Ações: ABEV3, BBDC3, EGIE3, ELET3, ENBR3, EQTL3, FLRY3, FRAS3, IRBR3, ITUB3, ITSA3, ITSA4, LINX3, LREN3, MDIA3, PETR3, PSSA3, RADL3, SAPR4, SAPR11, TAEE11, TOTS3, VALE3, VVAR3, WEGE3.
Ações (hibernação): BRAP4, BTOW3, CLSC4, CSNA3, CYRE3, EMBR3, GOLL4, HAGA3, LOGN3, POSI3, RAIL3, USIM5.
FIIs: ABCP11, ALZR11, BCFF11, BRCR11, BTLG11, FIGS11, FIIB11, FLMA11, HFOF11, GGRC11, HGCR11, HGBS11, HGLG11, HGRE11, HTMX11, KNCR11, KNIP11, KNRI11, LVBI11, MALL11, MGFF11, OUJP11, RBRD11, RBRF11, TGAR11, UBSR11, VILG11, VISC11, VRTA11, XPLG11, XPML11.
Stocks: MMM, ABT, ACN, BABA, GOOG, AMZN, AWR, BUD, T, BIDU, BRK.B, BLK, BG, CVX, CSCO, KO, CL, DOV, DOW, DD, EMR, XOM, GD, GE, GIS, GPC, GSK, GPRO, HON, HRL, INTC, KHC, LMT, MCD, MSFT, MDLZ, NYT, NKE, NOC, NVS, NVDA, ORCL, PEP, PETR, RIO, RDSA, CRM, SNY, SAP, SWK, T, TGT, TXN, UL, UNP, VRSN, VZ, V, WPC, DIS.
REITs: BXP, EPR, FRT, QTS, REET, SLG, TRNO, VHT, VNQ, VNQI.
ETFs de renda variável: DIV, DTH, DWX, EDIV, EEMV, FAN, FGD, GLD, HDV, IAU, IDV, IJR, IVAL, IVV, NOBL, QQQE, QVAL, RGI, RHS, RYF, RYT, RYH, RYU, SLYV, SPHQ, TAN, URTH, USHY, USO, VEA, VEU, VLUE, VOO, VT, VTI, VXUS, VWO, XLP, ZIG.
ETFs de renda fixa: BIL, EMB, TIP, SHY.
BDRs: R1IN34, SIMN34, BOXP34, P1LD34.
Primeira observação. Nenhuma compra ou venda no mês que se finda. Como salientei no post de fechamento de julho, ainda considero vários ativos com preço esticado, seja no Brasil ou no exterior, neste momento que, a meu ver, há um descasamento gigantesco entre a economia real mundial e o mercado acionário.
Falando especificamente de Brasil, até analistas estão vendo ações dos bancões com certas reservas por ainda não saberem qual é o real efeito da inadimplência e do projeto de que lei por meio do qual foi aprovoda a restrição dos valores das taxas de empréstimo que, apesar, de início, ter natureza provisória, pode, quem sabe, ser prorrogada por tempo indeterminado. De igual maneira, não dá para prever o que pode acontecer com os grandes bancos caso o Facebook, via WhatsApp (e o Google, mais tarde) entre neste ramo de transações financeiras.
Não só por causa da pandemia, mas os hábitos das pessoas estão mudando tanto em tão pouco tempo que fica difícil de fazer qualquer projeção. Então, vale ter cautela. Não irei aumentar posição em bancos nacionais por agora, mas caso haja uma queda considerável no índice (pode acontecer com a saída de Guedes), posso estudar a possibilidade, apesar, de hoje, estar focado em mandar o máximo que puder para o exterior.
Segunda observação. Como já tinha mencionado neste espaço, houve mudanças na BDRs (basicamente, acabaram com a exigência de ser investidor qualificado para poder adquiri-las e permitiram o lançamento de BDRs de ETFs). Tendo em vista que a maioria dos investidores brasileiros no exterior prioriza ETFs a stock picking, a partir do momento, que as BDRs de ETFs forem lançadas, poderemos ter um aumento da liquidez, especialmente se o governo baixar alguma medida tributária para dificultar a saída de divisas do país, o que, a cada dia que passa, parece ser algo mais próximo de acontecer, já que a União está sedenta por novos recursos financeiros.
Optei por levar o dinheiro para fora, ao invés de comprar BDRs imediatamente, mesmo com este anúncio, pois: o mercado está em topo histórico (lá fora, o dinheiro irá para reserva de oportunidade à espera das eleições nos EUA); não consigo montar reserva de oportunidade, já em Dólar, com o montante no Brasil; quero criar uma base consistente de patrimônio gerando dividendos em Dólar lá fora, sem depender de remessas do Brasil, mesmo que, hoje, o plano A não seja emigrar do Brasil (assim, não fico, durante décadas, sujeito à variação cambial).
