aqueles que estão vivendo na Matrix, imersos no fenômeno da "corrida dos ratos" - veja mais aqui - a abrirem os olhos).

Como já deixei claro nos primeiros artigos deste espaço, cada um é dono de seu futuro, devendo ESTUDAR e tomar suas decisões com relação a seus investimentos. Você pode ler e ouvir o que os outros dizem, mas, NUNCA, JAMAIS, siga o modus operandi deles, pois cada um tem suas premissas e seu grau de resistência ao risco inerente ao mercado, especialmente em termos de renda variável.

Imagino que a conclusão a que cheguei deve-se à própria natureza humana. Os indivíduos tendem a se comparar com seus pares em qualquer seara de suas vidas. Isso, por si só, a meu ver, não traz carga de negatividade. Pode servir para o outro manter o foco e persistir na jornada em busca da independência financeira, já que vê que outros estão fazendo o mesmo e se aproximando da meta imposta. É como um espírito de irmandade em que seus integrantes se ajudam mutuamente a fim de que todos alcancem o objetivo traçado.

Todavia, é salutar frisar que tal comparação pode trazer resultados nefastos, fazendo com que a pessoa se deprima por ver que não tem o mesmo nível de aportes que o outro ou que está mais longe de alcançar o objetivo.

Portanto, peço a você, leitor, que use o bom senso quando acessar os números da carteira. Por favor, não se compare a mim. Cada um tem sua realidade, seu padrão de vida, necessidades, angústias e sonhos.

De igual maneira, ressalto que não é porque os ativos da carteira funcionam para mim é que vão funcionar para você. Tem gente que não gosta de fundo imobiliário. Outros, são 100% renda variável. Outros, ainda, fazem day trade (veja mais aqui) e swing trade (veja mais aqui). Não há certo ou errado no mundo dos investimentos. Cada um faz suas escolhas, de acordo com o grau de risco que assumiu e com o nível de conhecimento que possui.

Daí, venho anunciar que o Blog Mente Investidora terá duas novas seções de artigos.

FIRE IN THE HOLE (veja o significado aqui) em que, no final de cada mês, irei mostrar a minha carteira e o racional por trás. Acho o nome bastante sugestivo, pois alia o movimento FIRE ao momento mais esperado da audiência (divulgação do fechamento do mês). Observação: você já deve ter percebido que gosto muito das histórias das guerras (veja mais aqui).

Inclusive, você pode se inscrever no ranking de blogueiros da FINASFERA aqui.




A segunda seção, denominada NOTÍCIAS DA MATRIX, servirá para o autor deste blog falar de assuntos cotidianos, envolvendo, especialmente, cultura, economia e política, pois acho relevante que o investidor tenha uma visão de mundo mais ampla, não ficando preso apenas a tickers de ações, taxas, tabelas, etc, até porque tudo isso repercute, em várias medidas, no mercado financeiro.

Continuamos nosso bate-papo no próximo post.

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Até mais!

Você já deu um cavalo de pau?

Olá! Tudo bem?

Se é sua primeira vez aqui, conheça um pouco de minha história aquiaqui e aqui.

Antes de tudo, friso que não sou analista de investimentos e que não faço recomendações (nunca venderei nada este blog, pois não é meu intuito ganhar dinheiro com isso, mas apenas ajudar aqueles que estão vivendo na Matrix, imersos no fenômeno da "corrida dos ratos" - veja mais aqui - a abrirem os olhos).

Como já deixei claro nos primeiros artigos deste espaço, cada um é dono de seu futuro, devendo ESTUDAR e tomar suas decisões com relação a seus investimentos. Você pode ler e ouvir o que os outros dizem, mas, NUNCA, JAMAIS, siga o modus operandi deles, pois cada um tem suas premissas e seu grau de resistência ao risco inerente ao mercado, especialmente em termos de renda variável.

Após esta introdução, indago:  - Você já deu um cavalo de pau? Não digo no carro, mas em seus investimentos?

Recentemente, esta expressão foi muito utilizada pela mídia especializada em economia para mostrar o espanto com a decisão do banco central norte-americano (FED) no final de 2019 ao reduzir a taxa de juros, sendo que a tendência era para o contínuo incremento da mesma baseado no histórico dos meses antecedentes.

Pois é. Hoje, dia 24/10/2019, acabei dando uma cavalo de pau.

O dinheiro já estava na conta da corretora para comprar uma quantia considerável de cotas de um determinado fundo imobiliário (gosto muito de FIIs pela relação custo-benefício, possibilidade de diversificação e pinga-pinga mensal, além da valorização da própria cota). Mas notei, ontem, ao final do dia, que a cotação do dólar caiu bastante. Tal fenômeno, a meu ver, deu-se em virtude da aprovação da Reforma da Previdência no Senado Federal e em decorrência de um "possível" acordo entre EUA e China (vou pagar para ver).

