Olá! Tudo bem?
Se é sua primeira vez aqui, conheça um pouco de minha história aqui, aqui e aqui. Recomendo, fortemente, que leia também todos os posts deste espaço para sentir como sou, como penso, pois você pode se identificar com o Mente Investidora. Ler apenas um post pode te induzir a ter uma interpretação errônea de quem eu sou e como busco a independência financeira. Fica a dica.
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Antes de tudo, friso que não sou analista de investimentos e que não faço recomendações (nunca venderei nada este blog, pois não é meu intuito ganhar dinheiro com isso, mas apenas ajudar aqueles que estão vivendo na Matrix, imersos no fenômeno da "corrida dos ratos" - veja mais aqui - a abrirem os olhos).
Para você entender minha evolução na jornada em busca de independência financeira e o racional utilizado, o fechamento dos meses antecedentes encontram-se na coluna FIRE IN THE HOLE deste blog. Se você é iniciante, sugiro nunca ver o fechamento de um único mês, mas a sequência deles para compreender qual é a estratégia adotada a fim de você não correr o risco de chegar a falsas conclusões.
DIVISÃO DO PATRIMÔNIO:
RENDA FIXA: 61,3%, sendo a maior parte em Tesouro Direto
RENDA VARIÁVEL: 38,7%, sendo 24,8% em FIIs e o restante em ações no Brasil e nos EUA
Préfixado 2022: 1,83% (taxa média de rentabilidade: 6,46%)
Préfixado 2023: 0,34% (taxa média de rentabilidade: 5,329%)
IPCA + 2024: 18,31% (taxa média de rentabilidade: 3,249%)
IPCA + 2026: 22,36% (taxa média de rentabilidade: 2,60%)
IPCA + 2035: 19,15% (taxa média de rentabilidade: 3,641%)
IPCA + 2040 com juros semestrais: 5,73% (taxa média de rentabilidade: 3,368%)
IPCA + 2045: 32,29% (taxa média de rentabilidade: 3,673%)
IPCA + 2050 com juros semestrais: irrisório (taxa média de rentabilidade: 3,51%)
DIVIDENDOS RECEBIDOS NO MÊS:
JAN/2020: R$ 674,30
FEV/2020: R$ 777,00
MAR/2020: R$ 1.100,40
MAR/2020: R$ 1.100,40
RENTABILIDADE MENSAL DA CARTEIRA:
JAN/2020: -2,70%
FEV/2020: -2,37%
MAR/2020: -9,85%
MAR/2020: -9,85%
Primeira observação. Como os números mostram, o ano de 2020 tem sido difícil para mim, especialmente em março, com o problema do COVID19 afetando a economia mundial e, por conseguinte, minha carteira previdenciária. Qualquer um fica chateado vendo o seu patrimônio diminuir de tamanho, mas não há muito o que se fazer. Renda variável varia, não tem jeito. É impossível determinar quando virá a baixa (ninguém previu a pandemia e que traria resultado de tamanha magnitude). De igual maneira, não sabemos se estamos entrando em uma fase de bear market mais duradoura ou não, até porque é fato público e notório que a economia global já não era saudável antes do surgimento do vírus. Com este panorama, recessão já é esperada. No mundo todo. Não dá para prever por quanto tempo irá demorar. Também não dá para cravar se o Brasil irá sair mais rápido do que as grandes economias estrangeiras. Particularmente, apesar de entender que nossa economia não estava na mesma fase do ciclo econômico que a dos EUA (estávamos subindo a colina enquanto os EUA já estavam em seu cume), acho que iremos demorar mais a sair do fundo do poço, pois não temos tanto poder de fogo para combater o problema instaurado e porque nosso grau de eficiência é bem menor do que o da economia estadunidense. O que me preocupa muito é o aumento do índice de desemprego no Brasil. Já era alto e o governo não estava fazendo nada para diminuí-lo. Quando da época da reforma da CLT e do lançamento da CTPS verde amarela, a promessa era que tais iniciativas iriam facilitar a contratação de empregados. Mais de seis meses depois, o resultado: taxa de desemprego ainda na faixa de doze milhões e cada vez mais brasileiros na informalidade ou em sub empregos (coloco aqui os motoristas de aplicativos de locomoção). Respeito quem tem posição divergente, mas a equipe econômica, no meu entender, não se preocupa com os pobres e a classe média. Para os primeiros, não gera emprego. Para a classe média, não atualizou, por exemplo, a tabela do IRPF, fazendo com que perca poder de compra. A impressão que tenho é que o objetivo é deixar os mais ricos cada vez mais abastados, até porque o Ministro da Economia veio deste meio (era banqueiro antes de aceitar o convite do Presidente). Entendo que é um tiro no pé aumentar o fosso entre os muito pobres e muito ricos, pois não haverá demanda para consumo de produtos e serviços. E nenhuma economia sobrevive sem consumo (basta ver o que está acontecendo neste exato momento).