O investimento na BDRs seria algo complementar à esta estratégia por não saber se, no futuro, pode se tornar mais díficil e/ou caro repatriar valores remetidos, apesar de que acho improvável não conseguir, no futuro, usar cartão de débito/crédito internacional, inclusive no Brasil, para usufruir das reservas acumuladas nos EUA (lembre-se que conforme já salientiei neste espaço, meu escopo é simular a vida vida de um estrangeiro recebendo parte da renda em moeda forte para gastar em uma nação de moeda forte a fim de potencializar o patrimônio).
Terceira observação. Em face disso, depois de muito refletir, trocar ideias com colegas do movimento FIRE e de ver esta notícia (https://www.infomoney.com.br/economia/tesouro-tera-que-recompor-colchao-de-liquidez-diz-mansueto/), acabei decidindo, apenas do dia 25, por fazer um movimento bastante arrojado para alguns.
Tenho vários títulos do Tesouro Direto com vencimeno em 2022, 2023, 2024, 2035, 2040, 2045 e 2050. Resolvi fazer o resgate de todos os títulos em que estava no lucro com base nos seguintes argumentos: se o governo, hoje, não tem dinheiro para pagar os credores do Tesouro Direto em 2021, tal situação poderá se agravar para títulos com vencimentos em anos posteriores (lamentavelmente, para os títulos mais longos, o meu saldo ainda é negativo, o que impossibilitou a venda dos mesmos); segundo a notícia acima destacada, o governo poderia usar parte das reservas internacionais e contrair empréstimos para honrar os compromissos assumidos com os credores do Tesouro Direto (reservas internacionais são finitas); o fato de acreditar que o Presidente da Repúlica irá focar em sua reeleição e que danos econômicos poderão ser sentidos a partir desta tomada de decisão (lançamento de programas de cunho eleitoreiro); pelo fato de já depender da União para receber minha aposentadoria, não faz sentido ter tanta exposição ao Tesouro Direto (mesmo credor); o aumento do risco Brasil com o provável furo do teto de gastos, além do fato de que praticamente todo o PIB nacional já se encontra comprometido com o pagamento de despesas (não só por causa da pandemia); a perspectiva de que vou ficar um bom tempo sem aumento salarial; se Biden se sair vitorioso do pleito eleitoral, um boicote ao Brasil poderá acontecer, o que poderia desvalorizar, ainda mais, o Real perante o Dólar.
Pode ser que a cotação do Dólar caia com esta impressão desenfreada pelo FED? Sim. Mas, entre Dólar e Real, creio ser mais seguro ter a maior parte do patrimônio na primeira opção, até porque, em tese, se isto acontecer, a moeda brasileira também deverá se desvalorizar (quem, no mundo, quer Real?). Ademais, como o meu panorama de investimentos até a aposentadoria do serviço público é de 25/30 anos, creio que o Dólar estará mais valorizado do que hoje quando este momento em minha vida chegar.
Quarta observação. Por conseguinte, quase a totalidade do aporte do mês, além do montante resultante da venda dos títulos do Tesouro Direto, foi direcionado para a reserva de oportunidade na conta da TD Ameritrade.
Ademais, depois de fazer várias pesquisas e simulações com alguns colegas do movimento FIRE, resolvi por sacar o valor total na conta da Interactive Brokers a fim de transferir para minha conta na TD Ameritrade (vou excluir a conta na IB, pois em setembro, já me veria forçado a começar a operar por ela, em vista do fim da isenção de três meses de taxa que o cliente ganha após a abertura da conta). Motivo: com o nível de patrimônio que tenho hoje no exterior, o nível de dividendos a receber não seria suficiente para pagar a taxa de custódia mensal da IB (US$ 10,00). Este custo, no longo prazo, seria muito relevante (no final das contas, é como se eu não tivesse recebendo dividendos, mas pagando para ter conta).
Talvez, no futuro, já tendo US$ 100.000,00 de patrimônio, posso investir em ETFs irlandeses de acumulação, pois com este montante, estaria isento do pagamento de referida taxa mensal, apesar de ainda estar sujeito à cobrança de tarifa por operação na IB.
Cheguei a aventar a possibilidade de investir em ETFs irlandeses de distribuição, mas cheguei à conclusão de que a rentabilidade seria consideravalmente menor do que a de ativos custodiados nos EUA (concluí que receberia a metade do que em ativos custodiados nos EUA - estimativa, pois vários fatores repercutem neste cálculo -, sem contar que não encontrei documentos oficiais na Internet falando da exigência ou não de abertura de inventário na Irlanda em caso de morte de um dos titulares da conta JTWORS), mesmo com o benefício de estar imune ao imposto de herança dos EUA. Daí, decidi por ultrapassar o limite de isenção de US$ 60.000,00 do referido tributo (somando os valores nas contas da TD Ametridade e Avenue).
Como tenho seguro de vida, em caso de morte, minha esposa poderá usar parte dos recursos para quitar imposto sobre herança nos EUA. Outra hipótese seria vender parte dos ativos lá custodias para fazer frente a tal despesa. Nas contas que fizemos, mesmo tendo que pagar imposto, ainda assim, no final das contas, teria mais patrimônio do que se tivesse a metade da rentabilidade dos ETFs irlandeses de distribuição.
