quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Você já deu um cavalo de pau?

Olá! Tudo bem?

Se é sua primeira vez aqui, conheça um pouco de minha história aquiaqui e aqui.

Antes de tudo, friso que não sou analista de investimentos e que não faço recomendações (nunca venderei nada este blog, pois não é meu intuito ganhar dinheiro com isso, mas apenas ajudar aqueles que estão vivendo na Matrix, imersos no fenômeno da "corrida dos ratos" - veja mais aqui - a abrirem os olhos).

Como já deixei claro nos primeiros artigos deste espaço, cada um é dono de seu futuro, devendo ESTUDAR e tomar suas decisões com relação a seus investimentos. Você pode ler e ouvir o que os outros dizem, mas, NUNCA, JAMAIS, siga o modus operandi deles, pois cada um tem suas premissas e seu grau de resistência ao risco inerente ao mercado, especialmente em termos de renda variável.

Após esta introdução, indago:  - Você já deu um cavalo de pau? Não digo no carro, mas em seus investimentos?

Recentemente, esta expressão foi muito utilizada pela mídia especializada em economia para mostrar o espanto com a decisão do banco central norte-americano (FED) no final de 2019 ao reduzir a taxa de juros, sendo que a tendência era para o contínuo incremento da mesma baseado no histórico dos meses antecedentes.

Pois é. Hoje, dia 24/10/2019, acabei dando uma cavalo de pau.

O dinheiro já estava na conta da corretora para comprar uma quantia considerável de cotas de um determinado fundo imobiliário (gosto muito de FIIs pela relação custo-benefício, possibilidade de diversificação e pinga-pinga mensal, além da valorização da própria cota). Mas notei, ontem, ao final do dia, que a cotação do dólar caiu bastante. Tal fenômeno, a meu ver, deu-se em virtude da aprovação da Reforma da Previdência no Senado Federal e em decorrência de um "possível" acordo entre EUA e China (vou pagar para ver).

Convém, neste átimo, fazer uma observação. Já possuo ações de 68 empresas e REITs (espécie de fundo imobiliário), no fracionário, no mercado dos EUA. Em outro post, vou falar da importância que vejo em o investidor manter parte dos ativos da carteira previdenciária vinculada a moedas mais fortes que o Real e do potencial de crescimento da rentabilidade com investimento em uma gama muito grande de empresas sólidas e com histórico consolidado de lucros naquele mercado (chega a ser injusto comparar com os das empresas listadas na B3).

Daí, coloquei na balança. O fundo imobiliário que gostaria de adquirir está se valorizando com consistência, mas, para mim, ainda tem valor abaixo do preço alvo. Em contrapartida, a cotação do dólar caiu bem, abrindo uma janela de oportunidade que pode demorar a voltar a acontecer. Particularmente, acho que a tendência, no médio prazo, é que o dólar continue numa escalada de subida, dificilmente voltado ao patamar de R$ 4,00.

Como, hoje, lamentavelmente, não tenho reserva de oportunidade (por isso, sou daqueles que defendem a importância de tê-la, pois, a qualquer hora, quando você menos espera, o mercado lhe concede momentos para fazer bons investimentos), a solução foi usar a reserva previamente destinada para a aquisição das cotas daquele FII. No meu sentir, pensando no longo prazo, é mais provável que este remessa para o exterior agora traga mais frutos para minha carteira de ativos do que o investimento no FII.

Mas não irei comprar as ações de imediato, pois prefiro esperar uma correção mais forte no mercado acionário nos EUA em breve por causa deste tipo de notícia. Como não pago taxa de manutenção na corretora, o montante ficará esperando para minha tomada de atitude.

Aqui, entra um pouco do feeling de cada um. Eu ACHO que a tendência é que a cotação do dólar volte a subir. Por conseguinte, faço uma APOSTA que devo aproveitar o dólar a R$ 4,03 hoje para não me arrepender mais tarde, até porque só aporto uma vez ao mês, depois que recebo o salário.