Segunda observação. A minha torcida era para que o aparecimento deste cisne (para alguns, negro e para outros, branco) fizesse com que o mercado financeiro fizesse uma auto-limpeza, um processo de saneamento para, se não exterminar, diminuir o tamanho da herança maldita deixada pela crise do subprime em 2008. Deixar quebrar aquilo que não é saudável. Entretanto, pelo que vimos até agora, acho que não vai acontecer. Os governos estão injetando quantidades cavalares de liquidez no sistema, repetindo o modus operandi de 2008. Por mais que entendamos que estamos passando por um período único e grave da história, será que é o melhor a se fazer? Será que este dinheiro realmente será utilizado para os fins desejados? Será que os governos podem continuar a aumentar seus déficitis por prazo indeterminado, imaginando que nunca chegará o momento em que terão que pagar a dívida?
Terceira observação. Será que mais uma vez os bancos centrais irão empurrar a resolução do problema para frente? Será que eles querem realmente resolvê-lo ou pensam que agora sua única tarefa é fornecer liquidez ao sistema quando este vai mal? Os bancos centrais, então, pensam que é possível viver em bull market para o resto da vida? São muitas indagações, sem resposta, lamentavelmente. O grande receio que tenho é que durante esta crise ou mesmo após (pode levar dias, meses ou anos), a grande bolha exploda. E aí, o dano à economia gloral será maior ainda, podendo, numa visão mais alarmista, se tornar irreversível, pois as pessoas podem perder a confiança no sistema. Poderíamos cair num ambiente de absoluto caos, tanto econômico como social. Imaginem que ao invés de 12, tenhamos 20 milhões de desepregados no Brasil (você viu o relatório divulgado na última semana mostrando o aumento absurdo do número de solicitações de auxílio desemprego nos EUA?)!! Se nos EUA, chegou a este patamar, o que pode acontecer aqui se o nível de desemprego já era muito alto? Você acha que esta massa irá para o semáforo vender balinhas? Não querendo ser alarmista, mas acredito que de nada adiantará ter imóveis, ativos no mercado financeiro, papel moeda ou ouro debaixo do colchão. O que te manterá vivo será sua capacidade de sobreviver, de se defender e de conseguir água e comida. Lamento por não ter me preparado para tal situação. Alguns podem me chamar de mensageiro do caos, mas respondo com o seguinte argumento. Aquela pessoa que busca independência financeira, via FIRE, faz isso porque não quer ficar dependendo do governo, de sua aposendoria estatal, assumindo, assim, o absoluto controle sobre suas finanças para não ter surpresas desagradáveis no futuro. Quanto mais cedo começa, mais fácil, será. E você só terá êxito se cumprir o planejamento traçado ao longo de anos ou décadas. Daí, pergunto: qual é a diferença, então, entre se preparar para ser FIRE ou para sobreviver em um ambiente de absoluto caos? O raciocínio é o mesmo. Você conta que tudo vá bem, mas tem que ter um plano caso as coisas não saiam como planejado, pois a vida é assim. Imprevistos sempre acontecem. Não acha que você terá chance se um belo dia acordar com o país já imerso na completa anarquia.
Quarta observação. Sou uma pessoa pessimista por natureza, mas mesmo assim, não me planejei para este cenário mais desafiador que pode surgir. Apesar de ter um quintal, uma arma, produzir frutas e hortaliças, além de ter feito um estoque de comida para mim, minha esposa e bichanos por aproximadamente três meses, é pouca coisa. Poderia ter continuado com a criação de codornas, mas desisti há alguns anos. Se houver uma janela de oportunidade, irei correr atrás do prejuízo para me preparar para o pior caso venha daqui há alguns meses ou anos, comprando mais armas, voltando a criar codornas para ter fonte de proteína animal, expandindo a horta, fazendo melhoramentos na segurança da casa e me preparando física e psicologicamente para o pior.