Convém, neste átimo, fazer uma observação. Já possuo ações de 68 empresas e REITs (espécie de fundo imobiliário), no fracionário, no mercado dos EUA. Em outro post, vou falar da importância que vejo em o investidor manter parte dos ativos da carteira previdenciária vinculada a moedas mais fortes que o Real e do potencial de crescimento da rentabilidade com investimento em uma gama muito grande de empresas sólidas e com histórico consolidado de lucros naquele mercado (chega a ser injusto comparar com os das empresas listadas na B3).

Daí, coloquei na balança. O fundo imobiliário que gostaria de adquirir está se valorizando com consistência, mas, para mim, ainda tem valor abaixo do preço alvo. Em contrapartida, a cotação do dólar caiu bem, abrindo uma janela de oportunidade que pode demorar a voltar a acontecer. Particularmente, acho que a tendência, no médio prazo, é que o dólar continue numa escalada de subida, dificilmente voltado ao patamar de R$ 4,00.

Como, hoje, lamentavelmente, não tenho reserva de oportunidade (por isso, sou daqueles que defendem a importância de tê-la, pois, a qualquer hora, quando você menos espera, o mercado lhe concede momentos para fazer bons investimentos), a solução foi usar a reserva previamente destinada para a aquisição das cotas daquele FII. No meu sentir, pensando no longo prazo, é mais provável que este remessa para o exterior agora traga mais frutos para minha carteira de ativos do que o investimento no FII.

Mas não irei comprar as ações de imediato, pois prefiro esperar uma correção mais forte no mercado acionário nos EUA em breve por causa deste tipo de notícia. Como não pago taxa de manutenção na corretora, o montante ficará esperando para minha tomada de atitude.

Aqui, entra um pouco do feeling de cada um. Eu ACHO que a tendência é que a cotação do dólar volte a subir. Por conseguinte, faço uma APOSTA que devo aproveitar o dólar a R$ 4,03 hoje para não me arrepender mais tarde, até porque só aporto uma vez ao mês, depois que recebo o salário.

Todavia, para quem utiliza a mentalidade buy and hold (acredito que a maioria do mundo FIRE seja holder), isto é, o investidor que tem a visão de ganhar rentabilidade no longo prazo, mesmo que de forma mais lenta a fim de minorar o risco envolvido, depois de detido e contínuo estudo da consistência dos ativos (especialmente curva crescente de lucros ao longo do tempo), tentar adivinhar o ponto de entrada é utopia. Você deve fazer aportes constantes com os olhos no preço médio. Se ficar esperando sempre a queda do mercado (market timing), jamais estará exposto aos ganhos de mercado, pois é inegável que a bolsa de valores, seja aqui ou em qualquer lugar do mundo, cresce, caindo, durante as décadas. COMPRE VALOR E NÃO PREÇO.

Mas aí você pode argumentar. Mente Investidora está sendo contraditório. Primeiro, diz que é importante ter reserva de emergência (comprar em momentos de baixa), mas, logo em seguida, defende que sempre devemos adquirir ativos porque no longo prazo, a tendência é de alta.

Meu mindset, conforme já destacado em posts pretéritos, não é, de maneira alguma, limitado e estanque. Ele está trabalhando, analisando o mercado a todo instante, já que é um ambiente de muitas variáveis e extremamente volátil. As coisas podem mudar rápido. Uma notícia apenas (veja o poder dos tweets de Trump - o maior trader do mundo, hoje em dia, na minha opinião -, por exemplo) pode mudar o cenário em poucas horas.

No mundo dos investimentos, como na vida, de maneira geral, você precisa ter a mente aberta a mudanças, pois fazem parte do fluxo inexorável do mundo moderno em que existimos, cada vez mais sujeito a interferências da mídia e da tecnologia. 

Na próxima indicação de filme neste espaço, vou mostrar como uma batalha decisiva na Segunda Guerra Mundial foi perdida por falta de uma mentalidade mais elástica que pudesse reagir, de maneira mais célere, às intercorrências do combate que, como a vida e o mercado, são extremamente suscetíveis a mudanças drásticas em intervalos diminutos de tempo. 

Continuamos nosso bate-papo no próximo post.

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quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Você agora pode ouvir nossos posts. Dica de APP para pessoas com deficiência visual.

Vai uma dica rápida que retirei do Blog do Acumulador Compulsivo (veja aqui). Obrigado, Acumulador Compuslivo!

O plugin gratuito Audima (link aqui) instalado em seu blog/site faz a leitura do texto do post para pessoas com deficiência visual ou para aqueles que preferem ou não tem tempo de parar o que está fazendo para ler. Uma espécie de podcast. Muito fácil de instalar.

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