Como contei aqui, me livrei da chácara onde vivia, permutando-a com um apartamento que acabei vendendo em junho de 2019 por um valor inferior ao de mercado, já que só estava trazendo despesas e a obrigação de ter que ir lá para mostrá-lo para potenciais compradores e para limpá-lo quinzenalmente. Além disso, como todos sabem, o mercado imobiliário está bem frio ultimamente, com incontáveis imóveis disponíveis para venda e locação, o que me motivou a vender mesmo com deságio. Depois de perder mais uma quantia de dinheiro para o corretor de imóveis (a bendita corretagem que eu tanto odeio), me livrei do problema.
Problema porque esta indefinição estava me deixando depressivo e acabava descontando a frustração em minha esposa. De certa forma, eu via aquele apartamento como o último resquício de uma sequência de várias decisões ruins em minha vida. Daí, estava desesperado para me livrar do fardo para, enfim, dar um suspiro, e olhando para o futuro com esperança, iniciar novamente o plano para alcançar a liberdade financeira.
Problema porque esta indefinição estava me deixando depressivo e acabava descontando a frustração em minha esposa. De certa forma, eu via aquele apartamento como o último resquício de uma sequência de várias decisões ruins em minha vida. Daí, estava desesperado para me livrar do fardo para, enfim, dar um suspiro, e olhando para o futuro com esperança, iniciar novamente o plano para alcançar a liberdade financeira.
Mas desta sequência de fatos, tirei duas conclusões.
A primeira é que quanto menos você gira o seu patrimônio, melhor, pois a cada giro, você paga impostos e outras despesas. No que atine especificamente a imóveis, o custo de cada transação com penduricalhos é absurdo (corretagem, despesas com o cartório e prefeitura, imposto de transmissão, imposto sobre ganho de capital, se ocorrer). E isso, inegavelmente, corrói o seu patrimônio. Já tenho imóvel próprio, além de um lote à venda e não pretendo comprar mais no futuro. Penso até, dependendo das circunstâncias lá na frente, em vender minha casa, colocar o dinheiro para rentabilizar e alugar um apartamento que me daria mais tranquilidade em passar temporadas mais longas viajando, por questões de segurança. Também penso em emigrar do País.
A segunda conclusão é que apesar de respeitar opiniões divergentes, vejo os Fundos Imobiliários como uma opção muito mais interessante do que os imóveis propriamente ditos, pois trazem enormes vantagens, como: não ter que pagar pela propriedade do imóvel (IPTU/ITU, taxa de condomínio, eventuais despesas com manutenção/melhoria, taxa da imobiliário caso coloque o imóvel para aluguel, etc); não ter dor de cabeça com inquilino; não ter preocupação se o lote for invadido ou se o imóvel foi depredado quando vago ou alugado, etc. Não bastasse tudo isso, você acaba tento muito mais liquidez, pois é mais fácil vender as cotas de FII do que um imóvel físico, ainda mais no seu preço de mercado, sem contar que o custo de compra/venda de quotas de FII é infinitamente menor do que no imóvel físico.
Não estou dizendo que os FIIs são perfeitos e nem que você não pode ganhar muito dinheiro com imóveis físicos, mas a questão é que hoje o poder aquisitivo da população em geral é bastante restrito, o que, no meu sentir, inviabiliza a contratação de empréstimo habitacional ou o pagamento à vista. Tudo pode mudar nos próximos anos, mas temos que aguardar.
No que atine aos FIIs, você precisa estudar antes de comprar as cotas. São menos voláteis que as ações, apesar da rentabilidade ser mais acanhada. No meu caso, ainda não recebi a integralidade do valor da venda do apartamento, mas aquela parte já recebida, investi em FIIs e pretendo fazer o mesmo quando vender o lote. Gosto de ter renda passiva imediata para acelerar a ação dos juros compostos e os FIIs são o melhor instrumento, a meu ver, dada a sua relação custo/risco/retorno. Por causa de minha idade (42) e pelo fato de minha personalidade ser mais conservadora (bastante influenciada por meu pai que foi obrigado a se desfazer de parte considerável do patrimônio por causa do vício em jogar em loteria), procuro me expor à renda variável com certa parcimônia, mas não julgo aqueles que tem 100% da carteira e renda variável.
Como salientei aqui, consigo poupar aproximadamente 70% de meu salário mensal pelo fato de não ter filhos e porque eu e minha esposa somos caseiros e não gastamos com supérfluos. Com isso, hoje, meu patrimônio está na faixa dos R$ 350.000,00, distribuídos da seguinte maneira: renda fixa (Tesouro Direto IPCA 2024, 2035, 2045 e pré-fixado 2025); renda variável (FIIS, ações, stocks e REITs). Quanto à proporção, por volta de 40% em renda fixa e o restante em variável.
Minha mentalidade é Buy and Hold (conheça mais aqui), não tenho pressa para alcançar o objetivo, pois tenho 23 anos até a aposentadoria no serviço público. Não faria sentido eu me aposentar antes do transcurso do prazo de 23 anos e deixar com a União todo o valor quitado a título de Previdência Oficial. A única maneira de eu conceder a aposentadoria a mim mesmo antes da do serviço público é se ganhar um prêmio muito bom em loteria.
No próximo post, irei detalhar o meu racional por trás da composição da carteira de investimentos.
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Até lá!
Olá meu amigo! Ótimas dicas aqui, me identifico com a mentalidade Buy and Hold, muito bacana ler um texto tão sincero e transparente. É muito interessante entender a dinâmica de como cada um enfrenta a jornada da independência financeira, gostei do conteúdo e espero que continue compartilhando suas experiências conosco.
ResponderExcluirAbraço!
Olá, O tio pão-duro. Descobri o seu blog na lista do AA40. Já adicionei aqui na minha lista de blogs a serem seguidos. Obrigado pelo apoio. Já tem post novo. O espaço dos comentários é para todos nós, FIRE ou não, trocarmos ideias. Obrigado pelo apoio.
ResponderExcluirMais um ótimo post Mi.
ResponderExcluirMuito enriquecedor.
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