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sexta-feira, 10 de julho de 2020

Empreender não é tão fácil quanto dizem por aí

Olá! Tudo bem?

Se é sua primeira vez aqui, conheça um pouco de minha história aquiaqui e aqui. Recomendo, fortemente, que leia também todos os posts deste espaço para sentir como sou, como penso, pois você pode se identificar com o Mente Investidora. Ler apenas um post pode te induzir a ter uma interpretação errônea de quem eu sou e como busco a independência financeira. Fica a dica. 

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Já tinha comentado em outro post que iria fazer um relato sobre empreendedorismo, baseado em nossa experiência. E, ontem, uma pessoa, na seção de comentários, tocou neste assunto. Daí, decidi parar de protelar e escrever logo a respeito.

Antes de mais nada, preciso deixar bem claro que o que aconteceu conosco não ocorreu com todos os outros. É apenas uma percepção de um indivíduo. Há inúmeros casos espalhados pelo mundo de pessoas que transformaram apenas uma ideia, muito simples, boa parte das vezes, em negócios altamente rentáveis.

Ademais, precisamos considerar que tentamos empreender no ramo de pet shop. É tão somente um tipo de negócio. Há inúmeros outros, com diversas sistemáticas de funcionamento. O que dá certo para um setor, pode não dar para outro. O momento de abertura do negócio, seu local de funcionamento, sua clientela, sua política de preços são alguns fatores que podem definir o sucesso ou fracasso de uma empreitada no ramo dos negócios.

Dois motivos nos levaram a abrir o pet shop: poder pagar menos em rações e medicamentos para nossos cães e gatos resgatados que vivem conosco (a conta é alta, pois, depois da perda de Kinski no mês passado, são 26 vidas a serem cuidadas); ter uma fonte de renda auxiliar a fim de aprimorar os aportes em vista do objetivo de se alcançar a liberdade financeira.

Por que pet shop? Como envolve alimentação de animais de estimação, é algo necessário e não voluptuário. O dono do bicho precisa sempre voltar a consumir  no estabelecimento para a manutenção da vida de seu melhor amigo (se você conquistar o cliente, poderá ter uma recorrência infinita). Cada vez mais os humanos tratam os cães e gatos como filhos. Um dos ramos que mais está expandido não só no Brasil, como no globo.

Como não tinha muitas reservas financeiras à época, a ideia foi fazer algo diferente. O pet shop não seria nem um pouco tradicional. Não teria serviço de banho e tosa e nem clínica veterinária. Funcionaria na minha própria casa, em um local reservado, de forma que pudesse armazenar, de maneira devida, os produtos a serem comercializados (basicamente, rações, medicamentos e acessórios). Fazendo assim, a expectativa era de aumentar o retorno da operação em menos tempo, pois seus custos de funcionamento seriam baixíssimos (eu e minha esposa iríamos cuidar de tudo, sendo que eu ficaria responsável por fazer as entregas fora do expediente de meu trabalho no serviço público, a fim de não ter despesas e dor de cabeça com contratação de funcionário).

Tirei férias do trabalho (para quem não sabe, sou funcionário público) só para fazer cursos na regional do SEBRAE em minha cidade. Havia dias que saía de casa logo cedo para só voltar tarde da noite, pois fazia 3/4 cursos ao dia. Cursos de imersão aos sábados e domingos. No total, acho que foram 32 só no SEBRAE. Alguns muitos bons, outro fracos, mas, no final das contas, deu para se ter uma ideia de como abrir e manter um negócio. Além disso, mais tarde, contratei uma consultora do SEBRAE para fazer o estudo de meu negócio a fim de indicar melhorias.

Depois de obtidas as devidas licenças de funcionamento junto aos órgãos competentes e com o CNPJ em mãos, procurei por fornecedores dos produtos. E acabou surgindo o primeiro grande problema. Para você ter preços competitivos, você acaba sendo obrigado a comprar grandes volumes. Não adianta chorar. As fabricantes/distribuidoras simplesmente impõem esta forma de trabalho. Lembrando que se você não conseguir vender o produto antes do final do prazo de validade, você fica com o prejuízo.

Assim sendo, sem alternativas, comecei a operação, tendo que gastar mais dinheiro do que haviado planejado, de início, para poder fazer estoque. Cometi o segundo erro ao comprar produtos de várias marcas, pois acreditava que assim não perderia clientes por não ter o produto de sua preferência.

E aí, surgiu a maior de todas as dificuldades: enfrentar a prática de dumping pelos maiores concorrentes.