Quinta observação. Enquanto isso, estou mais cauteloso no que atine aos investimentos. A carteira previdenciária diminuiu de tamanho, mas o fato de ter a maior parte dela atrelada a títulos públicos, fez com que o tombo não fosse tão grande. É nestes momentos que é bom ter renda fixa para aquela pessoa que não quer estar 100% exposta ao risco do mercado. Fiz compras de Tesouro Direto IPCA+ com várias datas de vencimento. Não adquiri nada na renda variável, pois acho que o mercado voltará a cair quando as empresas começarem a quebrar, a taxa de desemprego disparar (sem emprego, sem demanda, sem negócios, sem lucro) e os relatórios trimestrais das empresas começarem a ser divulgados. Não acho que a queda ocorrida já tenha precificado, por completo, estes fatores citados. Pretendo voltar a investir na renda variável, pois há boas empresas a bons preços, lembrando que ainda tenho um horizonte de aproximadamente 25 anos até a aposentadoria. Mas vou priorizar empresas concessionárias de serviços públicos (apesar de diminuição da demanda, o serviço vai continuar a existir), bancos (podem ganhar com aumento de contratação de empréstimos) e aquelas que tem caixa para enfrentar a crise, pois se resistirem, podem se tornar mais rentáveis, abocanhando maior parcela do mercado, já que parte da concorrência vai ter quebrado. Além disso, por causa do agravamento da crise e pelo fato de não sabermos por quanto tempo iremos viver em quarentena, vejo, hoje, maior possibilidade de aumento de inflação no país. E com a cotação do Dólar livre (muitos dos bens e serviços que consumimos depende do Dólar), a tendência é que nosso poder de compra seja diminuído em maior escala, lembrando que como funcionário público, devo ter o salário congelado por muito tempo. Daí, devo dolarizar a carteira com mais afinco a fim de me proteger desta inflação que pode chegar. Falando nisso, comunico que resolvi migrar a carteira que tinha na DriveWealth para a Avenue e que em abril, já fiz o primeiro aporte na conta que abri na TD Ameritrade no mês passado. Fiz esta opção para não ficar preso apenas a uma corretora nos EUA.
Continuaremos nosso bate-papo no próximo post.
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nossa 3 meses de paulada na sequencia. Vc ta muito exposta em RV
ResponderExcluirOlá! Tudo bem?
ExcluirEstou com aproximadamente 40% do patrimônio em renda variável. Daí, a queda, mas lembre-se que como há algum tempo, estou comprando títulos IPCA+, estou também sendo penalizado pela marcação a mercado dos mesmos. Mas como só vou resgatar estes títulos quando do vencimento, esta perda verificada agora é apenas transitória.
Daí, fica a lição. Antes de começar a jornada em busca da independência financeira, é imprescindível que você crie um plano de alocação, determinando qual é o percentual de seu patrimônio que você quer na renda variável. Assim, ficará mais confortável em ver as perdas.
E não custa lembrar. O prejuízo será verificado apenas a partir do momento em que você vender o ativo com valor mais baixo do que quando comprou. Como não vendi nada, verdadeiramente, não tomei prejuízo. Agora, é esperar a volta do mercado, já que o meu horizonte de investimento é de aproximadamente 25 anos.
Sucesso!
Abraço.
Olá MI, tudo bem? Também andei pesquisando muito sobre sobrevivencialismo, até chegar à conclusão que se eu plantar e criar animais vou economizar só uns 1000 por mês, aí me desanimou do trabalho que dá... É muito difícil manter e segredo também (por exemplo,as máscaras que consegui comprar, minha mãe já queria que eu desse para meu irmão,imagine num caso de caos intenso, como conseguir manter toda a família..?).
ResponderExcluirEnfim, vou seguir trabalhando, aportando, farei outra faculdade que me permita trabalhar de qualquer lugar e vou torcer para que a harmonia e saúde se reestabeleçam...