Todavia, para quem utiliza a mentalidade buy and hold (acredito que a maioria do mundo FIRE seja holder), isto é, o investidor que tem a visão de ganhar rentabilidade no longo prazo, mesmo que de forma mais lenta a fim de minorar o risco envolvido, depois de detido e contínuo estudo da consistência dos ativos (especialmente curva crescente de lucros ao longo do tempo), tentar adivinhar o ponto de entrada é utopia. Você deve fazer aportes constantes com os olhos no preço médio. Se ficar esperando sempre a queda do mercado (market timing), jamais estará exposto aos ganhos de mercado, pois é inegável que a bolsa de valores, seja aqui ou em qualquer lugar do mundo, cresce, caindo, durante as décadas. COMPRE VALOR E NÃO PREÇO.

Mas aí você pode argumentar. Mente Investidora está sendo contraditório. Primeiro, diz que é importante ter reserva de emergência (comprar em momentos de baixa), mas, logo em seguida, defende que sempre devemos adquirir ativos porque no longo prazo, a tendência é de alta.

Meu mindset, conforme já destacado em posts pretéritos, não é, de maneira alguma, limitado e estanque. Ele está trabalhando, analisando o mercado a todo instante, já que é um ambiente de muitas variáveis e extremamente volátil. As coisas podem mudar rápido. Uma notícia apenas (veja o poder dos tweets de Trump - o maior trader do mundo, hoje em dia, na minha opinião -, por exemplo) pode mudar o cenário em poucas horas.

No mundo dos investimentos, como na vida, de maneira geral, você precisa ter a mente aberta a mudanças, pois fazem parte do fluxo inexorável do mundo moderno em que existimos, cada vez mais sujeito a interferências da mídia e da tecnologia. 

Na próxima indicação de filme neste espaço, vou mostrar como uma batalha decisiva na Segunda Guerra Mundial foi perdida por falta de uma mentalidade mais elástica que pudesse reagir, de maneira mais célere, às intercorrências do combate que, como a vida e o mercado, são extremamente suscetíveis a mudanças drásticas em intervalos diminutos de tempo. 

Continuamos nosso bate-papo no próximo post.

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Até mais!

6 comentários:

  1. Fala mente investidora, estou conhecendo o seu blog agora amigo, estarei lendo mais postagens com certeza , você escreve muito bem de uma forma natural e inteligente ! Só não consegui entrar nos links que você passou, já que estão em outro site e o mesmo parece estar fora do ar.

    Mas essa história do Dólar voltar a subir , não vejo como uma tendência no longo prazo ! Visto que mais reformas estão por vir e a tendência é de crescimento do Brasil até o fim do mandato do Bolso. Vejo o dólar terminando 2022 a 3,50 ou menos , dependendo de como as pesquisas para Presidente irão estar.

    Enfim , acredito muito no nosso Brasilzão enquando essa equipe economica estiver lá.

    te adcionei no Blogroll , abraços !

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    1. Muito bom tê-lo aqui, Um Peão Playboy! Como tive que alterar a extensão do blog de .blog.br para org, acabei esquecendo de alterar os links mencionados no artigo. Agora, já são estão corrigidos. Pode acessar.

      Com relação ao dólar, como ninguém tem bola de cristal, é difícil imaginar qual será a tendência para o futuro, mas gostaria bastante que seu raciocínio se concretizasse, pois quero aumentar minha exposição a ativos da bolsa dos EUA e para isso acontecer, a cotação do dólar precisa ajudar.

      Grande abraço.

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  2. Muito interessante seu artigo Mente Investidora!
    Por aqui ainda não sei dirigir da primeira para segunda marcha direito rsrs quem me dera realizar uma cavalinho de pau rsrs brincadeiras a parte, realmente vai muito do feeling, esse olfato do mercado e dar uma arriscada maior. boa sorte e forte abraço!
    Semeador

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    1. Semeador Financeiro, tudo bem? Cada um deve ter o seu "feeling". Basicamente, os objetivos do post foram dois: estude e escolha os ativos que comporão sua carteira previdenciária, deixando dicas quentes de lado; tenha uma mentalidade aberta a novidades, sem preconceitos, para aproveitar oportunidades que o mercado, de tempos em tempos, nos apresenta.

      Grande abraço.

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  3. Não sou nenhuma analista financeiro também e tô longe de ser um grande conhecedor de economia, porém algo me diz que o dólar ainda volta pros R$ 3,00.

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    1. Engenheiro Investidor, que suas palavras se concretizem, pois acho que irá oportunizar aos FIRE brasileiros acessarem ativos bons e mais baratos no exterior, o que poderá encurtar o caminho a ser percorrido até a independência financeira. Abraço.

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