Basicamente, dumping é quando uma empresa, por ter muita escala, acaba obtendo grandes descontos ao comprar produtos dos fabricantes para revenda. Descontos estes que jamais serão alcançados pelos negócios menores. Daí, está estabelecida uma concorrência bastante desleal.

Não estou defendendo com isso que o mercado não deve ser livre, de forma alguma. Mas uma coisa é quando nós, na condição de consumidores, clamamos por livre comércio, pensando em pagar menos por ter maior concorrência. Outra coisa é quando você está na ponta contrária, tendo que competir com um gigante em condições díspares. E olha que, no meu caso, não tinha despesas com aluguel e salários de funcionários.

Não foi uma vez. Foram várias as oportunidades em que me deparei com o preço praticado pelo concorrente ser menor do que aquele que eu pagava para o meu fornecedor. Como você consegue sobreviver nestas condições? O cliente, por mais que goste de seu atendimento, quer pagar o mínimo que puder se o produto é encontrado em vários locais. Não tem segredo.

E aí, se você resolve diminuir a sua margem de lucro para poder competir com aquele que pratica dumping, os seus concorrentes menores denunciam seu ato para o fornecedor/distribuidor que te enquadra, dizendo que se não voltar ao preço normal, irá suspender as vendas ao seu negócio.

Marketing digital também não é tão simples quanto parece. Gastei verba para isso, mas não deu o resultado esperado. Concluí que para tornar o seu negócio conhecido para possíveis clientes, você precisa jogar iscas, como brindes ou descontos bastante expressivos, sob pena de não chamar a atenção do público alvo. Se a operação de seu negócio já trabalha com baixíssimas margens de lucro, como você terá condições de ofertar brindes e promoções de peso com olhos no aumento dos clientes?

O que mais tem no mundo é cliente, inclusive de classe mais abastada, que passa dos limites ao pechinchar (não sei se é coisa apenas do brasileiro). Praticamente quer o produto de graça. Não vê o lado do comerciante. E faz questão de jogar na sua cara que vai comprar no concorrente por ter encontrado preço mais baixo. Muitos vão além e mentem ao dizer que encontraram valores inferiores na concorrência. Algumas vezes, liguei para conferir a procedência da informação, e a resposta era que o preço era outro.

Outro detalhe. Sou uma pessoa bem franzina. Imaginem carregar sacos de 25 kg nas costas durante as entregas. Subir escadas com tal peso... Não é fácil.

No Google, o meu negócio só tem avaliações positivas, mas, à medida que o tempo passa, o número de clientes fieis só cai, ainda mais neste momento tão complicado em que estamos vivendo. Desemprego, queda de renda, etc. Muitas pessoas abandonando os animais nas ruas por simplesmente não terem dinheiro para alimentá-los. Outros procurando produtos de péssima qualidade e que podem trazer danos à saúde de seus pets, pois não conseguem mais comprar aqueloutro de nível superior.

Além disso, como sou protetor de animais, desde o surgimento do negócio, tentei ajudar outros protetores e ONGs envolvidas na causa. Mas como todos eles necessitam de doações para resgatar e cuidar dos bichanos, levei muitos calotes, tendo perdido a esperança de recuperar o crédito. Além disso, com o panorama atual, esta parcela dos meus clientes diminuiu consideravelmente, pois se eles não recebem mais doações como antigamente, passam a comprar menos ou simplesmente param de comprar de mim por me recusar a vender produtos que reputo serem prejudiciais à saúde dos animais ou por não ter os mesmos preços que os grandes players do mercado.

Alguém pode dizer que eu deveria ter feito mais pesquisas antes de decidir pela abertura do negócio. Mas é importante ressaltar que quando dei início às atividades em agosto/2019, as condições econômicas, em geral, eram melhores. Estudei muito, fiz cursos (não só no Sebrae, como também de marketing digital). Como já foi dito, o setor estava numa curva ascendente constante. Como não conhecia, à época, nenhum dono de pet shop, seria difícil conseguir extrair informações relevantes sobre o funcionamento do negócio, pois o mesmo poderia achar que iria me tornar um possível concorrente. Quem irá entregar o ouro para o lobo?

Reconheço que se o pet shop estivesse atrelado à uma clínica veterinária e serviço de banho e tosa, a situação atual poderia ser diferente, mas precisamos lembrar que: teria enormes gastos com aluguel de espaço e sua consequente montagem e contratação de funcionários; não dispunha de reservas financeiras para isso naquele momento; não gostaria de contrair empréstimo, pois ainda estava pagando as prestações da casa onde resido.