Por ter um perfil que prioria mais os dividendos do que ativos focados em crescimento (não quero correr o risco de ver não ver ganho caso o mercado fique lateralizado por muitos anos ou que leve muito tempo para se recuperar de uma queda mais relevante), vou priorizar a compra de ativos que me gerem, de imediato, um fluxo constante de rendimentos (apesar de que vou esperar as eleições norte-americanas para decidir pelo início das compras). Ainda creio que Trump não conseguirá se reeleger.
Tal iniciativa não estava no plano no começo do mês. O plano original seria enviar para fora R$ 5.000,00, deixando o restante do aporte no Brasil para composição de reserva de oportunidade. Mas estes motivos também me fizeram mudar de ideia: aumento expressivo da cotação do Dólar nas últimas duas semanas; como é real a possibilidade de maior tributação nas remessas para o exterior, penso que quanto mais recursos puder enviar agora, melhor; como as eleições nos EUA estão se aproximando com expectativa de sucesso de Biden e declarações de Trump no sentido de que se não ganhar, o mercado vai quebrar (é um bravateiro, mas é o tipo de declaração que afeta os investidores), quero ter um caixa bem reforçado para aproveitar oportunidades caso apareceram em caso de queda mais consistente do índice.
Como já ressaltei em outras oportunidades, as compras lá fora focarão mais em ETFs, por acreditar que me trazem menos dor de cabeça e trabalho para estudar, caso optasse por stock picking. Não bastasse isso, acredito que com várias empresas dentro do ETF, fico menos exposto a quedas consideráveis decorrentes de escândalos como os mais recentes do IRB, Boeing, Wirecard, Stone/Linx, etc.
A prori, trabalhava com o plano de alcançar o patamar máximo de 50% da carteira em Dólar, mas hoje, em vista de tudo que está acontecendo e o meu pessimismo com a economia nacional nos próximos anos, talvez, chegue à proporção de 80% no exterior e apenas 20% no Brasil. Se a economia nacional representa por volta de 1% da mundial, o que justifica eu deixar tanto patrimônio nestes 1%?
Hoje, a proporção é de 48,7% no exterior e de 51,3% no Brasil, lembrando que a grande parte da reserva de oportunidade no Brasil existente no final deste mês já está destinada a ser remetida para o exterior, pois é decorrente da venda dos títulos do Tesouro Direto. O envio se dará em setembro. Então, verdadeiramente, a maior parte de minha carteira já não se encontra vinculada ao Real.
Quinta observação. Notícia que chamou minha atenção neste mês foi o anúncio de que Buffett comprou uma empresa ligada ao ouro. Para quem, por mais de uma vez, asseverou que não tinha interesse no referido metal e em criptomoedas por não produzirem rendimentos, é algo bem incomum. Não cheguei a analisar os balanços e historia da empresa. Por conseguinte, não tenho condições de emitir opinião sobre o movimento do Oráculo de Omaha.
Sexta observação. Conforme salientei no post de fechamento de julho, rescindi o contrato de seguro resgatável que havia firmado com a Prudential em outubro/2019, já tendo recebido o valor proporcional que faltava pagar até outubro/2020. A nova apólice, contratada junto à Icatu já está ativa, com o custo mensal de R$ 613,13, sendo que o valor da apólice é de R$ 150.000,00 em caso de morte e de R$ 1.000.000,00 em caso de invalidez total ou parcial. Nada impede que, no futuro, resolva aumentar os valores das apólices.
Como a última Reforma da Previdência alterou consideravelmente as regras quanto à pensão, pensando em minha esposa, com esta apólice, dou uma tranquilidade para seguir a vida. Igualmente, como não posso prever o futuro, com a cobertura de invalidez, poderei tentar manter o padrão de vida hoje existente, mesmo não podendo trabalhar, e ainda tendo recursos para fazer frente a despesas decorrentes da própria invalidez.
Sétima observação. A troca de ideias e de informações com os colegas investidores só traz ganhos à comunidade, especialmente falando de investimento no exterior. Lamentavelmente, lá como aqui, a legislação não é clara.
Vira e mexe, vejo gente na Internet dizendo que o limite de isenção do imposto de herança nos EUA é de US$ 120.000,00 em conta JTWORS com dois titulares (acredito que é de US$ 60.000,00 com base em pesquisas realizadas não só por mim).
Mesmo após muitas buscas, não encontramos nenhum documento que detalhe o que acontece caso um investidor brasileiro morra tendo ETFs irlandeses. Sabemos que, neste caso, não estamos sujeitos ao imposto sobre herança, mas não temos informações sobre necessidade ou não de abertura de inventário perante o governo da Irlanda a fim de ter acesso aos ativos.
De igual maneira, ainda há debates sobre a questão tributária sobre as BDRs, no que atine à possibilidade de compensação de prejuízo e incidência de imposto sobre transações.
Então, tal problema não é exclusivo dos contribuintes tupiniquins.
Tal situação não deveria acontecer pois afasta o investidor. Todos precisam saber onde estão colocando o seu dinheiro, já que não estamos jogando Banco Imobiliário.
Quaisquer dúvidas e comentários são sempre bem-vindos.