Com base nestas conclusões, digo que para ter alguma chance neste mercado de pet shops, o interessado precisa ter um numerário muito relevante para iniciar a operação de forma completa (pet shop, banho e tosa e clínica veterinária), pois para poder fazer frente à concorrência já estabelecida, precisará entrar com tudo, de forma agressiva, com grande investimento em marketing e em promoções, a fim de se tornar conhecido no menor tempo possível. E isso vale para a maioria dos outros negócios. Não acredite que você terá grandes chances de êxito se começar o negócio sem dinheiro algum.

Obviamente, em agosto/2019, quando iniciei as operações, não poderia prever o futuro. O plano seria que com o crescimento do negócio, poderia, algum dia, expandir para banho e tosa e clínica veterinária (lembrando que sou formado em Direito), mesmo que tivesse que me endividar, mas desde que o crescimento do lucro justificasse tal atitude.

Em certa medida, em face do atual cenário, agradeço a Deus por não ter contraído dívidas para abrir o negócio, a fim de abarcar o banho e tosa e a clínica veterinária. Como iria pagar funcionários no momento em que vivemos? Hoje, não tiro nem um salário mínimo livre, por mês, mas, em contrapartida, dormimos com a consciência tranquila, sem nenhuma dívida e sem empregados para dar satisfação.

Continuamos tendo o benefício de poder comprar o que nossos bichos necessitam a preço de atacado, o que faz muita diferença, no final das contas.

Penso que é mais fácil empreender quando você tem um produto ou serviço único. Algo que não tenha ou tenha pouquíssima concorrência. Algo que tenha um grau de artesanalidade, que não pode ser copiado, em sua essência, como, por exemplo, no ramo de alimentação. A empada que você faz é tão boa que o cliente percorre quilômetros para adquiri-la ou paga o preço pedido, sem pestanejar, pois o prazer que proporciona é único. Em um pet shop, a não ser o atendimento, os produtos comercializados são encontrados em todos os seus concorrentes. É muito mais complicado você se diferenciar dos demais.

Então, concluindo, empreender é muito mais difícil do que possa parecer, ainda mais, agora, quando há projeto de lei que quer alterar o regime do SIMPLES. Se realmente sair a mudança, levando-se em consideração que a maioria dos empreendedores qualifica-se como MEI, o que já era complicado, pode-se tornar impossível, levando uma massa de indivíduos para a informalidade, sem a arrecadação de tributos pelo Estado.

Não quero, com este relato, desincentivar as pessoas a empreender, até porque boa parte das grandes fortunas no mundo não foi conquistada no mercado financeiro, mas sim, com a abertura de negócios que depois se tornaram máquinas formidáveis de fazer dinheiro. Ainda acredito que a melhor maneira de aumentar, exponencialmente, o patrimônio, é abrir um negócio que se mostre exitoso ao longo do tempo. Mas saiba que, falando de Brasil, não será nem um pouco fácil.

Não bastasse isso, se a crise no Brasil se prolongar durante os próximos anos, a tendência é a quebra de vários negócios menores ou que não possuíam reserva de emergência, o que fortalecerá os que restaram, dificultando a vida de novos entrantes.

Antes de começar, estude muito (nicho de mercado, público-alvo, localização, viabilidade comercial e temporal do produto/serviço a ser ofertado, concorrência, política de fidelização do cliente, etc). Não deixe também de avaliar quanto tem de reservas financeiras para aguentar os primeiros anos, caso a operação lucre pouco ou não lucre.

Sucesso a todos aqueles que venceram e que pretedem vencer por meio da abertua de seu próprio negócio!

Quaisquer dúvidas e comentários são sempre bem-vindos.

Continuaremos nosso bate-papo no próximo post.

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Até mais!

14 comentários:

  1. Fui eu que havia comentado sobre empreendedorismo no ultimo post.
    É muito importante esses relatos de pessoas que já empreenderam com sucesso ou não, isso chama a atenção de pessoas que estão pensando em empreender e os alerta sobre alguns detalhes que talvez não estejam sendo pensados.

    Já pensei em empreender, busquei informação, quando me deparei com a burocracia e a necessidade de contratar um profissional especializado acabei desistindo, pelo menos por enquanto.
    Como já citei no outro comentário RV não é pra qualquer um, então hoje ficamos praticamente sem opções de investimento, não está fácil a situação, mas ainda considero empreender da forma mais simples e objetiva possível.
    Antes de tudo quero dormir em paz, não quero adquirir dívidas, tão pouco arcar com responsabilidades e compromissos que não possa cumprir.

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    1. Anônimo, obrigado pela visita.

      O meu caso mostra que mesmo buscando conhecimento, tendo assessoria de consultor do SEBRAE, as coisas não são fáceis para o empreendedor no Brasil.

      Não quero desmotivar ninguém, mas acredito que a pessoa precisa saber de todos os riscos envolvidos.

      No meu caso, prefiro não ter dívidas do que ser um empreendedor com dívidas.

      Sucesso!

      Abraço.

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  2. Muito bom seu relato, Mente!

    Eu não tenho dúvida que a melhor (senão única) forma concreta de construir um patrimônio gradeiem um tempo consideravelmente "pequeno", é através do empreendimento. Poucas pessoas conseguem isso através do trabalho como empregado. O Sr. IF365 até conseguiu, mas o emprego e salário dele eram pontos fora da curva.

    Eu já até tive algumas ideias para transformar em um empreendimento, mas nunca foi nada com a solidez que imagino necessária para de fato por em prática. Sigo trabalhando como empregado mesmo, sendo indenizado pelas horas de vida que abro mão e tentando me aprimorar nesse trabalho, para (talvez) subir minha posição e, com isso, aumentar meu poder de aporte. É o que tem para hoje.

    Abraço!

    https://engenheirotardio.blogspot.com

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    1. Engenheiro Tardio, concordo com você.

      Prefiro não ter dívidas do que ser um empreendedor com dívidas.

      Como o SRIF365, não gosto do meu trabalho. Mas, pelo menos, paga minhas contas e por ser frugal, me permite ter sobra salarial ao mês para fazer aportes pensando na liberdade financeira. No mundo de hoje, sou um privilegiado por ter emprego, ainda mais sendo funcionário público (penso que a humanidade chegará em um ponto - não sei daqui há quanto tempo - em que se encontrará num ponto de decisão quanto ao que fazer com a enorme massa de desempregados existentes).

      Pensar que só poderei me aposentar, na melhor das hipóteses, com 65 anos de idade, é bastante desmotivador, sendo que é bem provável que com nova reforma da Previdência, posso ter que trabalhar até os 70 anos.

      Em minha modesta opinião, apesar de reconhecer o avanço da medicina nas últimas décadas, além do aumento da expectativa de vida, penso que ter que trabalhar até esta idade é uma espécie de escravidão. Mas, ao mesmo tempo, não sou louco de pedir dispensa do serviço público, deixando para trás todo o valor de contribuição previdenciária que paguei ao longo de décadas.

      O meu grande problema é que sou uma pessoa medíocre, isto é, não sou bom em nada, não me destaco nada. Já tentei algumas coisas, mas nada trouxe frutos. Se assim o fosse, poderia tentar criar uma fonte de renda alternativa ou, pelo menos, me ocupar com algo prazeroso que pudesse afastar os pensamentos negativos que rodeiam a minha mente.

      Sucesso!

      Abraço.

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  3. Temos o exemplo do Rover do antigo Projeto Free Lifestyle. O cara saiu do nada e através do empreendedorismo construiu uma fortuna a ponto de conseguir o Green Card norte-americano pelo famoso visto EB-5, visto de negócios a partir de 500 mil dólares.

    Lógico, ele aparentemente foi um ponto fora da curva. Ele msm em seu antigo blog já alertava sobre as dificuldades de se empreender no Brasil. Brasil é complicado mas tem uma vantagem: é subdesenvolvido e há potencial de mercado. A questão (e mt difícil como colocado no Post) é como se diferenciar da concorrência e ganhar escla.
    Franquias são uma opção mais segura e vc queima várias etapas devido ao Know How do franqueador (claro não é qualquer franquia), mas são bastante caras.

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    1. Chimpanzé, obrigado pela visita.

      O Frugal Simples também é um grande exemplo de como é possível começar do nada e ter um negócio bem sucedido. Recomendo a leitura de seu blog. Muito enriquecedor.

      Já estudei franquias, mas não me atraem. O investimento costuma ser muito alto para ter um produto que venda com mais facilidade. O retorno poderá demorar bastante.

      A maneira mais fácil de se alcançar o sucesso no meio empresarial, a meu ver, é atender à uma necessidade dos clientes, de forma que seja impossível ou difícil a cópia pelos concorrentes. Mas para alcançar isso, é muito complicado. Pode demandar muito investimento, o que é proibitivo para quem é pequeno empreendedor.

      Sucesso.

      Abraço.

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  4. Excelente relato, muito bom!

    Realmente empreender não é uma tarefa nem um pouco fácil, eu acompanho diversas fontes de empreendedorismo e sempre tive uma vontade, uma chama me aquecendo e falando pra tentar, contudo, sei dos pré requisitos e apesar de achar que tenho os pessoais, não tenho os apessoais, como ideia, investimento, cursos, pesquisas, entre outros. Talvez eu ainda empreenda mais pra frente, mesmo sabendo da dificuldade, mas antes disso tenho que criar alguma pra me sentir mais seguro, dado a dificuldade de se manter nesse ramo.

    Sucesso e muito bom post.

    Abçs

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    1. Escola para Investidores, obrigado, mais uma vez, pela visita.

      Tenho uma natureza mais pessimista por natureza, mas não quero com este relato, desincentivar as pessoas a empreender. Longe disso. Mas minha experiência mostrou que há inúmeras dificuldades a serem enfrentadas.

      Não é porque não tive sucesso que outros também não terão.

      Aqui, em minha cidade, uma feirante virou referência em confeitaria. Ficou conhecido, abriu loja e ganha tubos de dinheiro. Seu produto não é barato e o estabelecimento vive cheio. Hoje, mora em condomínio fechado horizontal.

      Sucesso!

      Abraço.

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    2. Foi justamente o que vc não fez.
      Produto diferenciado exige um preço diferenciado, atendendo um nicho de mercado.
      Vender ração que não tem diferencial nenhum, a briga é no preço cara pálida.

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  5. Confundiu hobby com negócio. Parei de ler o texto na parte "Não teria serviço de banho e tosa e nem clínica veterinária."
    Deixou a maior margem de lucro de um pet shop fora dos negócios. Ração/medicamentos são produtos sem nenhuma diferenciação, logo os clientes vão comprar onde for o menor preço se não houver uma boa prestação de serviço como banho/tosa e afins como diferencial.
    Para ganhar dinheiro é necessário investir no negócio ainda mais em um setor altamente competitivo como setor pet. Me desculpe, mas o que fez não é empreender.

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    1. Anônimo, obrigado pela visita.

      Como expliquei no post, quando abri o negócio, não tinha dinheiro para investir em serviço de banho e tosa e clínica veterinária. Como em minha cidade, há casas de rações bem sucedidas (sem banho e tosa e clínica), o meu pensamento seria conseguir competir com elas pelo fato de ter uma estrutura muito enxuta, mas reconheço que avaliei mal o cenário, exatamente pelo fato de que vender o que todos os outros tem é muito complicado.

      Por outro lado, apesar de reconhecer que ter clínica e banho e tosa são os diferenciais de um pet shop pensando em fidelização, o que vejo aqui, de acordo com relatos de outros donos, é que muitos não estão valorizando tais serviços. Clientes querendo pagar R$ 10,00/20,00 em um banho, o que é irreal, pois não paga nem os custos da operação.

      Como citei no comentário acima (feirante que hoje é referência na cidade no ramo de confeitaria), é possível empreender e ter sucesso, mesmo com baixo investimento, mas é muito difícil, e além de muito trabalho, vai precisar de alguma sorte.

      Sucesso!

      Abraço.

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  6. Empreender no Brasil é loucura. O consumidor não te valoriza, o proprietário do imóvel não facilita, os bancos não te dão crédito e quando dão, te arrebentam nos juros, os impostos são altos, a luz é cara, a água é cara, os fornecedores tratam os grandes distribuidores como reis e os pequenos comerciantes como lixo, os funcionários te consideram um porco explorador e roubam tudo que conseguirem levar, outros concorrentes espalham mentiras e fofocas a seu respeito, muita carga roubada é misturada com carga comprada e os custos despencam.

    Enfim, é foda paga e sem gozada no final.

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  7. Empreender realmente nao e' nada facil.
    Eu trabalho no varejo, e vivo muito dessas coisas na pratica. Estou no meio da corrente, pois a empresa que eu trabalho nao e' enorme, mas tambem nao e' das pequenas de bairro. Logo, ficamos ali pelo meio do caminho.
    Estou, como vc sabe bem, iniciando um empreendimento, e nossa... O sacrificio pessoal, as horas de estudo, as horas programando, revendo caminhos, olhando o posicionamento dos concorrentes... Nao e' facil. Mas quando temos sonhos, precisamos busca-los, nao tem jeito.
    Nao sabia que voce era formado em Direito, e nem que era proprietario de um Pet Shop, e olha que conversamos tanto! hehe.
    Obrigado pelo seu relato. Essa parte dos consumidores e' o que me deixa mais triste. Cada vez as pessoas tem valorizado menos aspectos como bom atendimento, em busca de preco.
    Forte abraco.
    Stark.
    www.acumuladorcompulsivo.com

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    1. Torço muito pelo seu sucesso com a iniciativa de lançar o aplicativo de controle de ativos e de patrimônio.

      Sei o quanto é difícil.

      No que estiver ao meu alcance, vou ajudar.

      Sucesso!

      Abraço.

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